img A Flor da Esperança - Livro I  /  Capítulo 9 ep | 29.03%
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Capítulo 9 ep

Palavras: 4312    |    Lançado em: 10/07/2021

vam clarões capazes de anunciar o próprio fim dos tempos. Não havia estrelas ou lua para iluminar a escuridão que pairava em Alnwick, se não fosse pelas poucas velas es

va prestes a ter seu corpo rasgado de dentro para fora a fazia querer urrar. Tentando respirar fundo e acalmar-se para não assustar a amiga, que dormia tranquila ao seu lado, Beline fez esforço para sentar-se na cama, mas ao mo

a afastou as cobertas procuran

rase, tamanha era a dor. Sentindo que a camisola de Beline estava molhada e q

á em trabalho de parto! — Descendo da

den para ajudar! Vol

rteira. O medo de alguém ligado a Anthony descobrir onde estavam, o receio da parteira trair a sua confiança, era muito arriscado

á em trabalho de parto e não temos uma parteira! Precisamos fazer o parto ag

alho de parto? Pode ser apenas contrações d

que eu sei que ela está dando à luz! Beline está com a camisola coberta

a para ajudar a limpar a jovem. Estava com o coração acelerado pela sur

ontecia, perguntou a Ravenna o que poderia fazer para ajudar. Depois de receber ordens

ava as cobertas e as lágrimas rolavam por seu rosto mostrando seu desespero. Ravenna rasgou a barra da camisola da jovem até a altura

ara que saia dessa poça de sangue — Então ela moveu a

a de Beline com a manga de sua própria camisola. — Eu sinto muito Bel, eu sou uma irresponsável, eu deveria ter pensado em trazer uma parteira e um médico, mas f

rimas lavavam seu rosto e a voz era embargada pelo medo. — Se eu não sobreviver, por favor crie meu bebê como se fosse seu

imas do rosto da jovem. — Ficará tudo bem e você verá essa criança crescer. E

faça isso por mim. — Ela diss

confie

, ao se deparar com o estado de Beline, a criada arregalou os o

á perdendo mais sangue do que eu acho que deveria — disse, correndo para o lado d

de Beline, Ravenna sobe no colchão e segura a mão da garota. — Me diga o que

o sangue aqui embaixo para enxergar o quanto a passagem abriu para que a criança saia — Ela olhou ir

e dor da jovem, Jaden chegou com os candelabros e começou a acendê-los. Enquanto isso Meredith gritou para a jovem não fazer força q

umentaria o suficiente para passar um b

rir precisarei fazer um pequeno corte, mas acredito que sua passagem

mas horas e Ravenna rasgou o restante da camisola de Beline para resfriar seu corpo com panos molhados, enquanto a criada a ajudava a fazer força

favor — Meredith apontou para a faca e a

o pálido e banhado em suor e lágrimas ela segurou com força a mã

que encherá a criança de mimos. — Ela começava a misturar os idiomas mostrando seu nervosismo enquanto tentava acalmar a amig

r um médico no vilarejo próximo, mas a tempestade que caía lá fora desde a noite anterior impedia qualquer um de ent

e sangue jazia ao lado da cama. Jaden voltava com outra bacia de água limpa quando ouviu um grito que o fez derruba

morrerão. Ela tem um corpo muito pequeno e não tem

breviveria. Respirando fundo para controlar o pavor que tentava dominá-la, ela voltou para a

enquanto olhava para o abdômen exposto d

r, mas preciso que empurre com força — olhando para a menina deitada que ofegava, Meredith espe

do ficará bem. Eu cuidarei de vocês — Ravenna lhe disse e lhe deu um beijo na testa. Co

egando a faca trazida por Jaden, que olhava em desespero para a situação da menina, Meredith f

TRÊS! — Mer

vir os gritos agonizantes, tudo à sua frente se resumia em sangue e cheiro de morte. Sua visão estava turva e seu estômago latejava. A única coisa que podia fazer era emp

da menina e falava algo para incentivá-la, entretanto Ravenna não conseguia entender o que

a criança nos braços depois de Meredith cortar o cordão que a unia à mãe, e em um misto d

ma menina linda — disse, olhando p

uecê-la agora mesmo — A criada avisou e

Bel, ela está muito cansada e precisa de cuidados — olhando para o rapaz ela fala — Jaden,

stante. — Ele respondeu, deixando

o corpo da amiga gelado, ela envolveu o pequeno rosto de Bel em suas mãos e a chamou. A jovem abriu os

lhando para Ravenna, el

o sem vida e chorando, Ravenna grita em desespero — NON! NON! Eu não te permito partir! Você não merece isso! Não ouse me deixar! Per favore... Perdonami.

