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O acerto de contas, querido!

O acerto de contas, querido!

5.0
4 Capítulo
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Sinopse

Índice

O mundo de Mercedia Vaughan desmorona quando ela descobre que seu marido falsificou sua assinatura nos papéis do divórcio e vendeu sua casa, deixando-a sem um tostão. O desespero a leva às lágrimas na rua, onde por pouco evita ser atropelada por um carro luxuoso. O carro pertence a Blake Yates, o homem mais rico da cidade, que precisa urgentemente de uma esposa para garantir o império empresarial de sua família. Blake propõe uma aliança inesperada: um casamento de conveniência. Em troca de sua mão em casamento, ele oferece os recursos e o apoio que Mercedia precisa para recuperar o que foi roubado dela e buscar vingança contra seu ex-marido traiçoeiro, Garry. À medida que navegam na sua parceria estratégica, faíscas voam e as linhas ficam confusas. Será que a aliança deles se transformará em algo mais profundo ou a busca pela vingança os manterá separados? — É hora do acerto de contas, querido!

Capítulo 1 O golpe

— Como assim o senhor está me despejando da minha própria casa? — Mercedia perguntou, olhando para o homem em frente a ela, agora totalmente desperta.

— Eu sou o dono desta casa, portanto, ela não é sua, senhora! — O homem de cabelos grisalhos respondeu, já sem muita paciência. Ele vestia um terno um pouco grande para ele, bem como um óculos que quase engolia todo o seu rosto.

Mercedia o encarou com as mãos na cintura, sem acreditar no atrevimento do homem.

— Meu marido e eu compramos esta casa, senhor. Ano passado. E registramos tudo direitinho! — Ela insistiu, não dando importância ao fato de estar vestindo pijama e os cabelos enrolados estarem revoltos em um coque mal feito.

Ele suspirou e fez sinal para que um outro homem se aproximasse. Este, vestia um terno mais bem ajustado, os cabelos bem arrumados e um ar um tanto quanto arrogante.

— Bom dia, senhora. Eu sou Ernest Morrison, advogado. — Ele apresentou a licença profissional, pegando então um outro documento de uma pasta que levava consigo. — Aqui está uma cópia do contrato de compra e venda desta casa, bem como o Registro Legal de propriedade deste casa.

Mercedia pegou os papéis e, ao ler por alto o que diziam, pareciam confirmar o que aqueles dois estranhos afirmavam. Mas foi a assinatura dela, ao final das páginas, que fez com que ela perdesse o fôlego.

— E-eu nunca… Eu nunca assinei isso!

Ernest manteve a expressão neutra.

— Não é o que estes documentos afirmam. O seu marido, o senhor Dixon, foi quem tratou tudo conosco e, como a sua assinatura consta aí, legalmente, esta propriedade pertence ao senhor Walters.

— Eu vou ligar para o meu marido, só um momento! — Ela pediu, enquanto ia atrás do próprio celular.

Garry não estava em casa, quando ela acordou com a campainha estridente e as batidas na porta. Ele havia dito que tinha assuntos a resolver, e que ela não deveria esperar por ele, na noite anterior.

— Este número encontra-se desligado ou fora da sua área de cobertura. Após o sinal… — Mercedia desligou. Teria acontecido algo com Garry?

— Senhora? — O advogado chamou, da porta.

— Só mais um momento! Meu marido não está atendendo…

— É que tem um senhor aqui. Um mensageiro para a senhora!

Mercedia soltou o ar e voltou para a porta. Um homem de uniforme dos correios estava parado, com desinteresse, ao lado do advogado.

— Mercedia Vaughan? — Ele perguntou ao ler o envelope e Mercedia franziu o cenho. Aquele era o nome de solteira, dela.

— Hmm, sim. — Ela respondeu.

O entregador estendeu o envelope e uma prancheta com caneta.

— Assine aqui, por favor, e coloque o número do seu documento de identificação. — Mercedia podia jurar que o homem tinha um chiclete dentro da boca. Ela fez o que ele pediu e pegou o envelope. — Obrigado, bom dia.

Ela ponderou sobre abrir o envelope naquele momento ou não. Decidiu por abrir, já que poderia ser notícias sobre Garry. E ela não estava errada.

Ao abrir o envelope, ela abriu a mão e deixou que o conteúdo caísse na palma.

“Certidão de Divórcio”, dizia ali.

— O quê…? — Ela perguntou e, olhou o papel logo atrás. Era o acordo de divórcio. Uma cópia, na verdade. Mais uma vez, ao final, a assinatura dela.

Mercedia levantou os olhos e tanto Ernest quanto Jerry pareciam constrangidos.

— Senhora… Senhorita… — Jerry pareceu confuso. — Eu posso ver que está passando por um momento complicado. Eu vou lhe dar o dia de hoje para sair da casa. Voltarei amanhã.

E assim, ele e o advogado se viraram para ir embora, mas este último voltou-se para Mercedia e tirou do bolso interno do paletó um cartão.

