stou passando mal! - Bianca respirou fundo, segurando seu baixo ventre. - Saiu sangue quando fui me limpar kaike- Muito? - Sua voz pareceu preocupado, enquanto kaike se levantou. - Não está na hora de nascer ainda! - ele a encarou.- Eu não sei se foi muito. Estou com dor kaike, saiu sangue. Estou de oito meses e saiu sangue. Sangue não é bom, né? - A voz de Bianca estava trêmula em pavor, enquanto ela tentou se manter forte pelo seu bebê. Realmente veio uma contração, Bianca se encolheu gemendo de dor. Com lágrimas silenciosas escorrendo por seus olhos, ela ouviu kaike dizer.- Tá bom, vamos ao hospital! Mas antes, ele foi fazer sua higiene pessoal, escovou seus dentes, trocou suas roupas, já Bianca ficou encolhida na cama, sentindo contrações desreguladas. Lágrimas silenciosas escorriam por suas bochechas, essa não era a primeira vês que ela estava se sentindo sozinha e desamparada naquele relacionamento. Mas ela sabia que dessa vês tinha que ser forte, pois seu pequeno anjo precisava dela. Quando estava pronto, kaike amparou sua pequena esposa até o carro e dirigiu em direção ao hospital... Bianca estava quieta segurando sua dor interna, sem expressar por fora, mas por dentro ela estava dilacerada, ela sabia que seu filho não poderia nascer naquele momento, o caminho até o hospital e a dor foi torturante para aquela jovem menina. Quando Bianca deu entrada na emergência, ela olhou para seu parceiro ficando para trás, seus olhos se arregalaram quando ela perguntou: - Você não vem comigo?- Não, vou avisar meus pais! - foi a única resposta que ele lhe deu, enquanto se virou saindo, deixando-a.Bianca não estava sozinha, ela estava rodeada por profissionais de saúde, mas quem ela mais desejava que estivesse com ela naquele momento, escolheu não estar. Diante da situação, era necessário alguém maior de idade para acompanhá-la, então Bianca recorreu a sua mãe, que na madrugada fria, saiu no meio da noite residente da cidade vizinha, para acompanhar sua filha.- Bianca deite nesta maca. - O doutor falou, enquanto se aproximava colocando suas luvas. Observando que ela estava saindo do banheiro, após trocar suas roupas, por uma cirúrgica, com a ajuda de uma enfermeira. - Vou fazer o exame de toque. É bem tranquilo. O médico disse, enquanto a enfermeira ajudava Bianca a se posicionar, colocando suas pernas em cada apoio ao lado, no final da cama. De olhos fechados, Bianca sabia que estava ainda mais vulnerável, ela havia sangrado, seu parceiro havia deixado ela sozinha e agora o médico estava introduzindo dois dedos dentro dela, para medir a sua dilatação. Aquilo a incomodou um pouco. Mas felizmente terminou. Ainda de olhos fechados e com dor, Bianca ouviu o barulho da luva sendo puxada das mãos do