es
e eu usava; à minha frente, o que restava de um homem. Um traidor - e traidores n
eu dever co
is outras informações você vendeu?
coluna. Mesmo com a mistura pegajosa
umado, mas não estava. Talvez nunca estivesse. Talvez eu
que ainda se mantinha aberto me fi
lessio... já
evagar, cada p
ontra a própria garganta. Eu o observava em silêncio, a l
squecer o que havia feito - e o que ainda faria. Mas a outra parte, a que carreg
por dentro. Inclinei-me sobre ele, tão perto
murei, a voz baixa, quase íntima. - Eles sempr
: medo não apaga a coragem de um homem, apenas a torce até o limi
ve, quase delicado. Ele estremeceu, e o silêncio qu
a vez... - minhas palavras descer
e as paredes respirassem junto d
ápido demais, nervoso demais. Eu já tinha visto
u pelo porão, seco, abafado pelo espaço estreito. O sangue jor
? - repeti, cada
vo, firme, implacável. Finalmente, as palavras escaparam entre soluço
Mas a outra - a parte moldada pela Família, pelo ol
ainda respirava. E, ainda assim, a maldita sensação de vazio me corroía
liano surgiu, a expressão inalterada dia
rio está lh
as mãos em um pano, tentando apagar a su
nte seguro. A casa onde vivo pertence ao patriarca da nossa família: Vittorio Moretti, meu pai. Mas o que isso sign
forjado desde cedo para isso: para me tornar uma lâmina afiada, fria, incapaz de hes
smo que, hoje, eu já não saiba mais quem
té a sombra do atraso é uma sentença. Subi do porão, deixando para trás o ar pesado, rançoso, impregnado pelo cheiro metálico do sangue, misturado a dejet
regular. Uma vida suspensa por um fio. E eu sabia que, mai
em valor. Talvez meu pai também me visse assim. Ainda assim, aqui, dentro destas par
meu pai via nela uma continuidade mais fiel do que em mim. Fria, implacável, ambiciosa - a filha que ele moldou para ser sua extensão perfeita. Eu a admirava em silêncio, mas também temia sua lealdade cega. Às vezes me perguntava se ela era minha aliada... ou apenas mais
iferentes demais para a linhagem Moretti - lembranças vivas de uma mulher que nunca conheci. Minh
roubou a esposa, o peso que lhe destruiu a única fraqueza. Cresci com essa culpa silenciosa, como um fantasma colado à pel
- disse Bianca, sem olhar
ia tocou meu braço, firme dema
rro. - Cuidado com o que diz lá dentro. Sabe como
sorrisos que esco
a. - murmurei. - Às vezes acho que não
o do gelo de Vittorio, mas havia algo mais: uma cente
com fraqueza. - retrucou. - Um
capava do escritório. E, enquanto atravessava a porta, não pude evitar a sensação de que B
da mansão, o olhar frio como lâmina. Eu sei que cada
a voz, mas cada sílaba pesa como um
e, e ele bate com a mão na mesa. O
repetir. Agora
nhas mãos, a maioria causada por ele mesmo, parecem causar-lhe repulsa. A roupa, marcada por manchas ainda mais recentes, carrega o rastro de outros fluidos, lembranças tangíveis da pessoa de quem eu estava arrancando informações. Cada cheiro, cada resquício, cada marca, era um lembrete de que eu fazia parte de algo que nunca po
ortante, carregada de autoridade -
a expressão impassível. Sei que qual
pam de sua boca como apenas um mero acontecimento comum de s
m instante, penso em recusar, em fugir, em quebrar tudo ao meu redor. Mas o que Vittorio faria? Me deixaria vivo? Ou apenas me transformaria em lembrança? O casamento não é questão de afeto ou escolha. É um
saindo mais baixa do que
faz meu coração acelerar. - Alessio, você é meu
pelos meus ossos. É um aviso. Um lembrete de quem manda. Cresci aprendendo a engolir
-se ainda mais -. Pelo poder. Pelo controle. Você é meu
. Sinto vontade de gritar, de cuspir verdades que queimam minha garganta, ma
cular, tentando medir c
e quem domina tudo. - Não há espaço para objeções. Você fará o que for
ocupar cada canto da sala. Para ele, minhas emoções não importam. Para ele, eu
cê faz escondido? - a voz dele escorre desprezo,
om homens, já estive com mulheres. Sempre cuidadosamente escondido. Sempre calculando cada passo, cada deslize, cada
er reação. Não posso ceder. Não aqui. Não nunca. Cada fibra do meu corpo gr
" Mas a voz permanece presa, e eu respiro devagar, contando cada segundo, medindo cada pensamento. Porq
o mundo que meu pai governa não tem espaço para fraqueza. E que
ontrolada contrasta com o turbi
ão aceitarão esse acor
ossa terminar. O impacto é seco, letal, e um estalo surge no meu ouvido enquant
aquele bando de cães imundos? - ele grita, cada palavra carreg
meu corpo quer reagir, mas a memória de anos de tre
ões? A dor lateja, mas a raiva ainda ferve sob a pele. Respiro fundo, controlando cada fibra d
cedi totalmente - não por completo. Cada músculo do meu c
ia desafiar o poder da Família
imento meu. Ele caça qualquer sinal de fraqueza, qualquer tremor escondido. E eu l
e desce, grave, carregada de ameaça. - Você
Um contrato. Uma prisão disfarçada de aliança. O ar se torna espesso demais, cada respiração me arranha por dentro. Quero gritar, mas engulo a
inaldi deve se casar com um descendente meu. Não foi especificado co
o meu redor, como se todo o salão se tornasse uma cela invisível. O no
permito. Sei que um único gesto fora de controle pode se
voz sai contida, quase um s
r no meu rosto o exato momento em que compreendo o peso da sentença.
Alessio
raiva se mistura ao medo, e ambos se transformam em uma chama abafada, contid
go da prisão que se fecha
da, como se acariciasse uma ferida aberta. - Mas não se engane, Alessio. Rebeldi
, como pedras amarradas ao meu
até que sua presença se torne sufocante, quase física. - Desde o dia em que nasceu, seu desti
ho a máscara inexpressiva. É um jogo de sobrevivência, e sei que, diante
alculadamente calmo, como um rei ente
em que suas emoções se tornarem visíveis... no instante em que alguém
inhas reações, meu corpo inteiro, como se quisesse me transformar em pedra. Um herdeiro obediente. Uma arma sem vontade
fria quanto meu olhar. - Farei o
ue agora se tornará meu destino. E eu? Eu não permitirei que esse destino me quebre. Apre
ele gosta de ver, calculista, impenetrável. Por fora, a máscara perf
o importa o casamento, não importa o jogo, não importa quanto sangue ele espere
enas um tabuleiro. E eu? Aprendi