- E você é a mulher da minha vida! Te amo muito, Dulce. Quero ficar bem velhinho do seu lado e ter diversos netinhos alegrando a nossa casa.
- Não fala assim, se não eu choro! - ela respondeu, emocionada. - Não sei o que eu fiz de bom pra te merecer, meu príncipe encantado.
- Eu sou sim, o príncipe encantado por tamanho amor e beleza sua, minha flor! Te amo.
E assim, ficaram o dia todo. Um se declarando para o outro, até o celular de Dulce tocar.
- Não atende, fica aqui comigo! - Rodrigo pediu, abraçando-a por trás.
- É o Pon... o Alfonso! - ela respondeu. Rodrigo não gostava que Dulce chamava seu amigo de Poncho e odiava a intimidade que eles tinham. - Eu preciso atender! - Ela se afastou dele alguns metros e atendeu. - Oi Ponchito, como vai?
- Até que enfim, Dul! - disse ele. - Achei que não iria atender.
- Você sabe como é o Rodrigo, ele é um pouco ciumento.
- Um pouco? - brincou. - Ele é muito ciumento, isso sim.
- Ele me ama, só quer me proteger.
- Eu te liguei pra te dizer que eu amo você, já estou com saudades dos seus abraços de urso.
- É tão ruim assim? - ela perguntou.
- Claro que não, Dulcita! - Poncho negou. - Quero dizer que é muito fofinho.
- Obrigada Poncho! - agradeceu.
- E você? Já contou pro Rodrigo sua profissão? - Alfonso perguntou.
- Não! Eu ainda não quis falar com o Rodrigo que sou uma polícia, até porque eu não exercia meu cargo faz uns dois anos, mas vou voltar.
- Tá maluca Dul? - disse ele, preocupado.
- Eu adoro filmes policiais, você sabe disso. - Dulce respondeu.
- Filme é ficção, você vai lidar com a realidade, Maria! - disse ele. - Você me prometeu nunca mais mexer com isso.
- Não precisa ter medo, Poncho! Eu também quero ver o que meu futuro marido faz aos sábados, que nunca está em casa.
- Vai investigar seu próprio namorido? É assim que eu devo chamá-lo, já que moram juntos.
- Ponchito e seu bom humor! Não tenha medo, será por pouco tempo.
- Você é quem sabe, Dul! - Alfonso respondeu, finalizando a ligação.
*****
Alfonso narrando
A Dulce me ligou chorando, parecia estar apavorada, com medo. Fiquei muito preocupado, não sabia se procurava por ela ou esperava resposta, era estranho.
- Alô? Como você está, Dulcita? - respondi, atendendo o celular.
- Ponchito, você não vai acreditar o que eu descobri! - ela falou, chorando.
- Que foi Dul? Por quê está chorando? - perguntei.
- O Rodrigo... ele é... é assas... assassino! - ela respondeu, com dificuldade.
- O quê? - perguntei. - Não está enganada, Dul?
- Não, eu não... - a ligação caiu, aquilo me fazia pensar milhões de coisas. Eu apenas rastriei o celular dela e fui atrás. Ela estava em sua casa, lugar não tão longe de onde eu estava.
- Com quem estava falando? Com o Ponchito? - Rodrigo perguntou.
- Eu sei de tudo, seu canalha! - disse Dulce. - Eu te amava tanto, Rodrigo. Nós sempre planejamos uma família. Por que mentiu? Por que me enganou?
- E você, Dulce Maria? Estava planejando me enganar até quando? - ele perguntou. - Eu sei que você é policial, por isso, me relacionei com você, e a idiota sempre me protegia.
- Eu tenho nojo de você, eu te odeio! - disse ela, chorando.
- Não foi isso que me disse hoje de manhã e sempre que a gente transava. Eu sei que você gosta de mim, você é minha.
- Eu era! Na verdade, nunca fui sua! - ela foi surpreendida com um forte tapa que ele deu em seu rosto, que a fez se desequilibrar e cair. Rodrigo começou a beijá-la à força e, rapidamente, amarrou as mãos dela. Ele rasgava suas roupas com rapidez, e a mesma tentava impedir sem sucesso, pois ele era mais forte e mais alto que Dulce. Rodrigo acabou de tirar as roupas que ainda a cobria, deixando a moça ainda mais apavorada.
- Por favor, não faça isso, Rodrigo! - Dulce implorava.
- Pensasse nisso antes de entrar na minha vida, sua desgraçada! - ele respondeu. - Acho que estamos em desvantagens aqui.