havia terminado, porém o cinza escuro no céu dava a sensa

omo seria ter seus próprios filhos com ela. Meredith ouviu os gritos de desespero de Ravenna e, olhando pa

e a confortou. — E-eu sinto m-muito Mery. — Dando um beijo na testa dela o

quanto chorava e Jaden sentia

E-e-estou aqu

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ais que sua mente tentasse convencê-la de que Beline se fora, sentia em seu coração que se a mantivesse junto a si, ela não partiria para sempre. Acariciava os cabelos ruivos embaraçados pelo esforço da noite anterior e secava

ocar os lençóis e limpar o colchão. A criada bateu na porta e ao abrir, pergunt

muita coisa para fazer sozinha e vo

deixa em paz ou eu juro que a demito. — Ravenna ralhou,

la em paz e voltou para o quarto da criança. Precisava pensar em

o doce. Depois de lavar e secar o corpo, Ravenna a pegou no colo e a depositou no lado limpo para poder terminar de arrumar o restante do colchão. Algum tempo depois a cama estava limpa, Beline agora vestida em

o, deixou o espelho para trás e seguiu até a janela, a chuva diminuíra de maneira considerável e os ventos estavam mais amenos. Seus olhos recaíram sobre o frondoso carvalho escarlate, suas folhas vermelhas faziam Ravenna pensar em Beline e seus esvoaçantes cachos vibrantes como fogo. Era ali, percebeu, olhando novamente para o corpo da amiga tomou a decisão. Beline encontraria a paz à sombra de um carvalho vermelho como seus cabelos e imponente como seu espírito. A dama saiu do quarto logo após vestir

ual lugar vamos enterrá-la. — Batendo os dedos contra a madeira da porta e

arto que havia sido preparado para a criança. Ao entrar, deparou-

mãe. — Ela é linda, acabou de nascer e já é idêntica à mãe. — Olhando para o líquido branco dentro da mama

rar uma assim que terminar de ajeitar as lareiras. Eu consegui leite d

o vilarejo. Cuide dela por mim, prometo que passarei o restante do dia aqui para que

bochecha da criança Meredith sorriu. — E eu me sinto mui

a maneira como a tratei mais cedo

a. Eu teria feito o

avar, um lugar no qual Bel sempre poderia ver o sol se pôr. Quando Ravenna pegou uma das pás para ajudá-lo, o amigo a pediu para deixá-lo fazer isso sozinho, tentando poupá-la de tanto trabalho. Ravenna negou

va envolto em um lençol branco. Não haveria um caixão para ela, não tinham tempo suficiente para fabricar um do zero. Aquilo cortava o coração de Ravenna em pedaços. Ao chegarem ao quarto, Jaden, pedindo a permissão de Raven

s que pudesse entrar no buraco para colocar Beline em sua

ração, ela suspirou — está tudo bem, eu preciso fazer isso sozinha. Obri

ajudar. — Ele tento

uma ama de leite ou então leite materno para alimentar a bebê.

azer as c-coisas assim? — Ele

aqui antes que o temporal recomece e

o de Beline com mais facilidade. Depois de colocá-la no chão de terra escura e fria, a dama colocou sobre o lençol o r

joelhando perante o túmulo aberto, Ravenna chorou copiosamente até que se perdesse em seus próprios soluços — Eu queria que tudo fosse diferente, não sei como poderei viver com isso, Bel. Você partiu e nos deixou para trás, eu não pude mantê-la comigo. Eu sei que não foi sua culpa, foi minha. Fiz isso com você quando decidi que eu bastava para sanar qualquer problema. Minha arrogância me custou você. Eu trocaria de lugar com você, se isso fosse possível.

terminou de enterrar a amiga. Ela sabia que Beline adorava flores viola tricolor; como tudo nela era diferente, seu gosto para flores seguia o mesmo padrão. Trouxera sementes de vários tipos de viola e começara a cavar e plantar as sementes sobre o túmulo para que florescessem

osse feita de mármore olhando para o túmulo. Não sentira o quão forte o temporal realmente estava, até que Jaden a puxou e gritando para ser ouvido, pediu que Ravenna saísse da chuva antes que ficasse doente. Sem conseguir compre

ver a menina que estava no berço dormindo. Decidiu pegá-la no colo e se

sol — sussurrou, enquanto acariciav

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