A água subia rapidamente, batendo ao meio da porta do carro. Grávida de oito meses, estava presa, sozinha, e em pânico. Liguei ao meu marido, Marco, desesperada. A sua voz? Irritada. "Sofia? O que se passa? Estou a meio de uma coisa!" Ele estava a ajudar a "amiga" Clara, ouvi a risada dela. A desculpa? Uma infiltração no teto. Ele desligou-me na cara. A água gelada invadiu o carro, sem rede para os bombeiros. Uma dor lancinante. Sangue. Perdi o nosso filho sozinha, encharcada, abandonada. No hospital, vazia, Marco e a mãe culparam-me, acusaram-me de louca. "Não tens juízo nenhum?" Ele escolheu uma goteira em vez de mim e do nosso filho. Como pôde o homem que me jurou amor eterno abandonar-me assim? Deixar-me à beira da morte por uma... infiltração? A raiva gelou o meu luto. "Quero o divórcio!" Ele e a mãe recusaram, chamaram-me "instável". Mas a verdade era muito mais cruel. Não só negligência. Ele desviara o nosso dinheiro para Clara há anos. Uma fraude fria, durante o nosso casamento. Eles queriam destruir-me. Mas eu tinha a prova. E uma gravação chocante de todo o seu abandono. Agora, eles iriam pagar.