Tudo o que Enora queria era focar na faculdade e seguir seu próprio caminho. Mas quando aceita um trabalho temporário, acaba entrando para a Buttergold, uma das maiores empresas do país-e o império da família de Brian, alguém que ela não queria reencontrar. Enquanto tenta se adaptar à nova rotina, um colega misterioso desperta sua curiosidade, e situações inesperadas a fazem questionar se realmente conhece sua própria história. Aos poucos, segredos vêm à tona, e Enora percebe que algumas coincidências podem não ser tão casuais assim. Agora, entre estudos, trabalho e sentimentos confusos, ela terá que decidir até onde está disposta a ir para descobrir a verdade.
Quando eu era mais nova, li uma frase na escola que nunca esqueci. A lembrança daquele momento é tão vívida que chega a me assustar.
A lousa estava coberta por uma caligrafia firme e bem desenhada, e a luz dourada do sol poente entrava pelas janelas empoeiradas, fazendo as partículas de poeira dançarem no ar. O cheiro de giz misturava-se ao perfume suave da professora Rubi - um aroma de lavanda e chá de camomila, sempre presente em suas roupas. No fundo da sala, a voz distante de alguém contando uma piada se misturava ao farfalhar das páginas de um livro.
"O caráter de um homem é formado pelas pessoas que ele escolhe para estar ao seu redor."
A frase estava escrita com um giz amarelo que contrastava com o verde escuro da lousa. A professora Rubi sempre escolhia cores diferentes para destacar palavras importantes, como se quisesse que cada uma delas fosse sentida, não apenas lida.
Eu encostei os braços sobre a carteira e inclinei um pouco a cabeça, observando as letras. Minhas mãos ainda estavam frias do toque gelado do bebedouro, e a umidade nas pontas dos meus dedos fazia o papel do meu caderno ficar levemente enrugado.
Ela nos olhava com expectativa. Seus olhos eram brilhantes, vivos, como se cada um de nós carregasse dentro de si uma resposta única e especial.
- O que vocês acham?
A ordem de resposta era sempre alfabética. Minha vez vinha logo depois de Eli, um garoto de cabelos desgrenhados que parecia estar sempre com sono. Ele cheirava a salgadinho e refrigerante, como se nunca tivesse tempo para uma refeição de verdade.
- Acho que faz sentido - ele murmurou, dando de ombros.
A professora sorriu e virou-se para mim.
- Enora?
O som do meu nome me fez endireitar a postura. Hesitei por um instante antes de falar.
- Eu concordo... parcialmente. As pessoas ao nosso redor nos influenciam, mas acho que, no fim, ainda depende de nós.
O silêncio que se seguiu foi preenchido pelo ruído distante do vento balançando as árvores do lado de fora. Algumas folhas secas bateram contra o vidro da janela, fazendo um som seco e ritmado.
A professora Rubi pareceu gostar da minha resposta. Ela sempre valorizava os alunos que tentavam enxergar além do óbvio.
Naquele dia, saí da sala com a sensação de que havia dito algo importante.
Mas eu não sabia que, meses depois, essa frase seria tudo o que restaria daquela mulher.
A notícia veio de repente, um murmúrio sussurrado entre os corredores da escola.
- Você ficou sabendo?
- A professora Rubi...
- O bebê também...
A conversa era entrecortada, palavras soltas se misturando ao eco dos passos apressados no chão de azulejo. O cheiro de livro velho e café requentado pairava no ar, tão comum na biblioteca onde eu estava. Minhas amigas se entreolharam antes de me contarem.
- Ela faleceu.
O mundo pareceu se contrair ao meu redor. O som ao fundo - páginas sendo viradas, canetas raspando no papel - ficou abafado, como se eu estivesse submersa.
A professora Rubi.
A mulher que ensinava com paciência infinita. Que cheirava a chá e sempre tinha um sorriso sereno, mesmo quando estávamos sendo barulhentos demais.
Meus dedos apertaram a borda da mesa de madeira da biblioteca.
A cadeira rangia sob o peso do meu corpo imóvel, mas eu não conseguia me mover. O nó na garganta tornava a respiração mais difícil, e uma sensação amarga subiu pelo peito.
Nos dias seguintes, a escola pareceu um lugar diferente. O corredor que levava à sala dos professores cheirava a desinfetante, mas a ausência do perfume suave de lavanda dela tornava o espaço mais frio.
O barulho das conversas nos intervalos continuava, mas havia um peso no ar, um silêncio incômodo pairando entre as palavras.
Naquela noite, deitada na cama, a escuridão do meu quarto parecia mais densa do que o normal. O travesseiro, antes confortável, agora parecia um bloco duro sob minha cabeça.
Levantei-me sem pensar e caminhei pelo chão frio até a porta dos meus pais. Minhas mãos ainda tremiam quando bati levemente.
Meu pai abriu a porta quase imediatamente.
Por um instante, ficamos apenas nos olhando. A luz fraca do corredor desenhava sombras suaves em seu rosto, destacando o cansaço em seus olhos.
Ele não precisou perguntar.
Sem hesitar, ele segurou minha mão e me guiou de volta ao meu quarto. O colchão afundou quando ele se sentou ao meu lado, e eu senti o calor de sua presença, um contraste reconfortante contra a frieza que parecia ter se instalado dentro de mim.
- É sobre a professora Rubi, não é?
Assenti, engolindo em seco.
Ele soltou um suspiro longo, daqueles que carregam muito mais do que palavras.
- Eu sei que é difícil entender. Às vezes, a vida traz perdas que parecem injustas.
A escuridão do quarto parecia nos envolver em um casulo silencioso. Do lado de fora, o vento fazia um ruído suave ao passar pelas árvores. O som do relógio na parede marcava os segundos, um tique-taque constante e suave.
- A Srta. Rubi era uma boa pessoa - ele continuou, apertando levemente meu braço, como se quisesse me ancorar ali, no presente. - A bondade que ela trouxe para o mundo não se perdeu. Ela ajudou muitos alunos, inclusive você.
Tentei encontrar algo para dizer, mas as palavras simplesmente não vinham.
- Mas por quê? - murmurei. - Por que ela?
Meu pai ficou em silêncio por um momento, e a resposta veio em um tom baixo, quase um sussurro:
- Às vezes, não temos todas as respostas.
A dor no peito apertou um pouco mais, mas sua mão segurando a minha era firme, como se dissesse que, mesmo sem respostas, eu não estava sozinha.
Ele respirou fundo antes de continuar:
- O que podemos fazer é honrar a memória das pessoas que amamos. A Srta. Rubi te ensinou lições muito importantes. Você vai levar isso com você por toda a vida.
As palavras dele, simples e calmas, trouxeram um tipo diferente de dor - menos cortante, mais suportável.
- Você sabe que eu nunca vou te abandonar, não é?
A pergunta me pegou de surpresa.
Eu o encarei, e por um momento, vi nele algo que sempre esteve ali, mas que nunca havia parado para realmente perceber.
Meu pai era meu porto seguro.
Aquele pensamento se acomodou dentro de mim, suave e quente, como um cobertor em uma noite fria. E, pela primeira vez desde que soube da morte da professora Rubi, consegui fechar os olhos e respirar.
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