Em 'Isso não é um conto de Fadas', acompanhe a emocionante jornada de Sara, uma jovem que cresceu em um Lar de Acolhimento, enfrentando os desafios de uma infância marcada pela solidão e incerteza. Sua vida toma um rumo inesperado quando ela cruza o caminho de Jamie, um rapaz de espírito livre, cuja amizade traz luz aos dias sombrios de Sara. Conforme os dois constroem um vínculo especial, eles descobrem que a vida pode ser cheia de surpresas e amizades genuínas. Porém, à medida que o tempo avança, separações inevitáveis testam sua conexão. Jamie é adotado volta a morar com sua mãe biológica, enquanto Sara enfrenta os desafios da independência ao atingir a idade adulta. Conforme eles constroem uma amizade única, enfrentam desafios e separações. O tempo avança, e Sara mergulha na vida adulta, buscando independência e um futuro estável. Com momentos de superação e autodescoberta, 'Isso não é um conto de Fadas' é uma história tocante sobre amizade, amor, resiliência e esperança."
verão 2019
Não me lembro exatamente do dia em que caí nas garras do sistema.
Lembro-me vagamente de pessoas estranhas entrarem na minha casa e me levarem para um lar desconhecido cheio de outras crianças. Eu tinha apenas sete anos e vestia roupas velhas que raramente eram trocadas.
É duro perceber como podemos amadurecer tão precocemente. Hoje eu percebo que perdi a maior parte da minha infância preocupada com o que seria o meu futuro. A inocência e o privilégio da despreocupação me foram arrancadas e o meu coração foi preenchido com o pavor da separação.
Como eu poderia entender a dureza da vida naquela altura? Como eu poderia compreender a negligência e falta de amor? Se quando somos inocentes não encontramos sentido no fato de um ser humano ser incapaz de amar e cuidar, quando tudo que conhecemos e sentimos, é amor. Até isso nos ser arrancado de forma violenta. Não lembro exatamente o dia que me dei conta de que não era cuidada e amada. Mas certamente, nesse dia, quando cheguei nesta casa, todas as partes do meu corpo podiam sentir isso.
Tenho poucas memórias de Margaret, a mulher que se dizia minha mãe, e digo isso porque nunca tive realmente a impressão de que ela fosse, nunca houve uma troca de afeto - não que eu me lembre pelo menos - e raramente passavamos tempo juntas. Lembro-me de passar a maior parte dos meus dias sozinha em casa.
Me obriguei a observá-la cozinhando algumas vezes pra me virar sozinha e poder ter o que comer durante o dia. Eu não ia à escola como as outras crianças do meu bairro, então o único contato que eu tinha com outras crianças era na rua.
Nunca conheci o meu pai, muito menos tive informações sobre ele. Apesar de um tempo ter desejado muito tê-lo conhecido, hoje já não sei se teria feito muita diferença ou acrescentado muito à minha vida cheia de dramas, era capaz de ter se tornado apenas mais um drama com o qual eu tivesse de lhe dar, então por vezes tento pensar que ele apenas me fez um favor de não estar presente.
Já se passaram nove anos desde o dia que me trouxeram para o Lar de Acolhimento, depois daquele dia, conforme o tempo passava eu percebia que o que era pra ser um abrigo temporário seria na verdade minha nova casa permanente. A casa é maior que aquela que eu morava com Margaret, as meninas dormem em quartos separados dos meninos e tem banheiros separados também. Temos um terraço que não é muito usado. E um jardim, com um parque para crianças e algumas verduras plantadas em uma pequena horta.
Na casa moram duas mulheres que são as responsáveis pela casa e por cuidar das crianças, uma delas fica a maior parte do tempo e a outra é apenas uma auxiliar. São simpáticas até, mas todas as demonstrações de afeto sempre foram limitadas, não podem deixar-se apegar às crianças, hoje eu compreendo melhor o por que.
