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Submissa- Entre o céu e o inferno

Submissa- Entre o céu e o inferno

5.0
36 Capítulo
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Sinopse

Índice

Dark love Essa história é abusiva e violenta, não leia se for te causar gatilhos. +18 Sinopse: " Você considera sua vida uma tragédia, por que não conhece a minha. Fui largada por meus pais quando tinha dois anos, passei a vida em um orfanato que só era orfanato no papel, eles aliciavam garotas quando entravam na adolescência, crianças que mal sabiam o sentido da vida. Eles ensinavam o básico, e algumas outras línguas, sempre tinha um estrangeiro interessado em alguma de nós, era terrível vê as meninas serem levadas quando chegavam a idade, pelo menos isso, tinha uma idade pra serem tiradas de lá. A Madame Vanda era a dona do orfanato, um monstro, não podíamos nem falar em um tom mais alto que já era motivo de um bom tapa ou pior de ser largada no quarto do medo. Tinha tudo de mais assustador lá dentro, eu já havia passado por lá algumas vezes, '' Essa menina vai me dar trabalho '' ela dizia em seu sotaque italiano, vadia, queria que ela fosse obrigada viver e passar pelo que passamos. Mas eu vou fugir e vou fechar esse lugar, ah vou "

Capítulo 1 Um

''Tem amores que te mostram o céu, outros o inferno, e tem amores que fazem você experimenta dos dois...''

Hoje, talvez o dia mais triste em todo ano, o dia que me largaram na frente do orfanato ou melhor dizendo o dia do meu aniversário, não porque fizeram desse o meu dia, mas porque os meus amados pais colocaram isso na cesta, junto com o lindo nome que me deram, pensando estarem me livrando de um destino triste, coitados, só me lançaram em um pior. Hoje eu completo 18 anos, exatos 16 deixada nesse lugar. Cada dia fica mais próximo do dia em que eu possa ser "adotada". O que me assusta cada dia mais, já voltaram meninas dessas adoções e as histórias não eram nada agradáveis, elas dizem que apanhavam e que eram obrigadas a fazerem coisas horríveis, não sei se existe algo tão terrível que viver aqui, mas eu espero fugir logo, aqui ou nas mãos do meu dono. É como devemos chamar os homens que nos levam daqui, de senhor.

— Laura, vamos, levanta dessa cama, hoje é o seu dia. — Meu dia, até parece, odeio esse dia. Lá estava a minha pequena de olhos castanhos e cabelos ondulados, me puxando com suas pequenas mãos.

— Elisa, são 5:00 da manhã, hoje eu posso acorda as 6:00 fiz todo o meu serviço ontem.

— Levanta, por favor. Tenho uma surpresa para você. — Ela diz tirando a coberta de cima de mim, fazendo com que os meus olhos se abram...

— Você conseguiu me irritar. — Minha irá se foi quando eu vi a Elisa com um sorriso triste segurando um bolinho, tão pequeno e fofo, não contive a raiva por tê-la tratado mal, mas também por ela ter feito um bolo. Eu odeio o meu aniversário e ela sabe. A Elisa chegou dias depois ao orfanato, é um ano mais nova que eu, o que me deixa feliz por que ela não vai ser obrigada a sair pelo menos por enquanto.

— Não faz essa cara. — Digo acariciando seu rosto. — Você sabe que eu não suporto essa data, Elisa.

— Eu sei, Laura. Mas você pode passar a gostar.

— Você é tão ingênua, Elisa. — A abraço tão forte que sem perceber deixo as lágrimas rolarem por meus olhos. — Você sabe que lá fora vai ser pior, que eles não nos terão com amor.

— E se não for, Laura, se alguns nos tiverem?

— Não se deixe enganar por essa ilusão. — Tento falar baixo para que as outras não acordem ou escutem.

— E se quando chegar a hora, você consiga alguém que te traga felicidade?

— Ninguém que compre alguém quer faze-la feliz, talvez não maltrate tanto, mas felicidade isso não, e por mais que eu tenha uma vida razoável lá fora, só serei feliz quando eu destruir isso aqui.

— E você acha que conseguiria, senhorita? — Ouço a voz que me causa arrepios desde os meus primeiros dias aqui, a voz que manda e mesmo meu cérebro negando eu obedeço, a voz que mesmo eu me sentindo forte, me deixar fraca. — Responda-me! — Seu tom de dominadora, é imparcial, mesmo que eu quisesse lutar contra ela, minhas pernas falhariam, fugiriam de mim.

— O disse, senhora? — Minha voz é falha.

— Sonsa! — diz entre dentes e sinto sua mão por sobre meu rosto, com tamanha força, que minhas lágrimas descem sem minha permissão. — Responda, vamos! — Todas já estavam de pé, tentando fazer suas camas para desviar a atenção da conversa.

— Senhora, eu não tinha a intensão de dizer isso. — Minha voz tremia de medo.

— Não foi isso que perguntei, foi?

— Não, senhora.

