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ra Mo
a aparecido por trás das montanhas e a cidade dormia em silêncio, envol
por aqui ganha uma espécie de brilh
s estreitas. Correr pela cidade logo cedo se tornou meu pequeno ritual, uma for
vindo da padaria da Dona Zuleica, as guirlanda
roma da terra úmida misturado ao perfume das flores que o Seu Ernesto insistia em cuidar, mesm
r amiga, estava ali, enrolada num cachecol vermelho, dando ordens para dois rapazes que penduravam luzes
ue parecia ecoar por toda a cidade. - Depois pass
rometo! - res
ela. Clara Vasconcellos era assim mesmo: intensi
calmas. Ali era meu ponto preferido. Eu parava, fechava os olhos e pen
um lugar distante. Eu canto desde pequena, mas nunca imaginei que o mundo precisasse ou
o com meus pais, ficava no alto da colina, cercado por pinheiros e com vista para toda a cidade. O prédi
, o cheiro de ca
os que os hóspedes tanto amavam. Helena Monteiro tem mão
em olhar pra mim, ocupada demais d
A cidade está linda, mãe. Clara est
do Natal era a mais movimentada do ano no hotel, e ela s
- avisou. - Disse que vai cons
s gentil que eu conheço. Brinca com as crianças, conversa com os hóspede
o dele chegando. Ele entrou pela porta dos fundos, batendo a
ro e me dando um beijo na testa. - Trouxe lenha b
nquei. - Quem canta bo
alançou a cabeça,
sse ele, sério por um instante. - A cid
espondi, desviando o olha
ntos anos ajudando no coral da igreja. Mas papai sempre insist
ro enfeitado no saguão. Ali, cada detalhe tem história: o carpete gasto pelas malas de viajantes, o sino dourado que papai
efone
o, bom dia! - a
Zuleica,
ar aqui, tenho pão de mel fresquinho e
rr
a Zuleica. E guard
outro lad
obrar,
cos da temporada. A cidade parecia coberta por um véu de magia. As crianças corriam na praça,
itava uma estrela dourada no topo do pinheiro do hote
a, né, filha
- respondi. - Como t
lment
pequenas tradições: Clara vinha cantar comigo na igreja, mamãe fazia chocolate quente pra todo
do lá fora devia estar tão diferente, tão rápido, tão barulhento.
strada, o destino estava prest
manhã, tudo
-
dar Clara com os preparativos.
o o coreto! - disse, puxando minha mão.
saído de um sonho. A prefeita Marlene supervisionava tudo com seu bloquinho em mãos, re
anotando algo. - Sua mãe vai p
a. Já está tud
ocê, minha querida, vai cant
coração
a não
evirou
i! Ela só está
o. Fiquei olhando Clara, que cruzou os braços e me e
ra isso. O coral sem
hando as luz
ão sei se te
u a mão no
coragem. Tem coração. E
re soube o
pôs tingindo o céu de dourado, e a cidade inteira parecia respirar
çavam a chegar. Um casal de idosos, uma família co
m sorriso, sentindo a aleg
har a porta, avis
tamente, como se o motorista não soub
neve, e por um instante,
enti que havia algo dif
sensação de que algo e
o destino, soprando e
rava lá fora, eu ainda não sabia que o hóspede que estava p
lêncio, s
er, estava prestes a mudar
.

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