Ava é que a fica em período integral, e a mais simpática também, ela é uma mulher magra, baixa e de cabelos longos. Já me afeiçoei a ela, apesar de não tentar demonstrar muitos sentimentos, ela pelo menos se preocupa se eu estou limpa e bem alimentada, o que já é muito mais do que alguma pessoa me ofereceu. A cada quinze dias ela tira alguns dias de folga, mas não sei muito mais sobre ela, se tem família, amigos ou pra onde vai quando não está aqui, mas sempre fico feliz quando ela volta.
***
Lembro-me perfeitamente do dia que finalmente entendi qual seria o meu futuro - no segundo mês que estava no lar de acolhimento recebi a notícia de que minha mãe havia falecido, lembro-me de nesse dia ter realmente me sentido completamente sozinha no mundo, apesar de já sentir isso antes, parecia que naquele dia tinha se tornado mais real.
Já tinham se passado 9 meses desde que eu estava no lar de acolhimento,estava um dia perfeito, do jeito que eu mais gostava, o sol ardendo, o céu tão azul quanto poderia estar e o vento batia no meu rosto, me sentia feliz nesses dias, eu vestia um vestido florido de alças que Ava dizia combinar com meu olhos verdes escuros. Odiava dias cinzentos, a vida já tinha me mostrado facetas sombrias demais para ter de gostar desses dias tão feios.
Ava estava na cozinha finalizando o almoço quando veio até o corredor e ergueu a voz:
– Sara, você precisa tomar banho e se arrumar, hoje teremos visita na hora do almoço..
– Tudo bem, já estou indo - eu tentava na maior parte das vezes ser obediente ao que me pediam, de certa forma eu já tinha me habituado à casa e tinha medo de perder a única coisa que me parecia estável.
Éramos um total de 10 crianças na casa, algumas bem mais novas do que eu e outras tinham mais ou menos a minha idade. Não costumava me apegar muito aos mais pequenos porque não tínhamos muitas afinidades, e eu ainda não entendia o porquê, mas eles costumavam ficar pouco tempo connosco.
Eu tinha me aproximado de uma menina da minha idade, a Amélia, que chegou na casa quase ao mesmo tempo que eu, então nos aproximamos com facilidade e viramos amigas. Eu tinha completado 8 anos na semana anterior e ela havia me dado uma fita para o pulso que ela mesma tinha feito e declarou que éramos melhores amigas. Por um momento senti que voltei a ter alguém na vida. Até aquele dia.
Já fazia algum tempo que Amélia passava alguns dias fora com algumas pessoas, mas eu não entendia porque, e também não tinha muita curiosidade em saber. Não fazia muitas perguntas, lembro-me que Margaret se irritava facilmente quando eu as fazia, então eu evitava irritar mais pessoas.
Ao meio dia estávamos todos postos a mesa para almoçar, Amélia estava sentada ao meu lado e Ava tinha passado a maior parte do tempo da manhã no quarto de Amélia, mas não vi o que andava fazendo.
Logo chegou um casal, a mulher não parecia tão jovem, mas também não era velha, devia ter por volta dos trinta e cinco anos, tinha pele clara e olhos negros. O homem era grisalho, mas ainda assim os cabelos não faziam jus à imagem que aparentava ter, parecia jovem demais para tantos cabelos brancos. Os dois estavam muito bem vestidos e traziam um sorriso gigante no rosto, mas os olhos estavam também carregados com uma mistura de nervosismo e ansiedade.
A mulher começou a percorrer a mesa e se aproximar.
– Bom dia, onde está a nossa Amélia? - terminou de falar, encontrando os olhos de Amélia.
Lembro-me do embrulho que eu senti no estômago, não sei bem se foi de ciúmes da Amélia ou foi de inveja por ver que alguém tinha vindo visitá-la. Quando a mulher terminou as palavras a Amélia já tinha dado um salto da cadeira e estava correndo ao seu encontro para ser erguida em um abraço.
Depois de tantas demonstrações de afeto, sentaram-se todos à mesa e almoçamos.
Depois que terminamos, Ava pediu que todos fossemos à sala de estar para conversar. E então explicou que aquele era o último dia de Amélia naquela casa, que aquele casal na verdade seria a nova família de Amélia e que a partir daquele dia ela viveria uma nova história.
