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os e o coelho de pelúcia sem olho escapavam pelos cantos de papelão. Eu ainda não tinha coragem de fechá-la com fita po
s e riscava a parede com sombras compridas. Eu me ajoelhava para embalar os úl
todas em caixas? - A voz dela veio
ra a hora da conversa
tapete já enrolado. Ela se acomodou no meu colo,
empo exato de três b
ssou o dedo na aba rasgada da cai
zinha reclama do seu karaokê? - tentei brincar, mas a piada morreu antes d
: - Vai ter espaço pro
m. Mas não é só isso... - engoli o medo que su
ampada em cada traço infantil. -
os costureiros. - Sorri. - O nome dele é Dant
uma montanha de dúvida. - Se e
ela. - Leti... papéis não fazem um pai de verdade. Pai é quem cuida, quem tá lá nos aniversári
pensativa. - Ele vai
icas Dante consideraria "estratégicas". Mas percebi
ando um beijo no topo da cabeça dela. - Se em algum momento vo
despontou na voz dela. - E
i, mas seria ótimo se você mesma pergun
iso banguela e se
stido que vou usar pr
ve na barriga dela. - Agora corre pro ban
validade do "felizes para sempre", nem sobre as cláusulas que definiam meu futuro como se fos
a à co
banco traseiro, hipnotizada pelas luzes que riscavam a avenida como fios de neon. Quando o porte
cansado: cabelo preso às pressas, olheiras marcadas. Já Leti vibrava -
eiro de madeira nobre recém-encerada. E, bem no centro da sala de estar, Dante - impecável num s
e ele, voz baixa.
ímida. Dante se inclinou com u
isse. Ela apertou devagar, surpresa por ele se abaixar até a altura dela. - Prazer em co
sorriu. - Você é b
se um sorriso. - Terei cuidado p
revista: cozinha aberta com bancada de pedra, lareira a gás, janelas
a você, Letícia - disse ele, abr
da suave, cortinas brancas translúcidas, uma cama com dossel minúsculo de metal b
ois outro, atônita. -
m neutro, como se estivesse relatando números do trimestre. Mas havia algo no jei
ito ap
brinquedos agora?
mas Dante me corto
o esqueça de guar
ando plástico com energia. Dante
rsa de
ofereceu um copo d'água.
o hoje? - perguntei, olhand
ia - respondeu, mas a rigidez
ê seria o pai dela - c
sto do sofá, rangendo o c
braços, defensiva. - Não quero me
. - Mas também não quero que se sinta pri
surpresa. - Você ac
m os meus, escuros e sérios. - Não sei ser pai. Não sei ser ma
pela voz feliz de Leti ao fundo, narrando sua
visei. - Se tudo der certo, em
. - Se alguém descobrir nossa farsa, ela pode ser le
s palavras dele; não era compaixão - era uma lógica
ant
riar expectativas além do combinado. Mas a garota precisa
urgiu, trouxe o coelho de pelúcia s
- Ela estendeu um livro que ele mesmo c
como se pedisse permissão. Assenti, sen
ivro com cuidado. - Mas só se a Lu
nho: a menina, a assistente de olhos marejados
macia, percebi que aquele momento - nós três enroscados na c
se encontraria um lar, mas descobri
o entre medo e esperança. Talvez aquilo fosse só o primeiro ato de um teatro; talvez
ante Navarro - o homem que não se permitia sentir - acabava de dar seu pr