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Contos da Kim

Contos da Kim

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Um livro cheio de contos pra você que adora contos.... Repletos de aventura, ficção e muitas outras tags, voltados ao entretenimento dos leitores. Venha conhecer meu mundo e se aventurar nas constelações repletas emoções.

Capítulo 1 A Foice da Morte_A luta contra o Covid-19

Todos os nomes, organizações e incidentes presentes nessa obra são fictícios.....

°°°°°°°°°°

O mundo parou...

Países em quarentena....

Corpos sem destinos em covas pequenas...

O mundo parou...

O povo morrendo aos milhões...

E não por canhões...

O mundo parou...

E não se estabilizou...

O mundo parou...

Por uma doença...

Que massacra a mente e dá, a sentença.

E nesse momento não há diferença.

Somos todos iguais.

O mundo parou...

Por uma doença...

Coronavírus é a foice da morte que agarra sua sorte e decide se vais viver ou vais morrer...

A vida de milhões está nas mãos deles, os responsáveis pela vida do povo que luta diariamente nos leitos dos hospitais.

Os médicos...

Largaram sua vida, para doa-la à quem precisa. As noites em claro e o sinal da fadiga presente nos olhos preocupados, com os pacientes e com a família que foi deixada.

Eu me chamo Siena Carther uma Neurocirurgiã, formada a 3 anos. Trabalho no Hospital Health for all, onde atuo em linha de frende contra uma doença que se alastrou pelo mundo e matou milhões, chamamos de Coronavírus mais ele também tem outros nomes, isolamento social, quarentena, pandemia, surto, nomes dados ao que vivemos agora, e a nossa realidade nunca mais será a mesma.

Como é está 24 horas dentro de um hospital lidando com o desespero de pessoas que entram aqui mais não tem a certeza se sairão? É cansativo, 'stressante', preocupante, fadiga total, mais o olhar do paciente em busca de esperança é o que te destrói mais. Eles buscam em nós médicos, esperança de que o caso possa ser revertido e tudo isso não passe de lembranças, e nós tentamos repassar isso a eles, mais fica cada vez mais difícil demostrar isso quando de dez pacientes que dão entrada no hospital apenas um sobrevive.

A luta é árdua mais o que nos move é a esperança de que um dia tudo acabe, para podermos voltar para nossas famílias.

- Dra. Siena o paciente da ala leste precisa ser avaliado _ Arthus o residente que sempre me acompanha me entrega a fixa do paciente.

- Como foi a noite dele Arthus?

- Nada bem Doutora, tosses frequentes, a febre só aumentou e creio que teremos que entubá-lo, ele não está nada bem_ o rapaz me olha preocupado.

Não posso perder mais um paciente, já foram tantos que perdi a conta. A cada morte uma pontada na alma, o que faremos com essa situação que só vem se agravando?

- Vamos logo.

Partimos para ala leste, onde ficavam os pacientes com os casos menos agravante.

O paciente era o Sr. Connor, tinha 57 anos e estava internado havia uma semana, o estado dele até agora estava estável, mais pelo visto piorou.

Ao chegar ao quarto, 177° dou uma olhada pelo vidro e o vejo dormindo, e por um segundo lembro dos meus pais, como foi para eles ficar sem a única filha, lembro que meu pai disse antes de eu praticamente me mudar para o hospital. "Sei que salvara vidas e será a minha pequena heroína, mais tenha cuidado com sua propriá vida, nunca saberemos de onde vem o tiro se focarmos muito em um determinado lugar, salve vidas mais cuide da sua também, seu velho pai não suportará perde-la", um mês depois ele contraiu o vírus, a última vez que o vi, disse-lhe que tudo ficaria bem, e na madrugada desse mesmo dia, seu espirito deixou seu corpo, ele nos deixou, as marcas desse dia ainda sangram em meu coração, mais quem sou eu para sofrer o luto se à tantos outros precisando de mim?

Arthus ao meu lado, põe uma das mãos em meu ombro esquerdo, dou umas piscadinhas para espantar as lágrimas que teimavam em descer e manchar o rosto marcado pelas marcas do acessório usando pelo mundo todo. A máscara.

- Vamos entrar._ no quarto além do Sr. Connor haviam outros 11 pacientes, apertados em macas, pois assim estava todo o hospital, lotado_ Dei uma olhada nos batimentos dos outros pacientes por favor_ ele assentiu e começou a verificação.

Cheguei próximo à cama e o Sr. Connor abriu os olhos como se sentisse minha presença. Ele sorriu fraco e tentou se ajeitar na maca pequena demais para ele, já que o senhor em questão tinha um poste meio atlético.

- Como se sente hoje Sr. Connor?

