rnavam cada passo uma pequena tortura disfarçada de elegância. Mas naquela no
mentos cintilantes, como se cada riso escondesse uma lâmina. Era o tradicional baile beneficente da Alta Justiça, um evento tão cheio de hipocrisia qu
o, enquanto ajeitava a gravata frente ao espelho de moldu
e eles em jantares discretos. Empresários tremiam ao ouvir rumores. Jornalistas desapareciam a
omo se tentasse protegê-la da hostilidade do ambiente. Seu cabelo, preso em um coque baixo e preciso, deixava à mostra o pescoço delicado e a tat
eslizando sobre sua pele como serpentinas
eu mandando no mundo. Era como se o ambiente inteiro dobrasse levemente ao redor dele, como se a gravidade lhe obedecesse. Não disse uma palavraa barriga. Algo nela reconhecia aquele homem - não o rosto, mas a energia. Sombria.
o um sussurro rouco atrás dela, segundos dep
perfume amadeirado que vinha dele, sofisticado e penetrante, o calor d
nter a firmeza na voz, embora sua gargan
iu, estendendo a mão enluvada, o
ído com taças de champanhe e discursos sobre ética. Ninguém os observava. N
ace
lveu ao redor deles - música, luz, vozes - tudo se tornou pano de fundo para algo mais intenso. Eles dançaram como se fossem os úni
om os olhos ainda nos dela
perguntou, erguendo o queixo
s. - Você tem cara de ser o tipo de mulher que não deveria es
m sorriso curto, instável
a de alguém que d
om do riso pareceu ainda m
uestra, das câmeras e das palavras educadas. O céu estava limpo, como se soubesse da cena que s
entando recuar, sentindo o sens
eza pela cintura, como quem
inda
ranhos... a não ser que sua alma reconheça algo que sua mente ainda não entende. Foi como se mu
e afastou, com os lábios trêmulos, o cor
não sei
ainda na cintura dela, o olhar como u
lhor
como uma sombra que nunca esteve realmen