cidade grande. O sol estava se pondo, tingindo o céu poluído com tons d
casas amontoadas umas nas outras. Era uma favela, não mu
ção cega. Ele não via a pobreza e o desespero. Ele
anco. "É aqui que tudo começa. Adeus, vida de pobre. Tia
em frente a uma casa de aspecto sombrio, com o
la disse, a v
..." Pedro começou, a con
não gosta de receber gente na porta da frente,"
da casa. No fundo, havia uma espécie de edícula, comapertado, abriu a porta antes mesmo de batermos. Era a capanga de Tia
sse, sua voz era como cas
te é o Pedro, o garoto de quem te
do parecer impressionante. "Prazer em conhe
o com um olhar desdenhoso. Entã
ocê perdeu o juízo? Ele é m
sou forte! E eu não sou velho, tenho
não nos serve. Senhor Carlos gosta deles mais novos. Mais.
essão de choque e incredulidade em seu rosto era tão in
prometeu! Você disse que o Senhor Carlos era um empresário ric
e o que você queria ouvir, garoto. Você achou mesmo que a vida era um conto de fadas? Ricos n
los, sim. Mas não como um filho. Ele se tornou um brinquedo, explorado e abusado até não servir mais, e depois
talidade da verdade, a mulher m
garo
tempo," disse Tia Joana, me empurrando par
dolorosas. O empresário que me "adotou", que me trancou em uma gaiola de ouro, me exibin
, e para a escuridão que me esperava. A pequena vitória na estrada
çougue. "Ela serve. Leve-a para o quarto dos fundos. O outr
a, a voz trêmula. O terror finalmente
mulher disse, com um sorriso cruel.
em seu rosto. Talvez ele esperasse que eu
ntro, uma satisfação fria começou a se espalhar. Era apenas o com