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Meo Ceo Controlador

Meo Ceo Controlador

5.0
56 Capítulo
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Sinopse

Índice

Sarah cresceu em um orfanato, mesmo crescendo sem o amor dos seus pais, a moça foi muito amada por seus amigos, principalmente por Nicholas. Um garoto que fora abandonado pela sua mãe aos seis anos de idade. O primeiro amor traz consigo um grande marco na vida das pessoas, e isso foi motivo para que ambos vivenciassem algo mágico. Infelizmente, tudo o que é bom dura pouco, separados por segredos e mentiras, Sarah e Nicholas viveram vidas distintas. O destino lhe pregaram uma peça, e a última peça do quebra cabeça se encaixou. Segredos foram revelados, e uma descoberta chocante impactou a vida da moça. Será que o destino está ao lado dos dois? O amor supera todas as barreiras, poderá superar também os obstáculos?

Capítulo 1 Sarah Silva

Eu me chamo Sarah, sou órfã e fui abandonada ainda bebê. Não conheci meus pais e não sei o motivo de ter sido rejeitada pela minha progenitora, sendo uma criatura tão indefesa.

O que pode levar uma mãe a abandonar sua criança?

Eu não consigo entender uma coisa dessa.

Moro em um orfanato chamado La Marquesa que fica em Campo Grande, Recife.

Pelo que as tias falaram fui deixada aqui com dias de nascida e permaneço até o dia de hoje.

Não conheço ninguém que tenha o meu sangue, mas se minha procriadora me abandonou, talvez, não quisesse ter ao seu lado seu próprio sangue, ou, sei lá o que aconteceu para ela ter me abandonado.

Aqui pelo menos tenho um teto, mesmo com algumas tias não nos tratando tão bem como deveriam.

Já passei por coisas ruins com algumas tias que nos exploravam, humilhavam e batiam por qualquer motivo. Por várias vezes, me deixaram com fome.

Graças a Deus, que essas tias já não estão mais entre nós, exceto uma que me odeia e não sei o motivo.

Não me lembro de ter feito nada para ela, pelo menos não que me lembre.

Mas para quem tem sangue ruim, não é preciso ter um motivo concreto para maltratar alguém, principalmente se tratando de uma criança indefesa.

Eu não gosto dessa tia, pois ela me trata muito mal.

Sinto que se pudesse ela já teria me expulsado desse lugar a pontapé.

A direção recebe doações para manter o orfanato e é assim que ele vem servindo de refúgio para aqueles que, assim como eu, não tem muita esperança na vida.

Graças a Deus ainda existem pessoas boas no mundo e essas mesmas pessoas ajudam a manter o lugar, senão nem sei o que seria de todos nós.

Esse é um orfanato sem recurso do governo e se fosse, acho que seria melhor. Sei disso porque depois que cresci, passei a investigar as coisas e a entender um pouco como funciona tudo aqui.

Se dependesse delas, jamais saberia de nada.

Outra estranheza é a forma como elas lidam com as pessoas que vêm aqui para adotar alguma criança.

Outro dia, sem querer, ouvi a tia que me odeia recebendo dinheiro de um casal. Estava escondida e vi esse mesmo casal levar uma criança assim que, a meu ver, o pagamento foi concluído.

Achei estranho na época, mas não falei nada para ninguém, nem para o meu melhor amigo.

No orfanato existem muitas crianças, mas é meio difícil alguma ser adotada e encontrar uma família de verdade, que é o sonho de todos nós.

Eu sempre ficava olhando aquelas famílias chegando e adotando algumas crianças, mas nunca me adotaram. E eu ficava muito triste com isso, porque ninguém me queria.

Será que tenho algum problema?

Com o passar do tempo percebi que quando vem alguém para adotar as crianças, só olham para aquelas que são brancas e sempre fico de lado.

A maioria dos casais que vêm aqui são brancos e não sei qual o problema em não me adotar.

Será que eles nunca me adotariam por ser negra?

Cruzes, povo racista é uma praga!

O mal do mundo é o racismo que nunca se acaba e por eu ser negra nunca fui adotada.

