livres, após horas sentada na carteira, um dos meus passatempos favoritos era observar as pessoas ao meu redor, as faxineiras, as cozinheiras da cantina, e os outros alunos em ger
no banco sob a sombra de uma árvore, segurava sua mochila e observava. A cada erro, ele corava um pouco mais, e quando finalmente acertava, ficava ainda mais vermelho, como se não soubesse lidar com o próprio sucesso. Em um desses intervalos, enquanto segurava os pertences de Brian e assistia às suas tentativas desajeitadas no vôlei, algo inusitad
s, você e
lhos arregalados de preocupaçã
. - Apontei para os alunos agora pegando a bola, rindo e gesti
e - ele suspirou, passando a
embaraço que ele claramente sentia. Ele me olhou por um segundo, como
ê faz isso?- Ele disse, se sentando ao meu lado. Por um momento, não soube o que respond
ó não presta muita atenção, e também não é co
beça de leve como se não soubesse se a
é est
de volta. - Vou toma
a observar os outros alunos, meus olhos sempre acabavam voltando para ele. Talvez eu nunca tenha percebido antes, mas havia algo no jeit
infância, e o pai trabalhava o dia todo, saindo cedo e voltando
osso mundo particular, onde inventávamos brincadeiras que pareciam durar horas. Jogávamos bola, subíamos na mangueira p
ha, onde minha mãe cantarolava sertanejo. Brian tinha um jeito peculiar de rir – alto, quase estridente, mas tão g
um de nossos pais tinha carro, então meu pai e eu o acompanhávamos. A caminhada nunca era só uma caminhada;
oelhos novos! – ele
no meio do caminho
rem, mas não demorem! – d
has secas que estalavam sob nossos pés, c
algo especial. O som das nossas risadas ainda ecoa na minha memória, junto com o cheiro da terra depois da chuva e o
rários já não batiam, e as conversas foram ficando cada vez mais raras. Agora, ao olhar para trás,
u? - perguntou Jéssica, int
rou no time de vôlei, e eu no Grêmio. Acho... que o pai dele
uns clientes deixavam máquinas encostadas. Uma delas, uma misturadora de massas, meu pai vendeu ao pai
mentas batendo e o zunido baixo das máquinas em repouso. Eu nunca fui fã da bagunça ou da graxa que grudava nos dedos, mas Brian... Brian
nha e um cheiro leve de pão quente se misturando ao ar pesado da oficina. Mas apesar d
umas máquinas encostadas por aqui - ele d
limpando as mãos num pano que j
s, sim. O que
nuca, como se estivesse escol
Pensei em fazer manteiga, algo artesanal... mas não tenho como comp
onde o cheiro de metal enferrujado era mais forte. Entre pilhas de peças esquecidas, ele parou diante de uma máqu
apinhas na lateral da máquina, que respondeu com
ado de encontrar ouro. Respirou fundo, abriu a boc
ndo as coisas melhorarem,
um jeito que me fez desviar o olhar, como se eu estivesse invadindo um momento que não e
i ensinou o pai do Brian a usar a máquina, e nós, crianças, ficamos com a melhor parte: experimentar as primeiras tentativas. Algumas ficavam estr
e - ele disse,
uei um pedaço de pão, passei a manteiga e dei uma
ele sorriu daquele jeito que a gente só vê qua