- Quantas vezes terei...cof...cof... Que dizer a você que deve me chamar apenas de Claus? _ diz ele entre tossidas

- Certo Claus_ digo para não contrariar_ Como se sente hoje?

- Pior que ontem, é possível...cof...cof

- O senhor não precisa se prolongar muito nas falas, tudo bem? Vejo que suas tosses aumentaram e a falta de ar também_ toco-lhe a testa com as mãos eluvadas_ a febre parece que não cedeu vamos ter que medir.

Após medir a febre, faço toda a medicação necessária. Artuhs me entrega o prontuário, um dos pacientes tera que ser entubado, Artuhs se retira da sala para organizar os procedimentos com outros médicos dou uma olhada na moça deitada sobre a cama desacordada.

Tão jovem_ pensei

Ela deve ter no máximo uns 30 anos, a equipe médica chega e faz todo o processo eu ajudo como posso e logo depois ela é levada da sala para a ala oeste onde ficam os leitos de entubação. Volto minha atenção ao Sr. Connor.

- A mocinha vai ficar bem?_ ele me pergunta, e meu desejo mais profundo é de que ela ficasse bem sim! Mais eu não tinha essa certeza, ele me olhava nos olhos, eu sabia que não adiantava mentir.

- Rezo para isso acontecer, vou deixar o senhor e seu amigo soro_ ele rir_ e logo depois do almoço volto para ver o senhor, tudo bem?

- Sim, senhora_ ele tenta levantar a mão mais eu o impeço.

- Calminha ai_ sorrio

- Não aguento...cof...cof... Mais essa cama...cof...cof...cof....

- Por favor Claus o que eu disse de só falar o necessário, sei que é difícil mais preciso que fique quietinho, logo logo o senhor vai está bem e poderá sair, agora tenho que ir_ não consegui dizer isso olhando nos olhos dele.

Sai da sala as pressas, ter que falar aos pacientes que vai ficar tudo bem é a pior parte, pois não sabíamos o certo, e a maioria partia nos deixando com um sentimento horrível de culpa. Todos nós médicos sabíamos que não estava nada bem e que poucos sairiam desse inferno.

Mais tarde eu tirei 20 minutos para comer algo, pois estava desde a noite passada sem comer, entrei na minha sala, passei álcool nas mãos, tirei a capa, o óculos e o jaleco, entrei no pequeno banheiro anexo a minha sala e olhei no espelho, tirei o símbolo de proteção contra o Covid 19 e vi no meu rosto as marcas das horas que passei usando esse símbolo, o rosto ferido e nos olhos a fadiga expressa de noites sem dormir, lavei o rosto e as mãos, voltei a sala e tentei comer algo enquanto ligava para meu bem mais precioso, faziam exatamente 3 dias que não à via.

- Mamãe..... _ ela grita assim que Jhon meu marido atende o celular.

- Oi meu amor_ meus olhos enchem de lágrimas.

Ter que abdicar da minha propriá família está sendo muito difícil mais sei que em breve estarei com eles, rogo com todas as forças para que sim.

- Mamãe quando a senhola vem pa casa_ a vozinha dela soa através do celular, e sinto falta disso, dela me chamando de mamãe a todo momento.

- Logo logo minha flor_ sorrio_ Querido como você está?

- O papai ta bem, ele disse que ta com muita saudade da senhola_ rimos Jhon e eu

- Estou bem, e você como tem passado? Consegue vir para casa hoje?_ ele me pergunta preocupado

- Eu estou bem, um pouco cansada mais bem_ tento sorrir para não preocupa-lo

- Quando virá para casa? Eu e a Sophi estamos com saudade da mamãe.

- Papai a mamãe não é sua mãe é minha_ rimos novamente

Ela é a minha alegria e força para continuar estável diante de tantas mortes, amigos e familiares que se vão à merce dessa doença.

- Como mamãe está? _ pergunto

- Stiver está com ela, seu irmão ligou ontem dizendo que ela passou a noite bem e que está se alimentando direitinho.

- Eu tenho que ir agora, já estou no meu horário, vou tentar ir para casa amanhã.

- A senhola pomete mamãe?

- Sim, meu amor a mamãe promete_ e os olhos se enchem de lágrimas de novo

- Fica bem, amo você_ ele me diz.

- Também te amo mamãe.

- Amos vocês.

E eles se vão, a ligação se encerra e me permito chorar, até quando viveremos nessa situação? Até quando famílias serão destruídas por essa doença? Até quando o mundo sofrera? retorno ao banheiro lavo meu rosto, agora não posso me dar ao luxo, além da minha, outras famílias estão em situações piores precisando de mim.

Assim que saio de minha sala, me direciono a ala leste, pois como dissera após o almoço iria ver como estava o Sr. Connor, mais antes de chegar lá vi uma correria, médicos entrando e saindo da sala 177°.

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