— Então responda, o que perguntei.

— Não conseguiria senhora, sou fraca demais para fazer qualquer coisa contra senhora.

— Você como todas aqui nasceram para obedecer, e não mandar. Entende, Laura?

— Sim, senhora.

— Para que aprenda, sua amiguinha, irá conhecer o quarto do medo. Creio que ela deva está ansiosa pra conhece-lo, estou certa, senhorita Elisa.

— Não, senhora! Por favor eu vou em seu lugar, o erro foi meu, não a faça pagar pelo que eu fiz. — Meu corpo estava largado aos seus pês, enquanto eu implorava misericórdia de alguém que não conhecia isso.

— Estou certa, senhorita? — Ela nem ao menos me olhou.

— Sim, senhora. — A Elisa respondeu cabisbaixa, as lágrimas desciam por seu rosto, pobre Elisa, irá pagar por meu erro, para servir de exemplo e punição a mim, a Madame sabe que a Elisa é a única pessoa que me importa, por isso faz isso com ela, por isso ela foi escolhida para ficar no castigo. Meus olhos lacrimejavam sem parar, e ali estava mais um motivo para odiar o meu aniversário.

— Madame, por favor. Farei qualquer coisa. Mas a deixe, por favor?

— Hum... Então ela não tem medo de continua me enfrentando? 18 anos hoje srta.?

— Sim, senhora...

— Será adotada na próxima semana.

— Mas, senhora?

— Me acompanhe, Elisa. — Ela a levou e eu me deixei largada ao chão sem forças para pensar, como ninguém nunca saiu assim. Eu ainda não tinha elaborado meu plano de fuga. A Elisa não vai suporta uma noite naquele quarto. E a culpa de tudo isso é minha. Todas as jovens saíram do quarto a não ser por uma, a Joana, ela tinha 18 anos e seria adotada na próxima semana, ela se aproximou e me abraçou, triste pela situação, seu abraço era reconfortante, acolhedor.

— Ela não tem o direito de fazer isso, Joana a Elisa não tem culpa. — As lágrimas desciam como rio em direção ao mar sobre meu rosto, o choro me consumia por dentro. Não parava de imaginar a Elisa naquele quarto, não conseguia pensar, nela trocando seu sorriso encantador por lágrimas... — Bom, temos que fazer os nossos serviços, então vamos logo, antes que sejamos as próximas a ir pro quarto do medo.

— Não tenho mais medo daquele lugar, não me interessa o que tem lá dentro ou qual castigo ela venha me punir, não me faz diferença. Não mais. — A Joana parecia triste, mas tão certa de suas palavras.

— Quanto a isso, também não me faz diferença... Precisamos ir. — Assim que levantamos, a senhora Danuza, outra carrasca do orfanato entrou no quarto.

— A Madame Vanda deseja vê-la, Laura. Em sua sala. — Ela disse com um olhar indiferente, parecia que tínhamos lepra e ela não quisesse chegar muito perto para não contrair.

— O que mais ela vai fazer a mim, arrancar meus olhos. — As palavras saíram de forma impulsiva da minha boca.

— Faria isso por ela com gosto, anda vá logo vá ver o que ela deseja. — Saímos eu fui ao encontro da Madame. Chegando à sala sentir um frio na barriga, já não sabia o que esperar da Madame Vanda.

— Senhora, me chamou? — minha voz saiu fraca, ela afirmou e indicou a cadeira.

— Laura, você foi deixada aqui, aos 2 anos, eu cuidei de você com carinho, atenção e paciência, te alimentei, dei educação e ando em busca desesperada por um abrigo para você.

— Eu sei, senhora. — Por mais que ela tenha nos maltratado, era verdade, poderia estar na rua largada ao mundo.

— Eu sempre tive um apresso especial por você. — Ela se levanta e vai até a mim, abraçando-me por trás, me assustou aquele gesto, não sabia o que esperar depois daquilo, o que ela queria dizendo tudo aquilo. — Por isso eu consegui uma pessoa que vai cuidar de você, dá uma atenção especial, a que não pude dar.

— Senhora ainda não estou pronta. — Meu corpo tremia com a possibilidade de ir morar com um estranho, o que ele poderia fazer comigo?

— Mas para me afrontar está?! — diz ironicamente ainda acariciando meu cabelo.

— Perdão, senhora, deixe-me ficar. Por favor? — As lágrimas desciam por meu rosto, não havia saída, não tinha mais como fugir, seria escrava de um desconhecido e obrigada a fazer coisas terríveis.

— Não chore, pequena, ele irá cuidar bem de você. Agora vá se arrumar, ele deseja vê-la. — Sair da sala chorando, entrei no quarto aos prantos então tive um plano. Que era minha única saída.

