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Amor Em Estoque

Amor Em Estoque

5.0
50 Capítulo
8 Leituras
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Sinopse

Índice

Nesta trama contemporânea repleta de reviravoltas, "Amor Em Estoque" promete uma jornada de emoções intensas, romance imprevisível e a redenção que só o amor verdadeiro pode proporcionar. Uma narrativa que transcende o passado, mergulhando nos desafios do presente, onde o destino se revela nas escolhas corajosas que fazemos pelo coração. Esteja preparado para se envolver em uma história que cativa, emociona e resgata a esperança em meio ao caos das relações humanas.

Capítulo 1 Expulsão Dolorosa

★彡 Clara 彡★

Cara, a situação toda foi como um furacão, sabe? Um daqueles momentos que te atingem sem aviso, e quando você percebe, está no meio de uma tempestade de emoções intensas. A discussão começou com algo trivial, dessas coisas que geralmente não passam de um resmungo, mas acabou se transformando em algo muito maior do que eu poderia imaginar.

Meu pai e eu sempre tivemos nossas diferenças, porém, dessa vez foi como se todos os desentendimentos do passado se reunissem para uma festa do caos. As palavras voavam como flechas envenenadas, cada uma cortando mais fundo do que a anterior. Tentei manter a calma, mas era difícil quando as emoções estavam à flor da pele.

— Pai, eu só queria que você entendesse...

— Entendesse o quê, Clara? Que você sempre acha que está certa e eu estou sempre errado? Já estou cansado disso!

O tom dele era áspero, e eu sentia que cada palavra dele era como um soco no estômago. Eu precisava sair dali antes que a situação piorasse, porém, não tive a chance.

— Não é isso, pai. Só quero ser ouvida, ter minhas opiniões respeitadas.

— Opiniões? Você mal saiu da adolescência e acha que sabe-tudo!

E foi nesse momento que a tempestade realmente se formou. A raiva tomou conta de mim, e eu reagi de uma forma que nunca imaginei que faria.

— Pelo menos eu não sou cego para as próprias falhas! Você nunca admite quando está errado!

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Os olhares trocados continham uma mistura de desapontamento e frustração. Aquela discussão estava fora de controle, e eu sabia que não havia como voltar atrás.

Foi quando meu pai, com uma expressão endurecida, disse algo que mudaria tudo.

— Se você acha que pode fazer melhor, então vá em frente. Saia da minha casa!

Não esperava por aquilo. A casa que um dia foi meu refúgio estava agora me expulsando. A mágoa transbordava em cada palavra, e a sensação de ser indesejada naquele lugar que um dia chamei de lar era devastadora.

As lágrimas começaram a rolar, mas eu não queria dar a ele a satisfação de me ver desmoronar ali mesmo. Com as mãos tremendo, comecei a empacotar minhas coisas. Cada objeto carregava uma memória, uma história de momentos felizes que agora pareciam distantes demais.

— Não acredito que você está fazendo isso, pai. Não podemos resolver isso de outra maneira?

— Já chega, Clara. É melhor para todos nós.

Aquelas palavras perfuraram meu coração. Ele realmente queria que eu partisse. Não havia volta.

A casa, que costumava ser cheia de calor e risadas, agora estava fria e vazia. Cada passo que eu dava em direção à porta era como um eco do abismo que se formava entre nós. O barulho das lágrimas caídas ecoava nos corredores, misturando-se ao silêncio pesado.

Ao sair, senti como se estivesse deixando uma parte de mim para trás. A rua lá fora estava iluminada pelas luzes da cidade, no entanto, nada parecia mais sombrio do que o caminho incerto que se estendia diante de mim. Incertezas e mágoas preenchiam minha mente, e eu me vi perdida em um labirinto emocional.

Chamei um táxi, e enquanto as luzes da cidade se afastavam pela janela, não pude evitar pensar no que viria a seguir. A sensação de estar sozinha, sem um lar para voltar, era esmagadora.

— Pra onde vamos? — perguntou o motorista, quebrando o silêncio.

— Só... continue dirigindo. Não importa para onde.

Não sabia para onde estava indo, entretanto, uma coisa era certa: a vida, que antes parecia tão segura e previsível, transformou-se em um território desconhecido. E ali, no banco de trás daquele táxi, eu me vi enfrentando o mundo de mãos vazias, carregando a bagagem de uma briga que deixou mais do que marcas emocionais.

A estrada estendia-se diante de mim, e eu me perguntava se algum dia encontraria um lugar para chamar de lar novamente. Naquela noite, eu começaria uma nova jornada, com muitas dúvidas e oportunidades para crescer e descobrir quem sou, longe da casa que um dia foi meu refúgio, mas que agora é só uma lembrança ruim do passado que eu precisava esquecer.

À medida que o táxi se afastava, meu olhar fixou-se na cidade que agora parecia tão distante e desconhecida. Eu sabia que não podia voltar atrás, não depois do que foi dito e feito. A ponte que ligava o passado ao presente estava queimada, e eu estava prestes a entrar em território inexplorado.

O motorista continuava dirigindo, e eu me perdia nos meus pensamentos. O que viria a seguir? Onde eu encontraria abrigo e conforto? A incerteza do futuro pairava sobre mim como uma sombra persistente.

— Ei, tudo bem? — perguntou o motorista, parecendo notar minha aflição.

— Não sei. Só continue dirigindo. Preciso de tempo para processar tudo isso.

A cidade ficava para trás, substituída por estradas escuras e silenciosas. Cada quilômetro percorrido era como um passo em direção ao desconhecido, e eu me sentia pequena diante da vastidão do mundo lá fora.

Lágrimas silenciosas continuavam a cair, contudo, eu sabia que precisava ser forte. A decisão de sair de casa não significava apenas deixar meu quarto e meus pertences para trás, era um rompimento com a segurança e a familiaridade que um dia conheci.

— Pra onde você quer ir? — perguntou o motorista mais uma vez.

Olhei pela janela, observando as luzes da cidade piscando à distância. Não tinha um destino certo, todavia, algo dentro de mim dizia que precisava seguir em frente.

— Me leve para a estação de ônibus. Vou encontrar um lugar para ficar por enquanto.

A estação de ônibus, um ponto de partida simbólico para um rumo que ainda não conseguia visualizar completamente. Desci do táxi com minha bagagem e encarei o edifício iluminado pelas luzes fluorescentes.

Dentro da estação, o ambiente era agitado, com pessoas indo e vindo, cada uma com sua própria história e destino. Eu me senti uma estranha nesse mundo, uma viajante solitária em busca de um novo começo.

— Um bilhete para onde, querida? — perguntou o atendente do guichê.

Olhei para o quadro de horários, escolhendo uma cidade distante, onde menos esperava que fosse um dia buscar apoio. Qualquer lugar que me afastasse da dor e das lembranças recentes eram o suficiente. Peguei o bilhete e me dirigi ao portão de embarque.

O ônibus estava meio vazio, e escolhi um assento perto da janela. Enquanto o veículo partia, observei as luzes da cidade desaparecendo no horizonte. Era como se estivesse deixando para trás não apenas um lugar físico, como também um capítulo da minha vida que chegara ao fim.

A estrada se estendia à frente, escura e desconhecida. Eu não sabia o que o futuro reservava, porém, decidi que não permitiria que as mágoas do passado definissem quem eu era. Essa jornada forçada seria minha oportunidade de me redescobrir, de crescer além das limitações que a familiaridade e as expectativas impostas tinham colocado sobre mim.

Olhando pela janela, vi o amanhecer se aproximando no horizonte. O novo dia trazia consigo uma sensação de renovação, como se cada raio de sol fosse um lembrete de que, não importa quão escura a noite tenha sido, a luz sempre encontra uma maneira de se fazer presente.

A estrada estava à minha frente, cheia de curvas e surpresas, e eu estava pronta para seguir em frente.

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