e me permitia escapar, nem que fosse por um breve momento, da realidade sufocante em que vivia. No calor insuportável
ãe de biquíni laranja, rodeada de convidados bronzeados, risadas ocas, corpos molhados e taças de espumante. A típica cena das festas d
einava entre nós. O copo de sorvete se esvaziava lentamente enquanto eu me perdia em pensamentos, tentando ao menos por al
amiliar, mas que agora me soava ameaçador. Instintivamente, levei o copo de sorvete ao peit
sarja escura, a pele clara molhada e os fios negros encharcados e bagunçados. Ele se aproximou, com a
encolhia um pouco mais, tentando controlar a ansiedade qu
raca, e continuei tomando o sorvete, tentando parecer indif
, me deixando tonta. Antes que eu pudesse reagir, ele tomou a colher da minha mão e a enf
am focados no sorvete, mas em mim. Analisavam meu corpo, sem disfarçar o interesse, até encontrarem os meus olhos e, finalme
gesto dele era íntimo, invasivo, e eu não sabia o que fazer. Não sabia como reagir. Ma
murmurei, os olhos de
precisa de drama - disse ele,
isava sair dali, precisava me afastar, mas, antes que eu
vado em meus seios no top cinza. Aquelas palavras me fizeram tremer, mas eu apen
o, mas a tensão ficou comigo. No fundo, sabia que isso era s
ava começando, e com ele, o período de avaliações, seminários que se aproximavam. Contudo, minha mente não c
etava por debaixo da porta, e logo o clique da maçaneta girando fez meu estômago se revirar. A maldita fe
m aquilo, né? - pergunto
? - perguntei, tentando soar firme, e
ou, encostando o quadril na minha cadeira. A pressão no meu ombro m
não devia, minha mãe... - te
us desejos impróprios. - Sua mãe tá lá embaixo, curtindo um pouco os amigos. Relaxa. Você não precisa ficar sozinha... E
Antes que eu pudesse reagir, ele se abai
o. Algo se quebrou dentro de mim naquele instante. Empurrei-o com força, o livro voou da me
itei, a voz embar
as mãos como se fosse inocente, mas
ua mãe com uma historinha dessas? -
i cada uma, eu não seria uma vítima, nun
galhos. O medo se espalhou por cada centímetro do meu corpo. Eu estava sozinha. E a sensação d
Marcelo não era diferente, haviam dias que ele não escondia os seus olhare
gnorei os olhares de Marcelo. Fitei a mulher de rosto escondido, pele bronzea
as suas costas. - Agora, filha? - Perg
ela está com a pressão baixa. -
poderia dizer? Uma hora a conversa