Baixar App hot
Início / Jovem Adulto / A Vingança que Você Procura
A Vingança que Você Procura

A Vingança que Você Procura

5.0
21 Capítulo
1.9K Leituras
Ler agora

Sinopse

Índice

Eles são os reis da Universidade , herdeiros das famílias mais poderosas, corruptas e implacáveis ​​e cada um deles é incrivelmente lindo, rico e talentoso. Mas ninguém é tão perfeito. Todos eles escondem segredos obscuros e perigosos. E vou expô-los. A Elite da fraternidade mais privilegiada do campus distorceu meu mundo, mas eles são meus agora. Minha vingança. Minha única saída do inferno. E a melhor vingança leva tempo.  Vou riscar cada um deles da minha lista até não sobrar mais nada Um por um, eles vão cair.  Estou disposta a fazer o que for preciso para ver isso acontecer. Até fingir me apaixonar por um deles.

Capítulo 1 O Bacanal

EVAN.

SEIS MESES ATRÁS.

A noite do Bacanal sempre foi uma noite de excessos. Muito sexo, bebidas e muitas drogas.

É noite de iniciação para os membros seniores da fraternidade, consolidando-os como irmãos após a formatura. Eles desfrutarão dos benefícios da associação por toda a vida. É como um clube, só que mais restrito e privilegiado do que qualquer outro.

Mas sejamos honestos: esta noite é apenas uma desculpa para dar a maior festa do ano. E no ano que vem, será a minha vez. Estou tão perto de terminar com toda essa merda que posso praticamente sentir o gosto.

Garotas seminuas gritam de medo e excitação, enquanto correm pelas árvores. Caras sem camisa com máscaras de caveira os perseguem na escuridão. Esta noite é sobre cumprir todos os nossos desejos mais sombrios. Os caras mandam, elas obedecem, simples assim. É o que todas elas querem. De líderes de torcidas as mais doces e reservadas. Todas elas querem alguma chance de estar com os caras da Phi Omega. É assim desde sempre.

Enquanto abro passagem pelas árvores do lugar, uma grande forma no chão chama minha atenção.

A forma de uma garota.

A princípio, acho que ela pode estar desmaiada. A menina está de bruços no chão. Tudo o que posso ver são cabelos loiros emaranhados cheios de folhas e pedaços de galho. Por um momento, tento me convencer de que é apenas uma brincadeira. Isso tem que ser uma boneca em tamanho real ou algum tipo de manequim realista disposto a assustar quem tiver a sorte de passar.

Eu ajoelho na grama e o orvalho frio penetra no tecido do meu jeans. Assim como os outros, eu não estou vestindo uma camisa. O vento frio soprando sobre meu peito nu me faz estremecer. Mas não tanto quanto meu próximo gesto.

Então eu a viro.

A garota ainda não se mexe e não dá qualquer sinal de que fará, e isso por uma fração de segundo, me assusta. Ouço um grito atrás de mim e assim que me viro, Annie Dupont sai correndo das sombras, seus saltos muito altos afundando na grama, então ela tropeça ao me alcançar.

— Oh meu Deus. O que aconteceu aqui?

Eu não desvio o olhar do rosto da garota no chão. — Não faço a menor ideia.

— Ela está morta? — Annie sussurra ofegante.

— Eu pareço um médico?

— Precisamos pedir ajuda.

Palavras que ouvi repetidas vezes sussurrar na minha cabeça.

O que acontece na fraternidade fica na fraternidade.

Se eu chamar a polícia, essa festa acabou. Pode não haver nenhuma outra nunca mais. A administração do campus faz vista grossa para nossas atividades na maioria das vezes, assim como a polícia local. A Alpha Phi Omega sempre teve rédea solta no campus. Mas isso vai mudar se as autoridades descobrirem que deixamos uma garota se machucar aqui.

As coisas já deram errado em nossas festas antes, é claro. Algumas coisas são inevitáveis quando tanto álcool e tensão sexual estão envolvidos. Na pior das hipóteses, alguma garota é deixada na porta da sala de emergência para que ela possa se livrar da quantidade excessiva de álcool e drogas em seu organismo. Nós somos responsáveis ​​pelo que acontece aqui, mas há uma longa história de adultos sensatos olhando para o outro lado quando os membros da Alpha Phi Omega se metem em problemas.

Mas isso?

Isso é algo diferente.

Essa garota vai além de qualquer merda que já aconteceu na fraternidade e a julgar pela sua aparência e falta de roupas, eu não quero pensar que algo pior tenha acontecido.

