Faz um pouco mais de 12 horas que ficamos noivos e ela ainda não parou de torrar minha paciência por conta da festa de noivado.
- Dawid é o nosso noivado, você também precisa participar - Ela diz irritada e eu apenas dou de ombros.
Eu só fiz o pedido porque meu pai e minha mãe disseram que era o certo, mas não sinto o mesmo.
Agora, eu queria era estar com meus amigos e pegar garotas no baile de Esther.
- Isso é coisa de mulher, o que você decidir está bom para mim e caso queira alguma ajuda fale com minha mãe ou com uma de suas amigas e não me amole mais - Digo irritado virando meu copo de Whisky.
Olho o celular, e vejo a mensagem de Jason sobre uma loirinha bem gostosa que está querendo me dar uma despedida de solteiro.
- Dawid é o início do resto de nossas vidas, meu amor, você sabe o quanto eu esperei por esse momento? - Ela fala, mas nem dou atenção.
Abigail percebe meu interesse no celular, e sem que eu possa impedir, ela o toma de minha mão, lendo a mensagem, para em seguida o jogar na parede.
Pronto, o diabo se apossou do escritório de meu pai com gritos, Abbie sai lançando os livros e tudo que encontrava pela frente. Logo minha mãe se juntou a nós por conta do escândalo que minha maldita noiva fez.
Decidi ignorar as duas, e pegando meu celular no chão, mandei uma mensagem a Jason de que já estava a caminho e saí de casa sem ligar para o que elas estavam falando.
Ao chegar na festa logo recebi um copo de bebida e a tal menina se pendurou em meu pescoço, mas eu não quero apenas uma essa noite. Já que em breve eu estarei casado, decido beijar e comer quantas eu puder até esse fatídico dia acontecer. Durante todo o tempo, meus amigos tiraram sarro de minha cara por conta do noivado.
Em determinado momento eu estava rindo de algo que Henry falou quando a vi entrar na companhia de suas amigas, Rebecca Mitchell, a garota que me tirava o sono nos últimos meses. Becky tem a idade de minha irmã, Esther, e sei que vive suspirando por mim pelos cantos, mas nunca a vi dessa forma. Ela era uma garotinha até um pouco desengonçada, a qual eu por vezes perturbava chamando de lagartinha.
Porém isso mudou depois de um churrasco em minha casa uns meses atrás. Ela estava com a porra de um micro biquini que não escondia quase nada e o que ficou escondido, dava asas a muita imaginação.
Hoje ela não está diferente, vestida naquele maldito vestido que deixa seus seios empinados e desejosos. E todo maldito macho adulto ou adolescente está babando nela.
A vi dançando, bebendo do ponche batizado e se divertindo a noite toda com seus amigos. Mesmo de longe eu a monitorava, depois de um tempo ela se sentou sozinha em uma mesa enquanto seus amigos sumiram para suas noitadas em casais.
Nesse momento eu já estava bem bêbado e não sabia mais nem quem era a mulher nos meus braços.
- Vamos Dawid... Tenho um quarto nos esperando no hotel aqui perto e prometo te dar sua melhor noite de sexo - A garota fala ao meu ouvido.
Vejo Becky se levantar e me olhar triste, que mais parecia uma despedida e logo em seguida se virar indo embora. Acho que pelo que ela viu hoje, desistiu de sua paixonite por mim.
Tanto faz... Becky é novinha demais. E garotas assim tendem a ser ainda mais grudenta que minha noiva.
- Vamos lá que hoje vou te foder tanto que amanhã nem vai conseguir se levantar - Digo a tal mulher que nem sei o nome.
Ela basicamente me carrega para fora em direção ao carro, então me coloca no banco do passageiro e tira as chaves de minha mão, melhor assim, hoje ela pode me levar para onde quiser.
Ao ver que estou sendo levado para minha casa digo a tal mulher que não me leve para lá, pois é o último lugar em que quero estar agora.
O que deu nessa mulher? A ideia não era essa. Ainda bem que ela atende meu pedido, mas em vez de um hotel, sou levado a uma campina.
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O sol forte bate em meu corpo e sinto arder. Quem foi que deixou a porra das cortinas abertas? Abro meus olhos com dificuldades e me dou conta que ainda estou na campina, e minhas lembranças são vagas e distorcidas.
Olho em volta e estou sozinho, sem nenhuma pista de quem era aquela mulher com quem passei a melhor noite de amor de minha vida, pois sei que não fiz apenas sexo com ela e sim amor.
O que me faz acreditar que não foi um sonho é uma maldita calcinha rasgada que está junto com minha cueca, e ainda contém a fragrância de seu cheiro, uma mistura de essências bem excêntricas que não consigo distinguir e tenho certeza nunca ter sentido antes dessa noite.
Porém o mais chocante, é o sangue, deixando claro que a mulher era virgem até a noite passada.