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O Vizinho tatuado - Uma segunda chance

O Vizinho tatuado - Uma segunda chance

5.0
2 Capítulo
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Sinopse

Índice

Mickeidy Carvalho, um advogado bem-sucedido, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando recebe a notícia de um acidente envolvendo sua esposa, Andréia, e o filho que estão esperando. Enquanto lida com o impacto da tragédia, ele decide largar tudo e ir para o interior de Minas Gerais para esquecer de tudo. Enquanto isso, Lhays, filha de uma renomada bailarina russa, enfrenta as adversidades da vida ao perder a mãe para uma doença devastadora. A mudança para o Brasil e a tentativa de reconstruir a vida ao lado do pai médico trazem desafios inesperados. Ambos estão ligados por circunstâncias dolorosas, e o destino os levará a caminhos entrelaçados, explorando temas de superação, amor, e a busca por justiça. "O vizinho tatuado" é uma história emocionante que revela como os personagens lidam com perdas, enfrentam desafios e buscam redenção em meio ao caos das reviravoltas do destino.

Capítulo 1 Mickeidy

Seis meses antes

Acabei de sair de uma reunião com um cliente, resolvendo um acordo para sua separação. O cara foi um otário de casar com total de bens para os dois e sem contar que botou chifre na esposa. Está ferrado! Mas com esse acordo, acho que ela vai aceitar. Quando estava indo para minha sala, a Jéssika, minha secretária veio até mim.

— Senhor Carvalho. Sei que o senhor está com pressa… — Ela gesticula. Viro o meu rosto e a fito.

— Sim, estou com muita pressa! Essa merda de reunião demorou do que devia, agora tenho que sair daqui atrasado. A Andréia está me esperando lá na clínica. Justamente hoje que vou saber o sexo do meu filho. — Digo, estou muito ansioso. Eu e Andréia nos casamos faz seis meses e logo veio a melhor notícia da minha vida. A mulher que amo estava esperando um filho meu. Estou em êxtase de tanta felicidade!

— Sim, senhor… Mas tem alguém na linha querendo falar com o senhor… — Arqueio a sobrancelha para ela. Depois dou uma bufada de ar pesadamente.

— Quem é o traste? Você avisou que não estou atendendo? — Vou até a minha secretária. Estou com muita raiva. Assim não vou poder está ao lado da minha esposa! Que inferno!

— Sim… Eu avisei… Mas é o senhor Tobias Becker. — Olho para ela levantando as sobrancelhas. Agora não vem ninguém com esse nome… Só um momento… Estou começando a me recordar. Sim, me lembro dele. É dono de uma grande empresa aqui no Rio de Janeiro. Qual o nome mesmo… Becker 's, é isso! Empresa de tecnologia.

— Mas o que ele quer? Avisa que outro dia converso com ele, estou com muita pressa! — Com a mão na maçaneta, logo abrir a porta e entro em seguida. Pego a minha pasta que estava sobre a mesa. Revestida de cobre toda preta e com detalhes na cor prata nas laterais e na parte de cima da mesa um preto espelhado onde está o meu notebook e porta canetas. A poltrona é preta e alta, toda acolchoada de couro. Abro a gaveta e pego alguns casos para dar uma estudada a noite em casa. Estava me preparando para sair e minha secretária entrou na minha sala.

— Senhor Carvalho, licença? — Me fita com cautela.

— O que foi agora Jessika? — Pergunto, guardo a carteira no bolso, aproveito e pego o celular para ver a hora. Merda! Já passaram trinta minutos. Coloco o celular no bolso da calça.

— Fiz como senhor pediu… Mas o senhor Becker precisa falar com o senhor e disse que é urgente. — Jogo a pasta com força na mesa. Caralho! Me afasto da mesa e esfrego os meus olhos, tento me acalmar. Dou uma bufada, pesadamente. Me viro e fico à minha secretária.

— Está bem. Passa a ligação. Mas vou falar com ele por quinze minutos, nada mais que isso! — Alerto e minha secretária assente sacudindo a cabeça. Faço sinal com a mão para ela sair. Ela fecha a porta e vai para sua mesa que fica lá fora. Puxo a cadeira e me sento. Tiro o fone do gancho, aperto o botão. — Pode passar Jessika!

