img “Peça me o que quiser”  /  Capítulo 3 3 | 60.00%
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Histórico

Capítulo 3 3

Palavras: 2383    |    Lançado em: 08/05/2022

a fim de cumprimentá-lo. Agora já sei quem ele é, e sempre acreditei que os chefões, quanto mais longe estiverem, melhor. Sem-vergonha, safado... Mas a verdade é que esse homem me deixa nervosa. Do

stado — acrescenta. — Não era minha intenção. Volto a mover a cabeça como um boneco. Como sou boba! Levanto com a pasta nas mãos e pergunto: — A senhora Sánchez veio com o senhor? — Veio. Surpresa com a informação, já que não a vi entrar em sua sala, começo a tentar sair do arquivo, quando o alemão agarra meu braço. — O que você estava cantando? Aquela pergunta me pega tão de surpresa que estou prestes a soltar: “E o que você tem com isso?” Mas, felizmente, contenho o impulso. — Uma música. Ele sorri. Meu Deus! Que sorriso! — Eu sei... Gostei da letra. Que música é essa? — Blanco y negro, de Malú, senhor. Mas parece que está achando engraçado. Será que está rindo de mim? — Agora que você sabe quem eu sou, me chama de senhor? — Desculpe, senhor Zimmerman — esclareço com profissionalismo. — No elevador eu não o reconheci. Mas, agora que já sei quem é, devo tratá-lo como merece. Ele dá um passo na minha direção e eu dou outro para trás. O que está fazendo? Ele dá mais um passo e eu, ao tentar fazer o mesmo, me grudo ao aparador. Não tenho saída. O senhor Zimmerman, esse cara sexy em cuja boca enfiei há alguns dias um chiclete de morango, está quase em cima de mim e se agacha para ficar da minha altura. — Eu gostava mais quando você não sabia quem eu era — murmura. — Senhor, eu... — Eric. Meu nome é Eric. Confusa e descontrolada pela excitação que esse cara imenso está me despertando, engulo a enxurrada de sensações que formigam por todo o meu corpo. — Me desculpe, senhor. Mas isso não me parece correto. E, sem me pedir permissão, tira a caneta que prendia meu coque, e meu cabelo liso e escuro cai sobre meus ombros. Eu o encaro. Ele me encara também. E nossos olhares são seguidos por um silêncio mais que significativo, durante o qual nós dois ficamos com a respiração entrecortada. — O gato mordeu sua língua? — me pergunta, rompendo o silêncio. — Não, senhor — respondo, à beira de um colapso. — Então onde escondeu a garota brilhante do elevador? Quando vou responder, ouço as vozes de minha chefe e Miguel, que entram na sala. Zimmerman cola seu corpo ao meu e me manda ficar quieta. Sem saber muito bem por quê, obedeço. — Onde está Judith? — ouço minha chefe perguntar. — Deve estar na cafeteria. Foi tomar uma Coca. Vai demorar — responde Miguel e fecha a porta da sala da minha chefe. — Tem certeza? — Tenho — insiste Miguel. — Vamos, vem cá e deixa eu ver o que você está usando hoje debaixo da saia. Meu Deus! Isso não pode estar acontecendo! O senhor Zimmerman não deveria ver o que eu acho que esses dois estão prestes a fazer. Penso. Penso em como distraí-lo ou despistá-lo, mas nada me ocorre. Aquele homem está quase em cima de mim, sem parar de me olhar. — Tudo bem, senhorita Flores. Vamos deixar que eles se divirtam — me sussurra. Quero morrer! Que vergonha!! Instantes depois, não se ouve nada exceto o som das bocas e línguas deles dois se encontrando. Assustada com aquele silêncio incômodo, espio pela abertura da porta do arquivo e tapo a boca ao ver minha chefe sentada sobre sua mesa e Miguel acariciando-a. Minha respiração se acelera e Zimmerman sorri. Passa a mão pela minha cintura e me puxa ainda mais para si. — Excitada? — pergunta. Olho para ele e não digo nada. Não pretendo responder essa pergunta. Estou envergonhada pelo que estamos presenciando juntos. Mas seus olhos curiosos se cravam em mim e ele aproxima sua boca da minha. — O futebol a deixa mais excitada do que isso? — insiste. Ai, Deus! Ele é que me deixa excitada. Ele, ele e ele. Como não ficar excitada com um homem como esse em cima de mim e diante de uma situação como essa? Que se dane o futebol! No fim, volto a fazer que sim com a cabeça como um bonequinho. Que sem-vergonha eu sou. Zimmerman, ao me ver tão alterada, também move a cabeça. Espia pela fresta e me arrasta até ficarmos os dois diante do vão da porta. O que vejo me deixa sem palavras. Minha chefe está de pernas abertas sobre a mesa, enquanto Miguel passeia sua boca com vontade no meio das coxas dela. Fecho os olhos. Não quero ver isso. Que vergonha! Instantes depois, o alemão, que continua me segurando com força, me empurra de nov

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