A dor fantasma no meu útero me acordou, trazendo à tona o horror de um passado que parecia ter me abandonado. Minha barriga estava lisa, vazia, mas a imagem do meu filho, azul e sem vida, e o cheiro de sangue inundando o quarto ressurgiram com força devastadora. Ali, no limiar da minha morte, estava Clara, minha amada irmã adotiva, com um sorriso vitorioso e palavras que ecoavam: "Como posso deixar uma bastarda me dominar? A culpa é dela e daquele bastardo por estarem no meu caminho!" Eu havia sido traída, humilhada e vista perecer pelas mãos das pessoas em quem mais confiava: Clara e Lucas, o Quarto Príncipe, meu marido. Mas, de repente, abri os olhos. O sol da manhã entrava pela janela do meu quarto na mansão, e uma criada sorridente anunciou: "Senhora, está grávida." As mesmas palavras que marcaram o início do meu fim, agora o começo da minha segunda chance. Eu renasci. Desta vez, não haveria ingenuidade, apenas uma frieza calculista. O jogo tinha recomeçado e, agora, eu controlaria cada movimento.
