o compreendia por completo. A sensação de estar sendo observada não me abandonava, mesmo nos momentos mais cotidianos: ao estudar na sala, ao servir um cop
ter difícil. Havia algo mais: olhares que me queimavam por dentro, silêncios que me envolviam com um peso
escondida no seu quarto? - chamou minha amiga da
entando soar natural, embor
com uma curiosidade diferente, como se algo em mim tivesse mudado. Não era só preocupação: era uma suspeit
espalhar rapidamente. Caminhava pelos corr
omo o treina
e... ele está sem
mal. Até dizem q
ar que estavam errados, que tudo era um mal-entendido. Mas a verdade, essa verdade perigosa que nem eu queria
u fingia ler, e então ele apareceu na porta. Não disse nada, simplesmente me olhou. Foi o suficiente para que meu coração
m havia uma batalha. O que eu não sabia era que
o deveria olhá-la assim... e, no entanto, cada vez que a vejo, sinto que o ar me falta. Ela está jogando comigo,
inalmente, com aquela voz baixa qu
vazio. Eu podia sentir o calor do seu corpo mesmo sem ele me tocar, seu aroma mis
tinue me provocando assim -
a, embora minha voz vacilasse. - Eu não
perigoso. - Seus olhares, seus gestos, seus comentários..
s olhos, e soube o que
inteira vacila. Eu deveria me afastar, impor limites, ser frio. Mas quanto mais tento, mais me apro
erou. Uma parte de mim queria recuar, escapar daquela intensidade que me suf
o pulso latejando em seu pescoço, a tormenta contida em seus olhos. Era um homem marcado
al me alcançou. - Isso não pode continuar. S
também sentia o mesmo. E saber disso me incendiou com uma mistura perigosa de
o contra a ideia de abrir sua porta, de procurá-la. Mas eu não posso. Eu não devo. E
via sido aceso apenas por mim. Mas as palavras morreram na minha garganta. Só restava
corpos não se tocaram, mas a distância era mínima. Seus olhos cravaram-se nos meus, e o ar entre nós se tornou elétrico, carregado de u