- Rodrigo, não faça isso! - ele começou a rasgar as próprias roupas selvagemente. Porém, Dulce não poderia fazer nada para impedir, já que estava amarrada. Ele subiu em cima dela e tentava beijá-la à força. Estava para fazer algo pior, quando é interrompido.
- Larga ela, seu palhaço! - Alfonso chegou rapidamente e começou a bater em Rodrigo. Dulce estava vermelha de vergonha. Apenas trocou de roupas e chamou a polícia, que chegou e prendeu Rodrigo.
- Desculpa Ponchito, por te fazer passar esse vexame. - Dulce se desculpou, corada.
- Não precisa ter vergonha, Dul! - disse ele, confortando sua amiga com um abraço. - Eu te amo e jamais deixaria alguém fazer o mal à você.
- Obrigada! - agradeceu, encarando-o. - Também te amo muito. Você é mais que um amigo, é um irmão para mim, não sei o que seria da minha vida sem você.
- Não se preocupe, eu sempre estarei do seu lado! - disse ele, abraçando Dulce.
Alguns meses depois, Dulce Maria voltou a exercer o cargo que mais adorava : ser polícia.
- Tem certeza, Dul? - Alfonso perguntou.
- Claro, Ponchito! Não se preocupe. O Rodrigo já está preso, ele não vai conseguir fazer nada comigo.
- Eu sei, mas não existe só ele de assassino! - ele respondeu.
- Não fica assim, eu vou ficar bem! - ela afirmou.
******
- Mandou me chamar, delegado? - Dulce perguntou, já na delegacia.
- Mandei sim! - ele respondeu. - Eu só queria te dizer que você vai trabalhar com um dos melhores policiais de todo o México. O nome dele é Christopher Uckermann.
- Desculpa te perguntar, mas ele é de confiança? - Dulce perguntou, arqueando a sobrancelha. - Eu não confio muito em homens, desde que eu sofri a tentativa de estupro.
- Eu te entendo, mas ele é de total confiança! Vocês vão trabalhar no caso do traficante mais conhecido de todo o México.
- Mas, delegado...
- Está tudo certo, Dulce. - disse ele.
- É que eu...
- Pode ir, Dul, o Christopher já deve estar te esperando lá fora. Já pode sair da minha sala. - Dulce apenas fez que sim com a cabeça e saiu.
- Tomara que esse tal de Christopher seja mesmo de confiança! - ela falou, para si mesma.
- Licença! Posso te ajudar? - um homem bonito, de cabelos cacheados perguntou, fitando-a. Ela olhou para ele e logo deduziu quem era.
- Você deve ser o idiota que arrumaram pra trabalhar comigo, não é? - Dulce perguntou.
- Bem que o delegado disse que você era linda e marrenta! - ele respondeu.
- Você me acha linda? - corou.
- Não tanto quanto suas chatices, mas é. - ele respondeu, com um tom de deboche.
- Tá me chamando de chata, seu idiota? - bufou.
- Eu tenho nome, sou Chris... - ela o interrompeu.
- Christopher Uckermann, já sei! - disse ela, batendo com as palmas das mãos no peitoral dele.
- Parabéns por decorar meu nome! A maioria das mulheres que saem comigo dizem que é difícil. - Christopher debochou.
- Deve ser tão difícil quanto te suportar! - Dulce respondeu, irritada.
- Sabe, você não tem nada a ver com seu nome! - disse ele. - Dulce é doce, sabia?
- Sério? Não me diga, achei que fosse sorvete! - ela debochou. - Como sabe meu nome?
- Está escrito em sua testa.
- Além de feio, é idiota e grosso.
- Foi o delegado quem disse! - respondeu. - Ele falou que essa tal Dulce era linda, mas era insuportável e ignorante.
- Quer saber? Cansei de perder meu tempo com você. Vou falar com o delegado pra mudar minha dupla.
- Vai lá, duvido que consiga reverter essa situação! - Christopher respondeu.
- Eu te odeio, sabia? - disse Dulce, indo até a sala do delegado.
- E eu te amo! - Christopher respondeu, sorridente. - Já vejo que essa garota vai dar um pouco de trabalho. Quem mandou o delegado me mandar trabalhar com essa sem noção, chata, linda, sexy e gostosa? Para com isso, Christopher. - deu um tapa em sua cabeça. - Acho que estou em um estado crítico de loucura. - ele respondeu para si mesmo e saiu.