A filmagem, gravada em confiança, uma tentativa fugaz de proximidade em um casamento desolado, estava agora sendo projetada para centenas de olhos julgadores. Os
lpe físico, deixando-me sem fôlego e fria. Isso não foi um acidente. Foi um
dissecando, julgando, saboreando minha mortificação. Meu corpo ficou rígido, congelado no lugar, uma estátua de vergonha. O ar
tela, um sorriso quase imperceptível brincando em seus lábios. Nem um pingo de remorso. Nem um
ri caminho pela multidão sufocante, meus olhos fixos na tela. Tropecei, meu braço enfaixado latejando, mas não parei. Cheguei ao palco,
ozinho. Eduardo só estava tentando mostrar a todos que esposa... amorosa você era." Sua voz era enjoativamente doce, pingando veneno. Ela se inclinou,
dedos procurando os controles da tela. Apertei um botão, qualq
caiu sobre
otetor ao redor de Carla, puxando-a para mais perto. "Laura, o que foi isso? Vo
olhos ardiam com lágrimas não derramadas. "Você acabou de arr
a a multidão, sua voz suave e autoritária. "Minhas desculpas, a todos. Um pequeno distúrbio doméstico. Carla está profundamente chateada com este infeliz incidente. Fiquem t
ocupe, querida. Vou garantir que isso nunca mais aconteça. Vou proteger su
olhido. Em vez de mim. Em vez de Beto. Em vez de tudo. Com um último olhar lancinante para o homem que havia sido
. Comentários, cruéis e maldosos, inundaram todas as plataformas de mídia social. A empresa da minha família, as Empresas Moreno, foi alv
perdida. Para cada vídeo que eu conseguia derrubar, dez outros apareciam.
meus ouvidos. Meu celular vibrou novamente, outro alerta de notícias. Mais artigos sobre a "devo
nica lágrima escapando
rêmula, mas a raiva era um nó frio e duro no meu estôma
blico agora, Laura. Você fez uma cena. Carla ficou muito chateada
apando dos meus lábios. "Ela me atacou! Ela fingiu seus f
ia." Sua voz endureceu. "E você mereceu
ao seu lado por três anos! Suportei sua frieza, sua crueldade, suas fobias nojenta
pausa, um silêncio arrepiante na linha. "E você se esquece, Beto Pena ainda aguar
giu com força. Beto. Meu irmão. Ele
ardo," sussurrei, as pa
voz era totalmente desprovida de emoção. "Ago
sada tilintante de Carla, fraca, mas inconfundível. A at
vizando, um calor que eu nunca experiment
ente e em pânico. "Eduardo! É o Beto Pena! Ele está
no hospital! Ele não poderia
cheia de preocupação frenética. "
me machucando! Ele vai me jogar da varanda!" Carla
e girando. Outra agressão fabricada. Outra acusação. Tudo para vi
oz. "Laura! O que você fez? O que seu irmão fez?" Ele não esperou
a fico
entamente. Eduardo acreditaria nela. Ele sempre acreditava ne
ndo. Eduardo estava lá, seu rosto contorcido com uma fúria tão intensa que fez meu sangue gelar.
a própria personificação da contaminação que ele tanto abominava. "Você me enoja, Laura," ele cuspiu, sua voz carregada de puro desprezo. "Saia da minha frente. V

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