Taylon: Uma paixão avassaladora. (Aliens volume 2) Revisão ortográfica e gramatical: Maggie Araújo Sinopse Taylon, membro do alto escalão do exército do planeta Mercuriyon. Ele recebeu a missão de eliminar do sistema solar, o planeta Terra. Seus superiores, consideraram a raça humana, seres autodestrutivos, tornando, assim, o planeta improdutivo. No momento de cumprir a missão, algo totalmente inesperado, acontece. Uma garotinha corre em direção e o abraça… Liana Menezes, a garotinha que sem saber, salvou a humanidade com uma atitude simples, cresceu, tornou-se uma mulher meiga e delicada. Em seu aniversário de 18 anos, ela se encontra novamente com o seu grande herói e um sentimento novo aflora. Ele prometera voltar, e ela o aguardou. O tempo passou... Ele não voltou... Entre espera, armadilhas e desencontros, ela resolveu seguir em frente, cursando medicina conheceu um homem, Gustavo. Ficaram noivos e casaram-se, sem nunca esquecer o seu guerreiro. Mas não eram felizes... Após quatro meses de casados as agressões começaram. Na última sofrida por ela, quase morreu. Mas foi salva por seu guerreiro Mercuriyano. Taylon teve que fazer uma escolha: salvar a sua garotinha, que se tornou uma bela mulher e lhe despertara sentimentos avassaladores, mesmo estando entre a vida e morte, ou buscar vingança contra aquele deveria protegê-la e amá-la. Inicia-se uma grande e profunda luta de sentimentos, amor e vida.
Prólogo
Amazonas, Brasil – 2000.
Quando Taylon recebe de seus superiores a
missão de destruir a Terra, aceita sem questionar, pois o planeta deixou de ser
produtivo como deveria.
Durante a viagem, no entanto, Taylon não pode
imaginar que encontrará uma cena tão intrigante ao aterrissar em seu destino: uma
linda garotinha correndo em um gramado na companhia de seu cachorrinho. O
sorriso da garota o deixa com um sentimento estranho. Ele não sabe definir o
que é, pois nunca o sentiu antes.
Conhecido em seu planeta como um guerreiro
sério e prático, Taylon se vê dividido entre seu dever como comandante e o
sentimento despertado pela garotinha, e isso o faz refletir.
— Senhor, podemos disparar o raio nuclear?
— pergunta um soldado, interrompendo seus pensamentos. — Em minutos, não
restará um ser vivo na Terra.
A garotinha avista Taylon de longe, seus
olhinhos brilham. Então, ela corre até ele.
— Olá, sou Liana Menezes. Você é um
super-herói? Veio me salvar?
Taylon franze a testa, a garota está o
confundindo com alguém.
— Garota, eu sou...
— Ah, eu sabia! É meu herói! — Ela o
abraça pela cintura. Taylon arregala os olhos, não sabe que atitude tomar,
parece até espantado. — Meu herói para sempre?
Algo no fundo do coração de Taylon
amolece, a garotinha de lindo sorriso, voz de anjo e um belo rostinho o está
conquistando. Ela olha para cima, e Taylon lhe devolve o sorriso, segura seu
queixo e responde:
— Seu herói para sempre! — Taylon não acredita
que está dizendo isso para a garota. Sente que ela fez em segundos o que
ninguém conseguiu em milhares de anos: aquebrantar seu coração de pedra. —
Liana, muito prazer, eu sou Taylon.
Ele se ajoelha para a olhar nos olhos. A
garota se joga em seus braços e o abraça pelo pescoço. Taylon é pego de
surpresa, mas retribui o abraço, meio desajeitado, pois não é um homem
carinhoso. Ou não era, até então.
— Senhor, o que está fazendo? Essa garota
morrerá com os demais — adverte o soldado.
Liana fica preocupada com o que escuta.
— Por favor, não deixe que ele me machuque
— pede, temerosa.
O instinto protetor de Taylon é acionado e
ele se levanta, dando ordens:
— Descansar! Voltem para a espaçonave,
partiremos em breve.
— Mas, senhor...?
— Está desobedecendo ao seu superior,
soldado?