— Se precisar dos nossos serviços… — Ele falou e se apressou para ir embora, assim que Mercedia pegou o cartão, ainda meio aérea.

Divórcio, venda da casa… Ela não tinha concordado com nada daquilo!

O celular dela apitou e Mercedia viu que era uma mensagem de Garry.

GARRY: Desculpe, Mercedia, mas eu não podia mais postergar. Não me procure. Adeus.

Mercedia olhou para aquilo sem acreditar. Só podia ser uma piada. Ou Garry tinha sido raptado e obrigado a fazer aquelas coisas!

“E as suas assinaturas?” Ela se perguntou, lembrando que há um tempo, Garry estava mexendo nos documentos dela, que ficavam no cofre, afirmando que estava procurando algo e apenas verificou em todos os locais possíveis.

MERCEDIA: Garry, o que diabos é isso? Eu nunca assinei porcaria nenhuma! Volte aqui e explique isso aí direitinho!

A mensagem não foi entregue. Ele a tinha bloqueado, com certeza.

Ela se deixou sentar de qualquer jeito no sofá.

— Ele… Garry me abandonou e… — Ela piscou, começando a sentir a raiva subindo para a cabeça dela. Mercedia se levantou de uma vez. — Ele vendeu a casa e fugiu com todo o dinheiro?

O que ela faria? Mercedia se levantou e foi para o quarto.

No dia anterior, ela chegou exausta e apenas tomou banho e foi dormir, sem nem comer nada. O guarda-roupas do quarto que ela dividia com Garry tinha dois lados: o dele e o dela.

Abrindo o lado dele, ela viu que algumas peças não estavam ali, porém, Garry havia deixado a maioria das coisas dele.

— É claro, se ele estava cheio da grana! — Ela deu um soco no armário.

Mercedia foi ao Registro verificar sobre a casa e, ao chegar lá, de fato, o imóvel já não pertencia mais a ela.

Garry quase não tinha contribuído com a compra, pois ficou desempregado e Mercedia foi quem acabou custeando praticamente tudo. Ele a convenceu a vender o pequeno negócio da família dela, que herdou após a morte do pai, e, ao verificar a conta conjunta deles, notou que não havia praticamente dinheiro nenhum ali. Ele havia levado tudo.

“Meu Deus, o que eu vou fazer?” Ela começou a chorar.

Todo o amor que ela havia dado a Garry. Ela deu tudo a ele! E, agora, ele a havia deixado sem nada.

“Mentira, não é? Ele me deixou cem dólares!”

Mercedia não notou que o sinal estava vermelho e continuou andando.

O som da buzina a despertou, assustando-a assim que ela viu o quão próximo o carro estava dela. Mercedia caiu e fechou os olhos, pronta para ser atropelada.

Não houve impacto. Ela ouviu então o bater de uma porta e abriu um dos olhos, mas o que viu foi uma calça social, bem como sapatos muito bem engraxados, perto dela.

— Senhorita! — Um homem disse e ela olhou para cima com o que parecia ser um motorista. — A senhorita se machucou?

Ela engoliu em seco e negou com a cabeça. Uma das mãos dela havia ralado, mas não era nada grave. Não era nada comparado ao que Garry havia feito a ela.

— Estou bem, obrigada. — Ela respondeu, pegando a bolsa que tinha caído e limpando a sujeira da rua de suas próprias roupas. — Desculpe ter entrado assim na frente.

O som de porta batendo novamente e, quando Mercedia olhou, era um homem alto, de postura impecável e olhar escuro marcante. Ele andava como um rei.

O homem a olhou de cima a baixo, como se a analisasse e Mercedia quis perguntar se ele tinha algum problema, porém, lembrou-se de que estava paupérrima e não estava em condições de arranjar briga com alguém como ele, que claramente tinha dinheiro e exalava poder.

— Qual seu nome? Casada? — Ele perguntou e olhou no próprio celular.

— Que tipo de pergunta é essa?! Não vou dar esse tipo de informação a um estranho!

Ela já estava na calçada e o carro, com o pisca-alerta ligado.

O homem estendeu a mão.

— Eu sou Blake Yates. Solteiro. — O celular dele voltou a vibrar e as sobrancelhas grossas do homem se franziram ao olhar a tela. — Se a senhorita for solteira, tenho uma proposta.

Mercedia não apertou a mão dele, mas sim cruzou os braços na frente do peito. Ele recolheu a mão e suspirou.

— Qual seu nome? Vamos, eu não tenho muito tempo!

Ela balançou a cabeça e deu alguns passos para longe.

— Você é maluco… Não preciso disso, hoje. Não mesmo!

Mercedia se virou para ir embora.

— Se casar comigo, juro que resolvo qualquer problema que você tenha! — Mercedia se virou, olhando-o com mais convicção de que ele tinha uns parafusos a menos. — Me diga o seu nome e eu vou verificar se você serve. Se sim, aceite o acordo e prometo que não se arrependerá!

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