Lembro-me de começar a sentir meus olhos arderem e ficarem marejados na hora, Ava vai ao quarto de Amélia e saí de lá com todas as suas coisas na mala e só então eu me dou conta de que foi isso que ocupou o tempo dela quase toda a manhã, estava colocando as coisas de Amélia em malas. Por Deus, naquele momento só sentia vontade de me agarrar naquelas malas e implorar que me levassem junto. Parecia que meu coração estava partindo ao meio, eu não esperava perder Amélia dos meus dias assim.
Amélia tinha se tornado uma parte essencial dos meus dias, agarrei-me nela como se não houvesse mais nada. Por vezes parecia que éramos só nós duas contra um mundo inteiro. Conhecíamos bem a dor uma da outra. Seguramos a mão uma da outra nos últimos meses e de certa forma preenchemos um pouco do vazio do coração uma da outra.
Meu coração ainda pouco sabia sobre a dor da perda e da partida. Mas aprendi que quando somos expostos a esse tipo de sentimento precocemente, parece que as rachaduras são mais duradouras e demoram mais tempo para sarar. Carregamos o fardo da rejeição, comparação e medo, sem saber se um dia ele poderá ser aliviado. Meu coração ficou acelerado e senti como se o ar estivesse com dificuldade de circular nos meus pulmões.
Parecia que mais uma vez a vida estava me pregando uma peça. Foi só naquele dia que percebi que minha estadia ali era temporária, e que eu teria que esperar pacientemente até que alguma família com o coração bom suficiente e que fosse capaz de acolher uma criança desconhecida na sua casa, fosse me buscar.
A despedida foi dolorosa, eu e Amélia nos agarramos em um longo abraço e fizemos juras de amizade eterna até que ela partiu naquele carro com a sua nova família. Agora o que me resta dela são as memórias, e a fita que ela amarrou no meu braço, que eu carrego até hoje.
***
Hoje eu espero realmente que ela esteja bem e feliz, sei que foi a melhor coisa que podia ter acontecido à ela, muito melhor que ficar em um lar temporário anos a fio. Depois aprendi a agradecer por ela não ter voltado, isso significava que tinha dado tudo certo e que de alguma forma ela seguiu a vida. Perdemos contato depois daquele dia. Passei alguns dias choramingando por isso, mas com o tempo me acostumei.
Me agarrei à ideia e esperança de que um dia chegaria a minha vez e que alguma família de "super heróis" passariam por aquela porta para me buscar e me salvar de uma vida que até agora só me é miserável e sem sentimentos.
Mas alguns tem mais sorte que outros, ainda estou morando no lar temporário, que já não é mais tão temporário assim e só me restam mais dois anos aqui até atingir a idade adulta e ter que sair pra viver sozinha no mundo lá fora.
Estou no meu quarto, que compartilho com mais duas meninas que chegaram no lar a pouco tempo, elas são mais novas que eu, e com o tempo aprendi a não me aproximar tanto das pessoas que chegavam, tento manter apenas o contato básico.
Ava bate na porta e dá uma olhada pra dentro. Ela está bem mais velha do que quando cheguei, seu rosto já tem linhas de expressão e apesar de eu estar a tantos anos na casa nossa relação também nunca se aprofundou.
– ei, você tem planos para hoje? - pergunta ela, embora saiba que não tenho - estava pensando em fazer uma noite de cinema na sala com todas as crianças.
Apenas concordo com a cabeça, me levanto e vou ajudá-la. Esses são os poucos momentos em que eu tenho interação social, me tornei uma pessoa mais reservada, acho que é o medo de me apegar às pessoas e depois ser abandonada. Com o passar dos anos aqui, é impossível não me aproximar de outras crianças e criar o mínimo laço, mas pelo menos eu já estou preparada para me despedir delas, sabendo que chegará o dia que a sua família virá 'resgatá-la'.
Aninho-me em um canto do sofá com um pouco de pipoca no colo para ver o filme escolhido por Ava. E lembro-me do dia que estava assim com a primeira família que veio me 'resgatar'. Pena que depois de um tempo eu descobri que ao invés de super heróis terem vindo me socorrer, na verdade eram os vilões que tinham me encontrado.
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