seus ouvidos, um som que a lembrava de que estava viva. Viva de novo. A memória da dor, do sangue e da escuri
dentro dela, tudo era diferente. A ingenuidade tinha sido espancada até a morte naquele pátio de prisão. A
nou, impaciente com o silêncio
s parte do seu cotidiano de miséria, agora era o cheiro do ponto de
meira vez na vida, não havia medo em seu olhar. Havia algo mais,
palavra saiu firme,
a a encarou, chocada. O Tio Santos franziu a te
ele rosnou, levantand
. "Eu não vou colocar meu nome nisso. É golpe, e eu n
ria. "Sua vagabunda!", gritou a tia, levanta
aram como empregada de graça por anos? Me deram as sobras pra comer? Me bate
. Ela o encarou, pronta para o golpe. Ela já tinha sentido dor pior. Muito pi
le a alcançasse, uma o
acontece
no pescoço. Paula era um ano mais velha que Maria, a filha única e adorada, a "princesinha" da casa. Sempre
e Maria, uma beleza simples que nem as roupas velhas e o cansaço
para Maria. "Estamos oferecendo a ela a chance de uma vida, d
ela do notebook. Seus olhos se arregalaram ao ver os gráficos
la perguntou, o interes
Tio Santos, baixando a mão, a atenção desviada de
lmamente. "Sou esperta o suficiente
ue não tem ambição, Maria. Vive aí se arrastando pelos c
nome novo", explicou a m
sempre se considerou mais esperta, mais merecedora. Se havia dinheiro fácil
dida. "Use o meu nome. Se a Maria não
s e depois satisfeitos. Era ainda melho
", perguntou a mãe,
prar minhas coisas, um celular novo, viajar. Co
arota! Inteligente, ambiciosa. Não é como umas e o
ixar vaga, pegando seus documentos e começando a preencher o cadastro, ni
estreito, entrou no seu quartinho na despensa e fechou a porta.
e. Era o sorriso sombrio de quem sabe o futuro. Ela sabia exatamente o que aconteceria com Paula. Sa
a o próximo bode expiatório. E desta vez, Maria não
s poucas posses dentro dela: duas mudas de roupa, uma escova de dentes e o ant
Ela não queria estar por perto para ver. Sua vingança não era ativa, não era violenta. Era passiva. Era simplesmente sair
e entrou, e pela primeira vez, pareceu o ar da liberdade. Ela jogou a mochila para