**"

E ouvi o Tobias Becker falar no outro lado da linha. Estava me falando da sua secretária, que estava no relacionamento abusivo. E pediu a minha ajuda.

— Sim, Tobias. Anotei tudo o que disse.. — Estou encostado na minha poltrona e com gancho do interfone no meu ouvido. — Mas para isso ela tem que fazer a denúncia e depois ir para delegacia da mulher… — Dou uma pausa. — Porém, se ela não fizer isso, não posso fazer nada.

— Droga! Droga! Está bem, mas anotou tudo que lhe disse? — Pergunta, a voz parece nervosa. Até entendo ele está assim, também ficaria assim. Mas as vítimas desse caso tem medo por fazer isso por ele fazer algo com a vida delas e infelizmente, a lei da Maria da Penha não adianta muito pra isso.

— Olha, anotei tudo o que me disse. — Dou uma pausa, me inclinação para frente da mesa apoiando meus cotovelos na mesa. — Se quiser, é uma ideia, mas vai depender do senhor se faz ou não.

— Mickeidy, fala de uma vez e não me deixa ansioso. Quero dar um jeito nesse babaca! — Está bem irritado. Será que ele… Não vou meter. Ele já é bem grandinho e sabe o que faz.

— Está bem. Está bem. Não precisa que ela faz a denúncia, o senhor mesmo pode fazer. — Digo e volto a encostar minhas costas na poltrona.

— Sério? — Perguta e digo que sim, confirmando. Nesse momento, estico o meu braço e vou até o meu bolso da calça. Caralho! Já passou da hora. Droga! Imediatamente, ponho o celular de novo no bolso da calça.

— Olha, senhor Tobias, preciso desligar, tenho um compromisso muito importante e preciso desligar.

— Ah sim, claro. Então vou fazer como me orientou. Obrigado, senhor Mickeidy. — Ele agradeceu. Nos despedimos e em seguida coloco o gancho de novo do interfone. Tudo resolvido. Me levanto da poltrona, me afasto e pego a minha pasta. Dou mais uma conferida se não estou esquecendo nada. Está tudo ok. Então fui até a porta e abri. Noto que a minha secretária está no celular e não me vê. Fecho a porta.

— Jessika, já terminei com o senhor Becker. Agora vou para a clínica e para os outros compromissos só para quinta-feira… — Estava caminhando para o elevador e ouço ela me chamar, que na mesma hora paro.

— Senhor Carvalho! — Me viro e a fito. Ela largou o celular. Está com um semblante… Triste? Vou até sua direção.

— O que foi, Jessika? — Pergunto com suavidade. Jogando a minha pasta na sua mesa. Ela desviou o olhar e depois abaixou a cabeça. Faz três anos que a Jessika trabalha para mim, é uma de trinta anos, cabelos castanhos ondulados. É menor do que eu, lá pra faixa de 1,65 de altura e corpo "cheinha", mas não tira o seu charme. Apesar do meu jeito… Vamos dizer, exigente, ela continuou trabalhar para mim com toda paciência e doçura que tem. Mas olho para ela e quero falar algo, porém, está tentando ter coragem para me falar. Começo a ter uma sensação ruim. Dou um passo para frente e apoiei minhas mãos na mesa, e a fito. — Jessika, vou perguntar mais uma vez. O que aconteceu?

— Olha… Recebi uma… Ligação… — Ela gesticula, se afastando da sua mesa, depois começa fazer gestos com as mãos no ar, fico confuso com aquilo. E perco a paciência.

— CHEGA! — Grito, na mesma hora ela para de falar, ficando parada na minha frente. — Minha nossa mulher! — Levo a mão no peito e solto o ar. — Me desculpe. Mas me diga, o que aconteceu para a senhora ficar assim?

— É sobre a sua esposa… — Ela fala com os olhos cheios d'água. — Sinto muito… Senhor… — Logo as lágrimas caem.

— O que aconteceu com a minha esposa? — Ela abaixou a cabeça. Pego pelo seu braço e sacudir, ela finalmente fala.

— Sua esposa sofreu um acidente… — A solto e recuo.

— Não… Ela está bem? … — Sinto lágrimas caírem no meu rosto e volto olhar para a minha secretária que não responde.

— Eu sinto muito… Mas sua esposa e seu filho…

— NÃOOOO… NÃO PODE SER… NÃO, ELES NÃO…

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