— É claro que não, senhor. Mas essa raça é
improdutiva. O planeta está uma calamidade, são desunidos, não servem nem para
procriar...
— Eu já disse! Voltem para a espaçonave!
Sem que percebam, um adolescente aparece e
começa a filmar a discussão dos alienígenas. Repórteres que faziam uma gravação
próximo ao local também filmam e pedem para entrar ao vivo.
— Sinto muito, senhor, mas isso não será
possível. Precisamos destruir este planeta — rebate o soldado.
Taylon balança a cabeça em negativa.
Então, abaixa-se e pede para a garotinha correr e se esconder atrás de uma
árvore. Seus pais a olham de longe, estão com muito medo. As pessoas deixam a
imensa área de lazer do hotel fazenda. Liana corre até os pais e todos se
escondem atrás de árvores.
— O que você dizia, soldado? — pergunta
Taylon, sentindo o corpo se incendiar por dentro e por fora.
Os corpos dos Mercuriyanos têm essa
característica, ficam em brasa no calor da emoção.
Com o corpo em chamas, Taylon dá a ordem
pela última vez:
— Voltem para a nave!
***
A milhares de quilômetros dali, em
Manhattan, Ashtar liga a tevê de seu escritório e vai passando os canais até
encontrar algo que prenda sua atenção.
E encontra. Alienígenas, como ele. Mas não
de seu planeta. Pelo tom de pele, só podem ser Mercuriyanos.
— Porcaria! — pragueja e sai voando pela
janela.
Os soldados permanecem no mesmo lugar.
Taylon não gostaria de usar força bruta, mas não terá outro jeito, seus
soldados estão contra ele.
— Podem vir! Acabarei com todos, se necessário!
— grita.
Sua atitude desencadeia a ira dos
soldados, que correm até ele.
Taylon libera seu laser mortal nos
primeiros, que queimam como o fogo do inferno. Com sua super velocidade,
alcança os próximos e os dilacera com socos e chutes. Em seguida, seu laser é
liberado em vários outros soldados.
Mesmo cansado, Taylon luta. Vários de seus
homens estão mortos no chão.
— Mais alguém? — indaga, arfante.
Os que restam, recuam, e Taylon volta à
sua cor normal.
Nesse momento, Ashtar encosta os pés no
chão e segue andando até o comandante.
— Quem é você? Não é humano — aponta
Taylon, pronto para a briga.
— Sou Ashtar, um ex-combatente
Pluptoriano. O que fazem na Terra?
— Viemos destruir este planeta.
— Por quê? Se é que eu posso saber...
— Tornou-se improdutivo, nem as fêmeas se
salvam.
Ashtar fica abismado com o que ouve. Como
é possível saírem de seu sistema solar para destruir outro planeta?
— E o que queriam com este planeta?
— Energia. O nosso planeta está com pouca
reserva, mas aqui está pior.
— Eu não acredito que pretendem acabar com
uma raça inteira por não ser mais produtiva para vocês.
— Este planeta está sendo destruído pelos
humanos — explica Taylon, até então sem a intenção de lhe dizer que mudou de
ideia.
— Nós, Pluptorianos, estamos desenvolvendo
meios para resolver isso. Não somos muito bem-vistos aqui, mas a poluição e a
fome neste planeta nos chamaram atenção. Será um trabalho árduo e demorado, mas
a Terra será um planeta 100% produtivo. Eu, Ashtar, garanto!
— É mesmo? Bom, se for assim, está bem.
Começarei a frequentar este planeta, e quero ver mudanças em breve. — Taylon olha
para seus soldados e ordena: — Abortar missão! Voltem para a espaçonave!
Calados, todos obedecem.
— E esses corpos? — Ashtar pergunta.
— Rebeldes! Será feita uma limpeza. —
Antes de Taylon terminar de falar, recrutas pegam os corpos e os levam para a
nave. — Eu te vejo por aí, Ashtar.
Ashtar vê todos partirem. A garotinha
acompanha Taylon com os olhos. Sentindo seu olhar, ele se vira e pisca para ela,
que sorri para os pais, feliz.