- Será que a vítima vai resistir até a ambulância chegar? - Bobby, meu parceiro pergunta.
- Espero que sim, o lugar é complicado, mas dependendo do estado de saúde dela, é possível. - Falo mostrando otimismo. - Apesar de ferida, a encontraram com pulso.
- Se ela ficar viva será mais fácil de colocar o desgraçado que fez isso com ela na cadeia. - Bobby fala.
- Mas de uma coisa nós já sabemos sem chegar lá, o criminoso não queria isso. - Falo minha conclusão, pois ninguém deixa uma pessoa ferida na floresta sem querer.
- Acredita que pode ter sido latrocínio? - Ele me pergunta.
- Isso não posso afirmar, precisamos periciar o local primeiro. - Falo com cautela.
Avisto o portal de entrada da floresta e como já recebi a localização exata do local, vou direto, sem parar na portaria. Sigo por 15 minutos em uma estrada de terra devagar até chegar ao local do corpo. O que me indica que estamos perto além do meu GPS, é o giroflex da viatura dos guardas florestais. A ambulância ainda não tinha chegado, logo estaciono o veículo e desço dele.
- Bom dia senhores, sou o detetive Murray e esse é o meu colega detetive Hertz. - Falo me apresentando aos guardas.
- Bom dia detetives, esse é o guarda Simmons e eu sou Fletcher. - Um homem de aproximadamente 40 de cabelos pretos se apresenta, antes aponta o seu colega de mesma idade, mas que é careca. - A encontramos a 20 minutos, até achávamos que estava morta, mas Simmons mediu o pulso e constatou que estava viva, a cobrimos com a manta térmica.
- Vocês fazem patrulha durante a noite nessa parte da Floresta? - Bobby pergunta enquanto me aproximo da vítima.
- Não, infelizmente o turno da noite tem efetivo reduzido, então só monitoramos as estradas principais da Floresta. - Fletcher responde.
- Certo, sabe dizer qual era a hora aproximadamente que a última equipe passou por aqui ontem? - Escuto Bobby faz outra pergunta.
- Por volta das 20 horas né Simmons? - Fletcher responde sem ter certeza e para confirmar pergunta ao colega.
- Por aí. - Escuto o careca responder.
Me aproximo da mulher e a vejo desfigurada, as únicas caraterísticas que posso descrevê-la no momento é que ela é branca e ruiva.
- Viram hematomas nela pelo corpo? - Pergunto. Não ia remover a manta metálica para ver isso, era o que a mantinha viva.
- Vimos e aparentemente está com a perna e o braço esquerdo quebrado. Honestamente detetive, a pessoa que a jogou aqui a queria morta. - Simmons respondeu.
- Já tinha certeza isso quando recebi a ligação de vocês, agora estou vendo com os meus próprios olhos. - Falo concordando com o guarda. - Então temos uma mulher, aparentemente jovem, jogada aqui entre 20 horas e 7 da manhã do dia seguinte. Era a primeira ronda de vocês no dia neste local?
- Sim, tínhamos acabado de assumir o posto. - Fletcher me responde.
A sirene da ambulância anuncia a sua chegada, finalmente, os paramédicos poderiam ajudar a pobre mulher. Porém, preciso me encontrar em achar outras pistas, como algo que possa ter caído do criminoso e marcas na terra.