— Precisamos fazer alguma coisa — murmuro, embora não tenha ideia do que deveria ser. Estamos a pelo menos um quilômetro e meio na floresta que cerca o campus e vou precisar de ajuda para carregá-la.

— Vá encontrar Brady ou qualquer um dos caras. Agora.

Em vez de fazer o que eu disse, Annie coloca a mão no meu ombro, que eu resisto à vontade em me livrar. — Você está bem?

Não consigo parar uma gargalhada sombria, com a pergunta idiota da garota irritante, mesmo que nada disso seja engraçado. Annie olha para mim com os olhos arregalados e a reação dela não é uma surpresa. Ninguém vai se importar com a garota anônima esparramada aos meus pés. Todos sabem como funciona o Bacanal, a festa anual de iniciação da Phi Omega. Esta é uma noite onde vale tudo.

Mas não isso.

Quando olho para ela, Annie dá um passo involuntário para trás.

— Vai logo — eu rosno. — Você não vai gostar do que vai acontecer se eu tiver que te mandar de novo.

A expressão indiferente em seu rosto muda, os olhos se arregalando. Eu sei como eu pareço, especialmente esta noite.

Minha máscara cobre a maior parte do meu rosto. Chifres de carneiro retorcidos se projetam do topo de um rosto demoníaco e esquelético. Tudo o que é visível são meus olhos e os lábios que eu torço em uma carranca de raiva. Feita de porcelana pesada e pintada à mão com preto metálico, a máscara poderia ser uma obra de arte.

Flores de lótus e crânios.

O lótus representa nossa busca sem fim pelo prazer. Um crânio humano carrega um simbolismo óbvio, além de ser geralmente ameaçador.

Alpha Phi Omega é para a vida e a morte.

O broche da fraternidade, o crânio com uma flor de lótus esculpida sobre um olho, que usamos na gola das camisas, pode muito bem estar preso em nossa pele. Mesmo quando você não está usando, a marca que deixa nunca desaparece.

Eu me inclino sobre a garota novamente. Ela tem um rosto angelical bonito, mas não consigo identificá-la. Eu me aproximo ainda mais, enquanto tento verificar se ainda está respirando, o pulso em seu pescoço está fraco, mas está lá. Eu tenho que assistir por quase um minuto inteiro, mas eventualmente seu peito sobe com uma respiração superficial.

Ela está viva, pelo menos por enquanto.

Seu vestido, ou o que sobrou dele, está rasgado em pedaços, revelando um sutiã rosa estampado com flores. Sem tocá-la, tomei coragem para olhar além de suas coxas machucadas, e a calcinha parece estar faltando.

Eu gostaria de pensar que nenhum dos caras da Alpha Phi Omega poderia ser responsável por isso.

Mas de qualquer forma, esta é a nossa noite, então é claro que todo mundo vai pensar que foi um de nós.

O som de alguém atravessando as árvores me deixa tenso. Uma máscara de caveira aparece e mesmo que a coisa cubra completamente seu rosto, eu sei quem é.

— O que aconteceu aqui? — Brady pergunta, diminuindo a velocidade ao me ver.

— Temos um problema.— Eu saio do caminho para que ele possa ver a garota esparramada no chão na minha frente.

Brady dá mais alguns passos na clareira. Ele para de repente quando avista a garota. — Jesus Cristo. O que você fez?

— Não seja um idiota. Eu a encontrei assim.

— Quem é ela?

— Você vai precisar perguntar a quem fez isso com ela.

— Talvez ninguém tenha feito — Ele se ajoelha ao seu lado e desdenha. — Tá na cara que essa garota deve ter enchido a cara e fumado todas. — Ele ri e me encara, parando assim que olha minha carranca séria. — Relaxa, talvez ela só esteja desmaiada.

— Não. O pulso está fraco.

Essa é a maior festa do ano. Todo o nosso corpo estudantil provavelmente está aqui, bêbado e se divertindo como nunca.

O que gera dezenas de suspeitos em potencial, incluindo os outros caras da Phi Omega.

A fraternidade é composta por alguns dos filhos mais privilegiados da costa leste. A maioria dos nossos pais eram membros enquanto estiveram aqui e até hoje ainda são. A associação à fraternidade é vitalícia, incluindo todos os benefícios e responsabilidades. Mesmo depois de formados, honramos a promessa que assumimos de proteger uns aos outros.

O autocontrole não é um atributo que tende a florescer aqui. Tudo sobre isso me deixa doente, já que é óbvio que existe sinais de agressão sexual. Suas roupas estão rasgadas, seus braços e coxas estão machucados e ela está sem calcinha.

