Livro 1 - Destinada ao Alpha Kate, é uma jovem que não sabe absolutamente nada sobre seus pais de sangue. Ela foi adotada ainda bebê por um casal que a ama muito. Quando o aniversário de 18 anos se aproxima, os pesadelos que Kate tem tornam-se intensos. Será que o rapaz misterioso, atraente e novo do colégio, chamado Elijah, tem algo relacionado com o que acontece? O que o destino reservou para eles? Livro 2 - Destinada ao Vampiro Mia, filha de Elijah e Kate, cresceu. Ela se tornou uma moça curiosa e interessada em outros seres sobrenaturais. Seu pai, Elijah, alertou certa vez quando ela era ainda criança que alguns seres podem ser perigosos e o melhor a se fazer era tomar cautela e distância. Porém, para o amor verdadeiro não há distância que separe o coração de dois seres apaixonados. Será que estar destinada para um vampiro estava nos planos de Mia? Eles conseguirão viver esse "amor proibido"?
Aprendi deste pequena que não são os laços de sangue que definem uma família. Embora geneticamente pertencemos a um grupo, os laços de coração ainda são os meus favoritos. Para mim, não existem regras exatas que definam uma família de verdade. Existe, porém, um ingrediente especial, aquele que dá liga e faz tudo dar sentido: o amor!
Encontro-me num pesadelo. Duas vozes distintas chamam por mim, mas são vultos, dos quais não consigo distinguir quem eram.
- Kate! Kate! - voz masculina
- Nos ajude! - voz feminina
Acordo assustada com o despertador, após mais um de meus pesadelos. Escuto a voz da minha mãe adotiva me chamando do outro lado da porta de meu quarto.
- Kate, querida? Já acordou?
Levanto-me da cama ainda processando a realidade e caminho até a porta. Em seguida, destranco-a.
- Sim, mãe. Já acordei. Desculpa demorar para respondê-la - Minha voz soa cansada, logo bocejo e minha mãe observa a cena considerando engraçada.
- Meu Deus! Pelo visto terei que dar um reforço extra no café desta manhã
- Melhor, mãe. Parece que levantei mais cansada do que quando fui dormir ontem - afirmo
- Tome um banho que lhe ajudará também a despertar, querida - ela fala e sai dali
Vou até o banheiro, tomo um belo banho para acordar e esquecer em parte o pesadelo que acabei de ter. Após minha higiene, visto uma jaqueta descolada com cachecol e calça de moletom, uma vez que o dia promete ser frio segundo a metereologia.
Ao chegar na cozinha, meu pai adotivo está lendo as notícias impressas no jornal do bairro. Assim que me vê, ele sorri e fecha o jornal colocando-o sobre a mesa.
— Bom dia, filha
— Bom dia, pai — respondo-o feliz
— Hoje consigo dar uma carona, para a filha mais linda do mundo — ele fala sorrindo para mim
— Ah, que bom! Hoje, nossa filha acordou mais cansada — revela minha mãe
— Não dormiu bem? — Questiona meu pai
— Dormi, eu acho. Tive uns sonhos estranhos, apenas isso — Seus pais se encaram, mas não percebo
— Bom, nada que um café reforçado da sua mãe não resolva tudo, certo?
— Claro! Pronto, querida. Seu café bem quente — serve minha mãe
A xícara de café estava quente e ao dar um gole, nitidamente o sabor forte do café é sentido.
— Nossa, mãe! De fato, um café puro e forte! — Exclamo rindo
— Esse é tiro e queda. Bebeu, acordou — Afirma também rindo minha mãe
— Sua mãe caprichou no meu café também, Kate. Mas, ao contrário da mocinha, eu gosto dele forte.
— Kate… lembre-se de fazer novos amigos e amigas, está bem? — Fala minha mãe mais séria
— Tentarei, mãe — respondo-a tranquilamente
Este já é o quinto colégio que seus pais te mudam, por conta de bullying. O ano começou melhor que em outras escolas das quais frequentei.Após tomar o café da manhã, meu pai me leva até o colégio. No trajeto, meus pensamentos estão longe.
— “Será que pergunto ao meu pai adotivo sobre meus pais de sangue?” — observo-o dirigido calmamente, enquanto a música toca nos auto falantes. Reúno coragem e faço o questionamento para ele.
— Pai, o que você sabe sobre meus pais?
Percebo que ele suspira baixo e mantém o foco no trajeto.
— Apenas sei que eles te amavam muito e... — Interrompo-o, pois fico nervosa com o que escuto
— O quê?! Como pais que amam uma filha a largam na porta de uma casa qualquer?! — grito revoltada
— Filha, por favor… Preste atenção no que vou dizer e se acalme — ele tenta abrandar a situação e continua
— Como pai adotivo, não julgo as ações deles. Provavelmente, eles tinham dificuldades em cuidar de você, em mantê-la sob os cuidados deles. E, optaram que outra família fornecesse todo apoio e cuidado, dos quais eles não podiam lhe dar.
Viso ficar mais calma, mas mesmo assim ainda não sei sobre mim direito. O carro, em que estamos, para no semáforo e uma família composta por mãe, pai e uma filha atravessam a avenida.
Observo-os com atenção e penso.
— “Será que eles continuam vivos? Será que eles ainda pensam e se lembram de mim? Por que eles me abandonaram? Espero um dia obter as respostas…”