na Clara, mas também para Miguel, que agora chegava sempre dois minutos antes do sinal, só para vê-la entrando no

ra entre eles. Um toque de mão que antes era por acaso agora era proposital. Um olhar demorado não era mais tímido, era intencio

a em dizer as coisas em voz alta, mas no papel tudo se tornava mais fácil. Dobrava as página

se. Não sei explicar. Mas tem um silêncio que a

de Física. E naquela mesma aula, Miguel havia deixa

ndo estou com você. Tipo

à frente, de perfil. O braço encostado na mesa, a cabeça levemente inclinada enquanto desenhava no caderno. Ele fazia isso s

larações abertas. Só uma cumplicidade que deixava tudo evidente. Sentaram sob a mesma á

do uma embalagem de suco com uma das

nhando sentir tud

Mas não prec

a ele com um

cê mudar

bre

entiu,

ausa, o olhar fi

muda pra ficar mais forte. Eu não tô aqui por aca

ue mais a assustava. Sentir algo assim era bonito, mas também frágil. Com

materiais, um bilhete caiu do caderno dela. Mas

zem mais que as palavras? Acho que me apaixonei por isso em você. Pelo jeit

hete. Queria falar. Em voz alta. Olhar nos olhos. Dizer que também se apaixonara. Que os passos dele também t

. E um dia, sem perceber, desenhou o sorriso dele. Pegou uma folha nova e tentou novamente. E de novo. E de n

biam o que era. Sentaram no banco perto do laguinho artificial. Os pés dela balançavam levemente, e o vento bagunçav

que tá acontecendo - ela

am

a chamar as

es a gente sabe mesm

séria. E ele suste

você

quando a gente sente

corria, mas eles pareciam fora do relógio. Havia crianças correndo pelo parquinho, pais c

de casa. Ela estava com frio nas mãos, e ele

... poss

espondeu, num

o te e

emp

emanas, escondidos nos estojos, dentro dos livros, sob o

nsamento bom a

so em futuro,

ipo de silêncio que

como se guardasse pedaços de um amor que estava se costurando com cuidad

feito de pausas. De olhares. De frases baixas no meio do recreio. De mãos que se en

dos sob a árvore da escola. Ela havia desenhado os dois, lado a lado, sorrindo. Ele segurando um bi

rigada por me ensinar que o amor po

a puxou para um abraço, e naquele abraço