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Minha Linda Ex Esposa

Minha Linda Ex Esposa

5.0
1 Capítulo
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Sinopse

Índice

Brianna e William se uniram por um casamento arranjado, imposto pelo avô dele para proteger os interesses da família. Enquanto Brianna encara o compromisso com esperança e coragem, William permanece frio e distante - preso ao amor de infância que nunca conseguiu esquecer. Durante dois anos, o casal vive uma relação marcada por silêncios, mágoas e obrigações sociais. Mas quando o passado bate à porta, trazendo à tona segredos escondidos e alianças perigosas, tudo começa a desmoronar. A antiga paixão de William retorna, Brianna descobre verdades que mudam sua visão sobre tudo, e o casamento chega ao fim pelo contrato. Livre, Brianna decide reconstruir sua vida, determinada a não ser mais uma peça no jogo de ninguém. William, por sua vez, precisa enfrentar as consequências de suas escolhas e encarar o vazio que ficou. Mas será que tudo ficará às claras? E, depois de tantas cicatrizes, Brianna e William voltarão a ser um casal?

Capítulo 1 O fim, Início de uma nova história

Já se passaram dois anos desde o meu casamento com William.

Agora estou aqui, sentada no quarto que um dia foi meu, com os papéis do divórcio sobre a escrivaninha.

Finalmente, William terá o que tanto desejava: a liberdade.

Todos os documentos foram assinados. Assim como entrei nessa casa sem nada, também sairei sem nada.

Antes de partir, percorro cada cômodo - cada espaço que me abrigou nesses últimos dois anos.

Em cada canto, uma sensação diferente. É o gosto amargo da despedida.

Os funcionários evitam me encarar. Apenas seguem as ordens de William: manter-me confortável até o último dia.

Não posso negar, apesar do desprezo dele, fui bem tratada. E, de todos aqui, apenas uma pessoa me enxergou de verdade: Constantine, a governanta.

- Vamos tomar café, senhora Gonzales? - pergunta ela, com delicadeza.

Respiro fundo e solto um suspiro carregado.

- Constantine... Não precisa de formalidades. Você sabe disso.

Hoje é meu último dia como "senhora Gonzales".

- Fico muito triste com isso, Brianna. Sinto muito por você.

- Não sinta. Talvez seja a chance de recomeçar.

- Então vamos parar com as tristezas e tomar o café antes que esfrie.

- Você é quem manda...

Depois do café, subi para arrumar minhas malas. Amanhã deixarei a propriedade Gonzales.

A tarde arrasta-se devagar, e o frio me corrói. Não sei se é ansiedade... ou medo.

Enquanto caminho pela casa, passo minha mão devagar no corrimão da escada. Uma lágrima escapa.

Vou sentir falta das risadas com Constantine. Ela foi mais do que uma funcionária - foi mãe, irmã, amiga.

Cada passo meu é uma respiração profunda. Um misto de receio e esperança.

Minhas malas já estão prontas, o divórcio assinado.

Preferi não levar nada, nem mesmo um centavo de William. Ou melhor, do senhor Gonzales - já que ele não é mais meu marido.

Durante esses dois anos, ele mal esteve presente. Quando vinha, evitava-me.

Tínhamos quartos separados.

Na nossa noite de núpcias... ele não apareceu.

Não sinto raiva dele. Apenas aceitamos o que nos foi imposto.

Nosso casamento foi um acordo arquitetado pelo avô dele, o senhor Abner Gonzales.

Um homem bom... que foi como um pai para mim.

Ele me pediu, em seu leito de morte, que me casasse com William.

E eu aceitei. Por gratidão. Por lealdade.

Mas aquele arranjo impediu William de se casar com quem realmente amava: Isabelle Oliveira.

A moça de saúde frágil, mas com quem ele dividia o coração desde a juventude.

Sinto por mim, por William, e por ela.

Três pessoas presas a um destino que não escolheram.

A noite chegou.

Minha última noite nessa casa.

Pensei: "Já que é a última, vou me permitir."

Tomei um banho demorado, passei meu perfume favorito, vesti minha melhor camisola.

Fui até a sacada observar a lua - tão brilhante quanto minhas memórias - e me servi de uma taça de vinho... depois outra...

Na terceira, fui até a despensa pegar mais uma garrafa.

Ao retornar, fui surpreendida.

Na porta do quarto... William.

Seu olhar sombrio, seu corpo alto e elegante... meu coração acelerou.

Sem uma palavra, ele me puxou e me beijou como nunca antes.

Me guiou até o quarto.

Seus lábios tocavam minha pele como se estivessem se despedindo... ou se encontrando pela primeira vez.

E eu me permiti.

Naquela noite, fomos um do outro.

Pela primeira vez.

Com desejo, com entrega, com intensidade.

Ele me acariciava os cabelos, e por um instante, me senti amada.

Como uma gata mimada, acolhida em seus braços.

Então, ele beijou minha testa e murmurou:

- Isabelle... até que enfim podemos ter uma noite de prazer.

Meu mundo parou.

Sim. Ele me chamou de Isabelle.

Por um segundo, quase me senti usada.

Mas logo me lembrei...

Amanhã, eu não estarei mais aqui.

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