Baixar App hot
Início / Contos / Um Dia, Duas Perdas
Um Dia, Duas Perdas

Um Dia, Duas Perdas

5.0
11 Capítulo
12 Leituras
Ler agora

Aqui estava eu, Clara, grávida de oito meses, no corredor frio de um hospital, a enfrentar a decisão mais terrível da minha vida. Minha mãe, Sofia, jazia inconsciente após um acidente de carro, a precisar desesperadamente de uma transfusão de sangue. Ao lado, pálida, estava a minha cunhada Laura, com apenas alguns arranhões. A enfermeira informou que só havia uma bolsa de sangue compatível. Meu marido, Pedro, o pai do meu filho ainda por nascer, virou-se para mim e para o médico. "Se só há uma bolsa, que seja para a Laura. A Laura só me tem a mim." Fiquei sem palavras. Ele me abandonou ali, à beira da vida ou da morte da minha mãe. Minha sogra então chegou, cuspindo veneno. "A culpa é tua! A tua mãe já viveu o suficiente! O sangue é para a Laura!" Ninguém me defendeu. Pedro permaneceu em silêncio, o seu silêncio uma concordância gélida. De repente, uma dor lancinante tomou conta de mim. O stresse, a humilhação, a traição do homem que amava... "O bebé... acho que algo está errado", sussurrei. Pedro, em vez de me ajudar, acusou-me de drama e voltou-se para a irmã, deixando-me ali, sozinha, a gritar por uma maca. Naquele dia, perdi tudo. Meu filho, Tiago, nasceu prematuro e não resistiu. Minha mãe morreu por não ter recebido o sangue de que precisava. Meu marido escolheu. E não fui eu. Nem o nosso filho. Eu não era família. Eu era uma estranha. A dor, a fúria e o vazio eram avassaladores. Como puderam fazer isso? Como pude ter sido tão cega? Eu sabia que não merecia aquilo. O divórcio era a única saída. Mas esta história estava longe de acabar. Eu iria desenterrar a terrível verdade por trás daquele acidente e da manipulação que destruiu a minha vida. E depois, eu construiria a minha própria vingança.

Índice

Introdução

Aqui estava eu, Clara, grávida de oito meses, no corredor frio de um hospital, a enfrentar a decisão mais terrível da minha vida.

Minha mãe, Sofia, jazia inconsciente após um acidente de carro, a precisar desesperadamente de uma transfusão de sangue.

Ao lado, pálida, estava a minha cunhada Laura, com apenas alguns arranhões.

A enfermeira informou que só havia uma bolsa de sangue compatível.

Meu marido, Pedro, o pai do meu filho ainda por nascer, virou-se para mim e para o médico.

"Se só há uma bolsa, que seja para a Laura. A Laura só me tem a mim."

Fiquei sem palavras. Ele me abandonou ali, à beira da vida ou da morte da minha mãe.

Minha sogra então chegou, cuspindo veneno.

"A culpa é tua! A tua mãe já viveu o suficiente! O sangue é para a Laura!"

Ninguém me defendeu. Pedro permaneceu em silêncio, o seu silêncio uma concordância gélida.

De repente, uma dor lancinante tomou conta de mim.

O stresse, a humilhação, a traição do homem que amava...

"O bebé... acho que algo está errado", sussurrei.

Pedro, em vez de me ajudar, acusou-me de drama e voltou-se para a irmã, deixando-me ali, sozinha, a gritar por uma maca.

Naquele dia, perdi tudo. Meu filho, Tiago, nasceu prematuro e não resistiu.

Minha mãe morreu por não ter recebido o sangue de que precisava.

Meu marido escolheu. E não fui eu. Nem o nosso filho.

Eu não era família. Eu era uma estranha.

A dor, a fúria e o vazio eram avassaladores.

Como puderam fazer isso? Como pude ter sido tão cega?

Eu sabia que não merecia aquilo. O divórcio era a única saída.

Mas esta história estava longe de acabar.

Eu iria desenterrar a terrível verdade por trás daquele acidente e da manipulação que destruiu a minha vida.

E depois, eu construiria a minha própria vingança.

Continuar lendo
img Baixe o aplicativo para ver mais comentários.
Mais Novo: Capítulo 10   06-27 14:07
img
img
Introdução
27/06/2025
Capítulo 1
27/06/2025
Capítulo 2
27/06/2025
Capítulo 3
27/06/2025
Capítulo 4
27/06/2025
Capítulo 5
27/06/2025
Capítulo 6
27/06/2025
Capítulo 7
27/06/2025
Capítulo 8
27/06/2025
Capítulo 9
27/06/2025
Capítulo 10
27/06/2025
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY