A Vingança da Médica Rejeitada
Quando acordei no hospital, era médica, mas ali, era apenas uma paciente.
O meu marido, Pedro, estava ao meu lado, preocupado... mas não comigo.
A primeira pergunta dele foi por ela, a minha irmã Sofia.
E a minha primeira constatação, dolorosa e fria, foi que o nosso bebé, esperado por três anos, já não estava.
Tinha-se ido.
E a Sofia, a minha única família, a quem criei e sustentei, foi quem causou tudo.
"Ela empurrou-me escada abaixo, Pedro. Ela sabia que eu estava grávida."
Mas ele defendia-a, como sempre, pintando-a como a vítima frágil, e a mim, a irmã insensível.
O meu pai, que mal me visitou em dez anos, apareceu apenas para me culpar e defender a Sofia, exigindo que eu perdoasse a "criança".
"Se te divorciares, não voltes a chamar-me pai!" ele gritou, batendo a porta.
Quando voltei a casa, a Sofia choramingava, pedindo perdão falso.
E o Pedro agarrou-se a ela, ignorando a mala que eu fazia.
"Podes trazer o meu bebé de volta?" perguntei, e o seu silêncio foi a minha resposta.
Saí sem olhar para trás, enquanto Sofia sussurrava: "Ele nunca te amou. Ele sempre me amou a mim."
Bloqueei todos os números.
Mas a paz durou pouco.
O Pedro recusava o divórcio e impôs uma condição absurda: que eu pagasse uma pensão de alimentos substancial para a Sofia.
Depois, ele foi ao meu hospital, espalhando rumores de que eu era mentalmente instável, na esperança de destruir a minha carreira.
Eles estavam dispostos a tirar-me tudo. Dinheiro, reputação, identidade.
Mas eu não ia mais ficar na defensiva.
Eu ia lutar.
Não era mais só sobre o divórcio.
Era sobre justiça.
E eu sabia exatamente onde encontrar a arma para os derrubar.