Aqui temos escola, professores e eles são muito legais com a gente, inclusive sempre fui muito estudiosa.

Graças a Deus, amo estudar e desejo, quem sabe um dia, entrar em uma faculdade e conseguir um bom emprego.

Aprender é muito bom.

Aqui temos tudo isso e se tivéssemos na rua não teríamos nada disso, nem um teto para dormir, isso sem falar que até poderíamos estar mortos.

Sei lá o que acontece com as crianças na rua, pois, só ouço relatos de casos horrendos passando na TV.

Sim, podemos ver TV, mas não os noticiários, esses as tias não nos permitem assistir.

Elas devem ter suas razões para isso, não sei.

É um pouco difícil fazer amizade por aqui, pois as meninas nunca gostaram muito de mim, mas não ligo.

É muito ruim não ter alguém que fale que gosta da gente. Às vezes, penso que por ser negra, os outros não me consideram ser normal.

Mesmo diante de grandes rejeições, tenho um amigo de quem gosto muito e tenho certeza que ele também gosta de mim.

Deve ser por isso que alguns não gostam de mim.

Eu me pergunto o motivo do meu melhor amigo, sendo tão lindo e branco, nunca ter sido adotado, apesar que ele já chegou aqui grande e o povo não gosta muito de adotar crianças que passam dos sete anos de idade.

Eu tenho um sentimento muito forte por esse meu amigo, mesmo sabendo que sou jovem para isso.

Já são quinze anos aqui...

Só penso em quando ficar de maior e não poder permanecer aqui, para onde vou.

Estou com quinze anos, já meu amigo fez dezoito a poucos dias e não sei como não o expulsaram daqui ainda, graças a Deus.

Sempre que completamos dezoito anos, somos mandados embora do orfanato e ficamos à mercê da vida.

Ou em um abrigo como já ouvi falar.

Eu não quero ficar sem meu amigo ou meu amor.

Ele me protege de tudo, principalmente dos chatos que pegam no meu pé.

Mesmo sendo um pouco tímido, meu amigo sempre me protege e está perto de mim.

— Oi, minha linda! Como você está? Está passando bem?

Sempre fico um tanto envergonhada quando ele me chama de querida, linda ou princesa, afinal ele é muito fofo e carinhoso.

Sou tão feliz quando estou ao seu lado.

Ele é branco, tem olhos azuis e usa óculos daqueles com as lentes bem grossas, motivo para as crianças maldosas o zoarem.

Como tem umas crianças que conseguem ser mais malvadas que outras?

Eles o perturbam, o chamando de cego, quatro olhos e dizem que ele parece um ET de tão feio que é.

Antes ele só chorava, mas agora não mais.

Ele é bem magro, mas, para mim, não tem problema se as meninas daqui o acham feio, pois o acho o mais lindo.

Para mim, ele é realmente muito bonito, mesmo com seus óculos de lentes grossas.

Ainda bem que ele não é preconceituoso, pois tem gente aqui que vive me chamando de negra chata, ou dizem que nunca vou conseguir nada na vida, muito menos ser adotada por ser negra.

Resumindo, gente má aqui nesse orfanato tem muito.

Mas ele nunca me ofendeu devido a cor da minha pele, mesmo sendo tão branco.

Confesso que agora já até perdi esse sonho de ser adotada, pois, se quando criança já foi difícil, imagina agora que sou uma adolescente.

— No que essa cabecinha tanto pensa e não me responde... Está tudo bem com você? — ele pergunta, chamando a minha atenção, me trazendo de volta do limbo em que estava.

— Desculpa, Nicholas, só estava pensando mesmo em coisas banais, nada de mais. Você é muito legal comigo. Eu amo você, Nicholas. Você é muito especial, o único aqui dentro que liga para mim. Eu não sei o que seria de mim, sem você. Tenho tanto medo de você sair daqui e me deixar. Confesso que não sei como irei suportar ficar sem você.

Ele fica mudo, olhando para a minha cara, sem graça.

Ué, não sei o motivo, mas sempre falei que o amo e realmente não sei como vai ser quando chegar a hora dele ir embora daqui.

Não estou preparada para ter meu amor longe de mim.

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