Fui até a cozinha sem que ninguém notasse a minha presença, e abrir a porta que por sorte estava somente no trinco, o jardim era grande mas pouco vínhamos fazer um passeio, as folhas que caiam anunciando o outono, me fizeram acredita em uma renovação, em uma mudança que eu não imaginei ter, assim que cheguei ao muro, me certifiquei que não tinha chamado atenção e comecei a escalar uma árvore, que ficava próximo, assim que cheguei a altura do muro, me lancei para ele e então pulei para o outro lado, acabei machucando o pé por causa da altura, sem conseguir levantar, desejei que alguém visse e me ajudasse, antes que descem por minha falta.

Então um carro desses que só se vê em filmes, não que eu tenha visto muitos na vida, mas os poucos que vi, sempre tinha um belo carro, eram diferentes do que dava pra ver da minha janela, meu recanto dos sonhos, ficava imaginando como seria o mundo fora desses muros e aqui estou do outro lado, caída, sem forças para levantar.

O carro parou próximo onde eu estava, desceu um jovem elegante, meus olhos nunca tinham visto tamanha beleza, tinha um cabelo castanho meio bagunçado, vestido em um terno azul escuro, ele me olhou, com aqueles olhos cor de âmbar, meu estomago revirou no mesmo instante que nossos olhares se encaixaram, eu podia sentir a cada partícula do meu ser ceder para ele, aquela pele, aqueles lábios, tudo nele parecia esculpido pelas mãos da luxuria, o poder

emanava dele como um cheiro do seu perfume que agora me alcançava com a nossa proximidade, ele estava um tanto duvidoso, mas me agarrei a chance.

— Moço, não consigo levanta. — Digo em um tom baixo e o vejo vir em minha direção, seu andar era firme, não vacilava em nenhum passo.

— O que você tem? — Ouço sua voz feito sinos na mais perfeita sintonia ao se aproximar de mim. Eu não sabia se devia falar, só queria fugir o quanto antes.

— Eu acho que quebrei, está doendo muito e não consigo me levantar.

— Venha, vou pedir ao meu motorista para leva-la a um hospital. — Ele disse me ajudando a levantar.

— Não...— Digo no impulso, seria o primeiro lugar que a madame iria me procurar hospitais e delegacias, ela era muito influente e fazia questão de sempre trazer um policial para cá, deixando claro que não havia saída. Tinha que me esconder até saber o que fazer.

— Você precisa. Então vamos entrar nesse orfanato, deve ter algum médico aí. — Ele se mantinha contido, sua voz firme, não tinha preocupação alguma, mas uma certa curiosidade brilhava em seus olhos.

— Não, por favor, não, só preciso ir embora daqui, não quero ficar nesse lugar, por favor? — Ele não fez mais perguntas, nem questionou, me pegou no colo e me levou até o carro. Seu toque era firme, passava tranquilidade. Eu não sabia porque mais queria confiar, nos seus olhos castanhos, no que eles me diziam ou eu imaginei que diziam.

— Leve-a para minha casa, ligue para o Dr. Rómulo e volte para me buscar. — Ele disse deixando meu corpo de forma suave e calma no banco traseiro do carro.

— Sim, senhor. — Após me colocar no carro o motorista fez o que ele havia mandado...

♤♤♤Malik

Eu sabia que ela estava fugindo e era bem provável que do orfanato, não podia deixa-la ali ou entrega-la de volta a Vanda sem pelo menos cuidar do pé dela. Ao chegar na sala, esperei pela Vanda que não demorou muito.

Não vou falar nada até ter noção do que está acontecendo, será que aqui não tem proteção que me garantiram ter?

— Malik, querido! — Seu olhar transmitia raiva escondida atrás de um cinismo nojento.

— Olá, Madame. — Deposito-lhe um beijo em sua mão assim que ela a estende. — Como está?

— Ótima, um pequeno probleminha que logo será resolvido. — Ela parecia tensa ao pronunciar isso.

— Hum... — Respondo de forma seca, quero entender mais antes de dar detalhes — Séria esse problema uma jovem a menos?

— Como sabe? — A fúria e surpresa em seu rosto... Eu tinha acertado em cheio.

— Minhas fontes, e então quero ver a jovem, onde está? — Perguntei, mudando o assunto, ainda não iria dizer que estava com a sua garota.

— Sendo procurada pelos incompetentes que irei demitir assim que a acharem. — Ela estava tão frustrada.

— Então justamente a minha foge? — Ergo uma sobrancelha e ainda perplexo pela coincidência— Pensei que a segurança aqui force melhor?

— É tanto que essa é a primeira que consegui fugir, você já olhou esses muros, não tem um que consiga salta-lo e saia ileso. Não entendo como a Laura conseguiu. — É, ela não saiu, seu pé parecia bem inchado quando a encontrei, deu sorte por não ter quebrado os dois.

— Devo espera? — Eu consigo ser muito cínico e falso as vezes...

— Acho melhor voltar outro dia, ela vai ter que aprender uma lição antes de ir para você, caso ainda a queira, claro...

— Então, até logo, madame. — Eu tenho que saber o que fazer com essa garota, aparentemente ela é um problema...

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