Inferno! Que maldito filho da puta doente faria isso?

— Preciso da sua ajuda para carregá-la.

— E deixar minhas impressões digitais sobre todo seu corpo? De jeito nenhum!— Brady olha enojado para a forma imóvel da garota, seu desgosto óbvio. — Não vou chegar nem perto dessa bagunça.

Eu bufo e aperto meus dentes. — Tudo bem, vou chamar uma ambulância, então.

Quando pego meu telefone para fazer a ligação, ele o tira da minha mão. — Que diabos está fazendo, cara?

Ele me olha como se eu fosse uma idiota. — Você realmente quer a polícia e os paramédicos fervilhando aqui?

Sempre houve rumores na cidade local sobre o que fazemos aqui durante a festa de iniciação. Pessoas correndo nuas pelas árvores. Ritos e rituais emprestados de religiões pagãs.

Orgias consentidas.

Ou não?

A maioria dos rumores são exagerados, mas nem todos. Então a última coisa que queremos aqui são homens com distintivos ou moradores curiosos apontando suas câmeras de celular

Pego o telefone puxando com violência da sua mão. — Você está dizendo que devemos deixá-la aqui para morrer?

Brady dá de ombros. — Podemos deixá-la na porta do pronto-socorro de manhã. É o que sempre fazemos quando as coisas saem do controle.

— A garota mal está respirando. Ela pode estar morta pela manhã.

Os lábios de Brady se curvam e ele fica sério novamente. — Você está exagerando.

— Estou exagerando? — repito incrédulo. — Sobre a garota inconsciente, com as roupas rasgadas e que mal está respirando?

— Quer saber, chame a polícia.— Ele ergue as mãos em rendição e uma expressão zombeteira. — Se você quer ser o responsável por um de nós ser levado para a cadeia, então eu acho que isso é com você. E quando a universidade ameaçar fechar a Phi Omega, a menos que denunciemos um de nossos irmãos, vá em frente e jogue duzentos anos de tradição pelo ralo.

Brady é um idiota, mas todos os outros caras provavelmente diriam a mesma coisa. A maioria de nossos pais eram Phi Omega's, assim como seus pais antes deles. Isso costumava ser um pré-requisito para a adesão, mas as regras foram afrouxadas na última geração. Lealdade à fraternidade foi incutida em nós dois desde antes de pisarmos no campus.

Nada deveria ser mais importante do que isso.

Nem mesmo a vida de uma garota.

A voz do meu pai ecoa pelo meu crânio, fazendo minha cabeça doer.

Alpha Phi Omega significa irmandade sobre o sangue.

Alpha Phi Omega significa nunca ter que se desculpar.

Alpha Phi Omega é para toda vida.

O homem se casou três vezes nos últimos dez anos e não falou mais com minha mãe, exceto por meio de advogados. Mas ele nunca perdeu uma noite no clube com seus irmãos da fraternidade, mesmo que tenha passado mais de um quarto de século desde que eles se formaram.

Alpha Phi Omega é para toda vida.

Eu posso sentir seu olhar perfurando minhas costas, mesmo que ele esteja a 800 quilômetros de distância.

— Não podemos deixá-la aqui.

— A garota ainda está respirando. Ela provavelmente vai acordar em algumas horas com uma ressaca terrível.— A voz de Brady é fria, mas seu olhar permanece no rosto dela por um breve momento antes de se virar. — Estou saindo, e sugiro que você faça o mesmo.

Ele se levanta e limpa as calças, parecendo mais irritado com a sujeira em seus joelhos do que qualquer outra coisa. Enfiando as mãos nos bolsos, ele se afasta, desaparecendo na escuridão.

Eu olho para o rosto da garota, mas meus olhos são arrastados para sua pele em torno das roupas rasgadas. Há arranhões e alguns hematomas escuros em seus braços, e sua perna está dobrada.

Alguém a jogou aqui. A descartou como se não fosse nada. É como se alguém quisesse que ela morresse aqui. Mas porque? Poderia ser uma transa consentida que saiu do controle? Ou algum animal a feriu de propósito e tentou matá-la?

A tela do meu telefone se acende e eu a encaro por um breve momento. Eu sei que se fizer essa chamada, não haverá como voltar atrás. Ligar para a emergência do meu telefone pessoal, pode implicar em muita dor de cabeça depois. Se eu fizer essa ligação, eventualmente ela voltará para mim.

Eu olho para o meu telefone novamente e tomo minha decisão.

Alpha Phi Omega é para toda vida.

Continuar lendo
img Baixe o aplicativo para ver mais comentários.
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY