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or, minha voz, meu tudo, me blindando de um mundo que eu n
mim, eu de repente recuperei minha audição - apenas para descobrir a verdad
sussurro venenoso que agora eu podia ouvir perfeitamente. "El
r era o entretenimento deles. O garoto em quem eu confiava, a famíli
e indefesa que ele podia controlar. Ele acha
tava e
para expor seus crimes. Enquanto o mundo explodia em caos e sua vida perfeita
ítu
Vista d
som que eu mal registrava mais, mas o brilho agudo de uma luz chamou minha atenção. Amanda Nogueira, a novata, estava parada no
urou o silêncio em que eu geralmente vivia. "Bruno Rocha", ela declarou, com os
Bruno, seu rosto uma máscara de surpresa, depois algo mais frio. Seu olhar pisc
e qualquer calor. As palavras pairaram no ar, pesadas e b
se frios e duros. Ela se aproximou de Bruno, sua voz baixando para um sussurro perigoso que ainda assim fez os pelos dos meus braços se arrepiarem. "Você vai se arrepender disso, Bruno R
scudo. Sua mão foi ao próprio peito, um sinal familiar para "minha", depois ele apontou um dedo para Amanda, um aviso cla
nda recebeu um dia de suspensão interna por "perturbar o serviço de almoço e agressão verbal". Pareceu uma p
ssão atormentar Bruno e, por extensão, a mim. Ela o derrubava no corredor, derramava "acidentalment
aula, corrigia publicamente sua gramática na frente de todos, ou uma vez, em um acesso de
e uma garota com a boca amordaçada ou fotos de chamas. Estavam sempre escondidos, sempre destinados apenas a mim. Eu os
ta bateu, me mergulhando na escuridão. Eu podia ouvir a voz de Amanda, abafada, mas inconfundível, do lado de fora. "Olha pra ela, a aberraçãozinha muda. Não consegue nem gritar por socorro." Risadas,
a visto. Ele agarrou Amanda pelo braço, seus dedos cravando em sua pele. "Eu te disse pra deixá-la em paz!", ele rugiu, sua voz ecoando
mbro de Bruno. "Ele te protege tão bem", ela zombou, sua voz pingando uma doçura falsa. "Como um cachorrinho leal. Mas me dig
Amanda, uma leve marca vermelha, um chupão. Gritava uma intimidade, uma traição, que arrancou o ar dos meus
repente rugiram com uma cacofonia de sons. As luzes fluorescentes zumbiam, os gritos distantes de crianças no ginásio, a pulsação do meu
força de um tsunami: seu olhar, antes tão devotado, agora continha uma mudança sutil, um brilho de algo que eu não conseguia nomear. Era como assist
podia ouvir. Ele estava falando com Amanda, mas suas palavras eram para me tr
despertos, me alcançou. "Ah, Bruninho", ela ronronou, seu tom enjoativament
eijo profundo, úmido e íntimo. E então, o som inconfundível de suas respirações, ofegantes e desesperadas, preencheu
ua voz carregada de satisfação. "Da próxi
"Não estraga o jogo." As palavras foram um golpe fís
a era uma cacofonia de dor. Minha cabeça latejava. Fechei os olhos, desejando o silêncio familiar, o vazio reconfort
amiliar, sua maneira usual de me confortar após um dos ataques de Amanda
sinais familiares, antes uma tábua de salvação, agora pareciam uma zombaria cruel. Ele tentou de
de uma pessoa só. Quantas vezes ele me "confortou" depois de orquestrar minha dor? Quantas vezes eu me derreti em
testa franzida em concentração. Ele passou horas, dias, semanas, apenas para falar comigo, para ser meu elo com
ara o inferno para salvar Bruno, seu último ato para protegê-lo, para lhe dar um futuro. Um futuro que ele agora estava desperdiçando, cuspindo,
manda ainda estava lá, uma marca cruel. Era um testemunho silencioso, uma manifes
uero denunciar a Amanda. Para o diretor. Para a polícia.* Meu polega
aperto firme, me impedindo. Ele balançou a cabe
reocupação estava estampada em seu rosto, mas não era por mim. Era por ela. A percepção me atingiu com força
cabara de ouvir. *É coisa de adolescente. Você está exagerando.* Suas palavras foram desd
tá dificultando as coisas? Apenas esqueça. Seja boazinha.* Seu tom era ríspido, uma ordem
da que eu agora podia ouvir pela mentira manipuladora que era. *Co
e da cena, para longe da verdade. *Vamos para casa.* Ele estava tentando
belião silenciosa, um rugido quieto. Eu não ser
a marionete em suas cordas, mas minha mente já estava planejando minha f
oso no rosto. Ela mandou um beijo para Bruno, um gesto descarado e provocad
minha mente a mil. Um pequeno pedaço de papel amassado pousou na minha mesa. Eu o peguei. Era uma
iraram. Meus olhos encontraram os de Bruno do outro lado da sala. Seu rosto estava pálido, seus olhos arregal

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