ista de Br
ais real do que a pulsação do meu corpo maltratado. Ele se fora, e com ele, os últimos vestígios da minha crença ingênua na inocência de Heitor. Não havia mais nada a perder
vasculhar metodicamente os confins da minha pequena prisão, não em busca de uma fuga, mas de qualquer coisa que pudesse ser reaproveitada. Um velho uniforme de serviço esquecido em um armário empo
nte uma tapeçaria de medo e subserviência. "O Sr. Ferraz... ele está perguntando por você. Ele quer que você vá
ntil, mas a gentileza nesta casa era uma mercadoria p
o. Carolina não perderia a oportunidade de se gabar, de torcer a faca. Mas um brilho de algo nos olhos de Maria, um apelo genuíno, me
com painéis escuros, cheirando a dinheiro antigo e poder. Heitor estava de pé junto à enorme lareira, de costas para nós, sua postura
você." Ela gesticulou para a mesa de centro. Uma única folha de papel estava ali, branca e
voz monótona, desprovida
sabe o que é, Bruna. É hora de oficializar as coisas." Seus olh
parte inferior. A assinatura de Heitor, ousada e decisiva, já preenchia a linha. Um pavor frio se infiltrou em meus ossos. E
z mal um sussurro. A pergunta era retóric
"Já passou da hora. Agora assine o seu
e consumir. "Não", eu disse, minha voz ganhando força. "Não. Eu não vou
passivo, um constrangimento. Ele tem uma família agora. Uma família de verdade." Ela se levantou, sua po
ara", insisti, cruzando os braços, um desafio que eu nã
ece nada, sua vadia patética!" Sua mão disparou, um tapa ardente no meu rosto. A força
. Uma onda de fúria, quente e desenfreada, percorreu-me. Avancei sobre ela, sem me importar com as conse
ra Heitor, seu rosto uma nuvem de tempestade. Ele me empurrou com força, me jogando em direção à grande jane
er coisa para amortecer minha queda. Meus dedos rasparam no vidro frio, depois encontraram apoio nas pesadas cortinas de ve
o tecid
xplodiu através do meu corpo quando atingi a pedra implacável. Minha cabeça bateu no chão, um som agudo e doentio. A escuridão mordisco
sou meu baixo-ventre. Ofeguei, um som rouco e estrangulado, enquanto uma onda carmesim se espalhava debaixo
dos, mas urgentes. Tentei falar, gritar, mas apenas um gemido suave escapou dos meus lábios. Através da névoa de dor, vi Heitor. Ele estava corre
rando, morrendo, esquecida nas pedras frias de seu pátio. A ironia era um gosto amargo na minha boca. Ele acreditou nela. Ele sempre acreditou nela.
, cada centímetro gritando em protesto. Uma bandagem grossa envolvia minha cabeça, e meu braço esquerdo estava em uma ti
mas seus olhos, cheios de um triunfo arrepiante, não tinham pretensão. "Já acordada, Bruna?", ela chilreou, puxando uma cadeira para
nada. Minha garganta estava em carne
ntinuou, dando tapinhas em sua barriga lisa com um sorriso de satisfação. "Mas v
Mas eu não conseguia falar, não conseguia acusar. Que
nosso bebê. Mas ele é um homem forte. Ele vai superar. Especialmente comigo ao seu lado." Ela se inclinou, sua voz baixando para
ma bandeja com uma tigela de sopa. "Hora do s
eles trouxessem algo especial para você. Seu favorito, eu acredito? Sopa de camarão." Ela
te alérgica a camarão. Tinha sido uma das primeiras coisas que Heitor apr
la com minha mão boa. "Não, obrigada
você precisa de sua força. Heitor quer que você se re
e, sua voz fria. "Coma sua sopa. Você precisa ficar bem." Ele olho
rando por qualquer lampejo de reconhecimento, qualquer memóri
onestamente, suas encenações são exaustivas. Você está tentando me manipular de novo, não é?"
mim, que me levou correndo para o pronto-socorro quando acidentalmente ingeri um pequeno pedaço de camarão, agora estava diante de mim, preparado

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