tamento estava silencioso, exceto pelo som da minha caneta deslizando sobre o papel, e o leve estalo das luzes da cidade que se refletiam nas janelas. Eu precisava fo

ei para a tela, e o nome de Karen apareceu. Suspirei e aceitei a chamada,

respondi, tenta

com o meu ambiente sombrio e solitário. Ela sorriu para a câmera, mas s

caso Bellini? - perguntou, com um tom de preocup

ntal em que eu me encontrava. - Mas está complicado, Karen. Estou começando

se fosse a última coisa qu

e tudo. Lembra quando você falava que queria lutar pelos inocentes? Acho que, no fundo, esse caso é a c

mas a dúvida ainda estava lá, me corroendo por dentro. Eu não queria me envolver com pessoas como Enzo

o familiar apareceu ao lado de Karen. E

a, um sorriso que sempre me desconcertava. Eu sentia um

rimeiros anos da faculdade. Não éramos namorados, mas as coisas entre nós eram... complicadas. Ele sempre soubera como me fazer rir

cender a chama. Às vezes, ele insistia em tentar reatar a velha amizade colorida, mas eu não cedia mais. Eu sabia que ele tinha o dom de me fazer esquecer a razão, mas já estav

tom neutro. Eu não queria que ele visse que sua p

do, parecendo perc

iu baixinho, antes de se virar para ele e lhe dar um empurr

ndo a cabeça de fo

inalmente me dar uma chance de novo. - Ele piscou para mim, com aquele olhar trave

pensamento de que, com Ramon, nunca havia sido simples. Havia algo nele

enas conversando, ok? - disse, tenta

rendição, mas o sorriso ainda estava lá, como s

portar. Não vou interromper

va aliviar a tensão, mas eu estava longe de estar descontraída. Ela logo

Você já tomou uma decisão? Está

ber o que dizer. Não podia mentir, mas também não

tou pronta para lidar com esse tipo de cliente. Quero ajudar as pes

tava quieto, resolveu intervir,

ra por causa de algumas dúvidas bobas? Alice, a vida não vai esperar por

. Aquelas palavras vieram de alguém que nunca soubera

dvogada dos criminosos, não importa quanto dinheiro esteja em jogo. - A raiva se mistu

tensão crescente, in

o está te consumindo assim, é porque ele é importante para você de alguma

co mais tranquila,

tar focar e tomar uma decisão. Eu não posso

do, mas sua expressã

inda com aquele olhar insinuante, mas desta vez eu não cedi. Ele saiu de cena c

sa, como se eles estivessem me observando, esperando que eu tomasse uma decisão. Eu me sentia como uma criança que se depara com um abismo imenso à sua frente e precisa decidir entre saltar ou

Karen, simples e direta: "Confia em você, Alice. Você é ma

nseguia acalmar até mesmo os meus maiores medos. E, ao mesmo tempo, ela me desafiava a ser mais do que eu achava que podia ser. Ela s

bia. Eu realm

u queria deixar tudo isso de lado e voltar para o meu sofá, assistir a uma série qualquer, e esqu

u apartamento. Olhei para a rua iluminada abaixo e para as luzes distantes da cidade. Nova York, com toda a sua grandiosidade e r

oderia me tornar uma advogada de sucesso com ele, sem dúvida. Mas a que custo? Quantas vezes eu me vi rejeitando a ideia de me envolver com pessoas como el

ada. Mas e quanto a mim? Eu estava disposta a me tornar mais do que isso? Es

pausa, de um pouco de clareza. E foi quando a campainha do meu apart

até a porta. A surpresa era

fazia sorrir, apesar de tudo. Ele estava de pé no corredor, com um sorris

guntei, ainda surpresa. Eu sabia que

s, como se a res

ligação. Achei que a gente poderia conversar, tomar um café e d

ecisando de uma distração, um pouco de leveza para clarear a mente. Então, se

i me ajudar? - Perguntei, tentand

nigmático, uma expressão de quem sabi

Ele se sentou à mesa e me olhou com aqueles olhos curiosos, como se tentasse adivinhar o que estava se passando pela minha mente. - Você vai encarar o B

quente nas mãos. O cheiro me acalmava, mas as

ser mais uma peça no jogo dele. Ele não está interessado em nada além de consegu

ho, uma risada c

er inteligente. Se alguém pode fazer isso funcionar, essa pessoa é você. - Ele se inclinou para frente, com um

ria de admitir. Ele não estava errado. Eu tinha passado toda a minha vida tentando alcançar

a, cruzando os braços, obse

i continuar com essa história de ser a advogada da

ante, mas que, ainda assim, sabia como mexer comigo. A decisão não era s

soando mais firme do que eu me sentia. - Mas vou fazer isso no m

se, com um sorr

ar por aqui, caso precise de alguma... distração. - Ele piscou para mim, com aquele sor

ue ele tinha me dado sua benção, ou melhor,

ta para o que