Eu estava grávida de oito meses. A vida com Marcos parecia perfeita, mas um som de metal a rasgar mudou tudo. A dor rasgou-me, enquanto o meu marido, Marcos, ignorou o meu sangramento. Os seus olhos fixaram-se em Lúcia, a sua "amiga", sem olhar para mim. Ele a socorreu primeiro, um arranhão versus a minha agonia. No hospital, perdemos o nosso bebé. Marcos e Lúcia, com o pai dela ao lado, acusaram-me, chamaram-me "histérica". Ele culpou-me pela perda, pela tragédia que eu não causei. Senti o vazio, mas também uma nova liberdade. Como era possível tanta frieza? Priorizar um arranhão sobre a vida do próprio filho? A raiva gelou-me a alma ao descobrir que ele dava secretamente fortunas à Lúcia. O verdadeiro golpe? Mensagens antigas revelaram: eu era "temporária" e o bebé uma "complicação" para o seu "amor de alma gémea". A dor virou gelo puro. Eu não seria mais a vítima. Era hora de reescrever a minha história e fazê-los pagar cada traição.