ado se enchia de margaridas pequenas e o sol se deitava mais tarde sobre os telhados. Ana Clara sentia com
utras vezes no banco de concreto perto da quadra. Não falavam muito - e era isso que ela mais
uenas frases nos cantos do caderno e arrancar as
e bagunçou
os são meu lu
m pudesse ser minha cal
omeçou a responder com desenhos. Desenhava o banco em que sentavam, as folhas da árvore, os tênis deles lado a
ído. E só percebeu que ele tinha encontrado quando, no dia seguinte, ele chegou com um cha
guntou, surpresa, olhando o ch
i que a gente devia ter algu
, ela percebeu que conseguia olhar nos olhos dele sem desviar. Era como se aquela tim
escrever uma pequena crônica sobre um sentimento. Ana Clara e Miguel, sem preci
adernos abertos, canetas nas mãos. E p
escreve? - ela pergu
te não consegue dizer em
assim que ele funciona
brem que gostam uma da outra, mas ainda não sabem o que fazer com aquilo. E escreveram junt
ali, uma maturidade emocional rara para a idade deles. E
té a esquina de casa. O sol desenhava sombras longas sobre o asfal
ra alguém? - ele p
tar o
re a
hesi
ho medo que, quando a gente
entiu, com
a que o mundo soubesse. Só pra poder s
e, deixou os dedos encostarem nos dele por a
capa preta, que Ana Clara costumava usar para desenhar, agora ganhava textos e rab
ágina, Miguel
to, saberia que eu penso em você at
respondeu
ria que todas as palavras que eu
o. Um espaço onde não havia regras, nem julg
chegou à escola com um envelope branco nas mã
? - ele p
ando chegar
guardando no b
u o envelope. Dentro havia uma folha dobrada com um texto manuscr
rimeiro olhar, ou no primeiro bilhete. Só sei que agora você está aqui.
cheio de desencontros que nos levem sempre de volta ao mesmo lugar
rtado de alegria. E, no dia seguint
arte favorita dos meus dias.
jeito como se olhavam, uma sintonia que transbordava sem que precisassem tocar
olhavam com sorrisos curiosos. Mas Miguel e Ana Clara pareciam v
mo sem postagens em redes sociais ou declaraçõ
s. Um amor que cabia inteiro em um cader