A princesa desaparecida

O sol mal tinha raiado quando Feliz acordou, o cheiro de pão fresco invadindo o pequeno quarto que dividia com seus irmãos. Ela se espreguiçou, tentando ignorar a ansiedade que sempre aacompanhava ao olhar para o espelho empoeirado. O reflexo que via era de uma garota comum, com cabelos bagunçados e olhos sonhadores. Mas por dentro, ela era uma princesa esperando para ser descoberta.

Com um suspiro profundo, vestiu seu uniforme surrado e desceu as escadas barulhentas da casa onde trabalhava. A senhora da casa, Dona Helena, já estava na cozinha, supervisionando cada movimento como se fosse uma rainha em seu trono.

acompanhava ao olhar para o espelho empoeirado. O reflexo que via era de uma garota comum, com cabelos bagunçados e olhos sonhadores. Mas por dentro, ela era uma princesa esperando para ser descoberta.

"Feliz! O que você está fazendo? A mesa não vai se arrumar sozinha!" Dona Helena exclamou, sua voz cortante como vidro.

Feliz sorriu timidamente e começou a preparar o café da manhã. Enquanto

mexia o leite fervente, sua mente vagava para longe daquele lugar. Ela sonhava com castelos e bailes, onde poderia dançar sob as estrelas ao lado de um príncipe encantado.

Mas a realidade sempre voltava como um tapa na cara. O que ela tinha de mais próximo de um baile era as festas improvisadas que seus irmãos organizavam no quintal à noite.

Feliz rapidamente ajustou os talheres na mesa, tentando não deixar transparecer sua frustração. "Desculpe, Dona Helena!

Estou indo mais rápido."

"Mais rápido não é suficiente! Você sabe que temos convidados hoje à noite. A casa precisa estar impecável!" Dona Helena

respondeu, seus olhos estreitados em desaprovação

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Feliz chegou em casa e jogou a mochila no canto do quarto. O peso das expectativas de Dona Helena ainda estava grudado em seus ombros. Ela se deixou cair sobre o sofá, fechando os olhos por um momento, tentando escapar daquela realidade opressora.

Enquanto o silêncio envolvia a sala, elaligou a televisão apenas para ter alguma companhia. As imagens dançavam na tela, mas sua mente estava longe. Era então que ela ouviu algo que fez seu coração disparar.

"... inscrições abertas para a Escola de Princesa! Meninas plebeias têm a chance de transformar seus sonhos em realidade! Se você sempre sonhou em ser uma princesa, este é o seu momento!"

Os olhos de Feliz se abriram com um brilho inesperado. A ideia de sair daquela rotina monótona e entrar em um mundo onde poderia ser quem quisesse parecia mágica. Mas logo uma sombra de dúvida cruzou seu rosto: "E se Dona Helena não deixar? E se eu não for boa o suficiente?"

Ela mordeu o lábio inferior, sentindo umamistura de esperança e medo. O que seria necessário para seguir esse sonho? Poderia ser sua chance de finalmente encontrar seu lugar no mundo?

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Feliz sentiu um frio na barriga. As palavras ecoaram dentro dela como um chamado. Essa poderia ser a oportunidade que ela sempre quis! Não era sobre se tornar uma princesa, mas sim sobre ter uma chance de brilhar em um mundo que parecia tão distante.

Mas logo, uma onda de insegurança a atingiu. "E se eu não conseguir? E se as outras meninas forem melhores que eu?" Essas dúvidas começaram a invadir sua mente, mas uma voz interna sussurrou: "Você é mais do que pensa."

Feliz: É, só nós duas por enquanto! Estamos super animadas! E você, o que tem feito?

Rosa: Ah, nada demais... Só pensando na vida. (Ela olha para Clara com um ar de desdém.) Mas imagino que a vida de princesa deve ser fácil para você, né Clara?

Clara: O que você quer dizer com isso?

Rosa: Nada não... só achei engraçado como algumas pessoas têm tudo na mão e outras não... (ela lança um olhar rápido para Feliz).

Feliz: (sorrindo) Cada um tem sua história, né? E isso é o que torna tudo especial!

Rosa: (fingindo estar interessada) Éverdade... Mas falando em histórias, ouvi que o Lucas terminou com você, Flis. Ele estava tão apaixonado por você!

Feliz: (um pouco surpresa) É... foi complicado. Mas estou seguindo em frente.

Rosa: Humm... interessante. E ele é tão... bonito. Espero que encontre alguém legal logo.

Clara: (desconfiada) Você está bem, Rosa? Parece que tem algo a dizer...

Rosa: (sorrindo forçado) Não, claro que não! Só estou pensando no futuro... quem sabe eu não pegue o coração de alguém por aí também.

As duas amigas trocam olhares confusosenquanto Rosa se despede.

Rosa: Bem, boa sorte na Escola da Princesa! Espero que aproveitem bem.

Rosa sai, deixando Flis e Clara em silêncio.

Feliz:Você achou isso estranho? Parece que a Rosa não está muito feliz por nós...

Clara: Sim... é como se ela estivesse tentando nos puxar pra baixo. Mas a gente não pode deixar isso afetar nossa amizade!

Feliz: Exato! Vamos focar nos nossos sonhos e na nossa jornada juntas!

Na manhã seguinte. A luz do sol entra pela janela enquanto Feliz Clara estão cercadas de malas e roupas. Elas estão empolgadas, mas também um pouconervosas.

Clara: (abrindo uma mala) Olha isso, Flis! Eu trouxe minhas melhores roupas! Não posso deixar a impressão de que sou menos do que sou.

Feliz: (sorrindo) Uau, Clara! Você está arrasando! Mas lembre-se, o que importa é quem somos por dentro, né?

Clara: É verdade! Mas, convenhamos, a primeira impressão conta. E com todas aquelas meninas ricas, precisamos nos destacar.

Feliz:(pensativa) Sim... eu só espero que as outras não sejam tão superficiais. Quero fazer amizades novasClara: Exato! Vamos focar na experiência e nas oportunidades que temos pela frente. E quem sabe a gente não faz novas amigas incríveis?

As duas começam a arrumar as malas, colocando roupas e acessórios com entusiasmo.*

Feliz: Estou tão animada! Essa escola pode ser uma chance de mudar tudo pra mim.

Clara: E vamos juntas! Lembre-se, estamos nessa como uma equipe!

Enquanto elas continuam se preparando, Feliz para um momento e olha para Clara.

Feliz: Você acha que eu sou boa osuficiente para estar lá? Com todas aquelas meninas ricas e poderosas?

Clara: (com carinho) Claro que sim! Você é incrível do seu jeito. Sua autenticidade é o que mais brilha em você! Não deixe ninguém te fazer sentir menos.

Ambas sorriem enquanto terminam de arrumar as malas