DUDA percebeu quando Sirleide liderando uma turma de fanáticos, apontou na curva da estrada que dava acesso ao sítio da qual se hospedara. Era um grupo enorme de pessoas formado por homens, mulheres e até crianças. Empunhavam-se suas Bíblias e em uma das mãos armava-se com pedras, paralelepípedos e paus.
O que o fanatismo religioso pode fazer? Duda e os seguidores de mãe Jacinta sentiria na pele, pois, do outro lado estavam os ditos cristãos liderados por uma senhora, que fazia tudo absolutamente tudo ao contrário dos ensinamentos de Jesus Cristos.
- Que diabos! - angustiava-se Duda. - Até aqui está mulher me persegues, o que fiz Deus, para merecer este castigo?
- Ela é uma pessoa ruim... - dizia Aninha. - Certamente sabe que você está aqui.
- Esse dia iria acontecer mia fia, - resignou-se mãe Jacinta. - Oxalá nos proteja da maldade dos nossos inimigos.
Prevendo o que poderia ocorrer em tempos de intolerância religiosa, os seguidores de mãe Jacinta fizeram uma trincheira e, em posse de porretes e pedras, os aguardavam temerosos.
A guerra estava prestes a começar.
- Saia daí demônio! - gritava furiosa Sirleide. - Filha de Belzebu. Apareça!
E as primeiras pedras surgiram no ar, abatendo-se sobre a casa e sobre os seguidores da rezadeira.
A guerra acabara de iniciar-se...