O nome de Ricardo brilhava no meu telemóvel, o anel de noivado cintilava no meu dedo. Pensava que era o conto de fadas, o culminar de oito anos de amor e sonhos partilhados. Mas, horas depois, a realidade desmoronou-se. No telemóvel dele, encontrei mensagens e fotos. Ricardo, o homem que me pediu em casamento, planeava um futuro com a minha assistente, Bia Silva. Ele continuou a encenar a farsa do noivo perfeito, a falar sobre o nosso casamento dos sonhos, enquanto eu descobria os presentes duplicados e as mentiras. Naquela festa de gala, ele defendeu Bia publicamente, acusando-me de crueldade. Mais tarde, ele me abandonou vestida de noiva na sala, correndo para Bia por uma farsa de emergência, enquanto ela publicava provocações humilhantes nas redes sociais. A cada mentira, a cada humilhação, uma raiva gélida tomava conta de mim. Ele chamou-me de "mimada", quando eu sacrificara tudo por ele. Como pude ser tão cega? Eu não era a menina ingénua de antes; a traição tornou-me fria e determinada. A dor virou um plano. O meu conto de fadas acabara, mas o pesadelo dele estava apenas a começar. Eu ia dar-lhe o futuro que ele tanto queria com Bia. Mas seria nos meus termos. Peguei no telemóvel, respirei fundo e liguei. "Leo," disse eu, "quero casar contigo." Esta era a minha vingança, e ninguém a impediria.