em da
es é mera coincidência. A classificação indicativa dessa obra é recomendada para maiores de 18 anos. Esper
ações que podem gerar gatilhos men
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lia era muito apegada à vida eclesiástica, cumprindo todos os ritos com extrema rigidez. Toda a infância dela se resumiu aos seus pais obrigando-a ou forçando-
fingindo que estava prestando atenção no homem engravatado e bem alinhado falando sobre os próximos eventos que ocorreriam na igreja e que demandaria apoio de todos os membros para que tudo funcionasse da melhor maneira possível. Quando finalmente, a reunião chegou ao fim e todos foram dispensad
e é Daniel! Q
- ela respond
daqui? Nunca tinha
razem... q- quer dizer,
foi no nosso grupo de e
é isso? - Esther s
gem da Bíblia. É bem legal porque a gente tira muitas co
para ela. Ela começou aos poucos a se distanciar dos jovens daquele grupo, aquilo havia se tornado algo maçante, como se ela não se encaixasse naquele local e que estava al
ar o que pensava, já que sabia que seu pai sempre falaria algo para ela em tom prepotente, como quem estivesse dando sermão sobre o "certo" e o "errado" e como ela sendo uma adolescente cristã deveria se portar. À sua mãe, cabia a tarefa de "moldá-la" conforme os padrões da igreja exigiam, saias longas ou abaixo do joelho, camisetas e/o
que, na cabeça de sua mãe, a moda era uma das artimanhas do demônio para que as mulheres seduzissem os homens. Quando Esther tentava expressar sua opinião contrária ao pensamento de sua mãe, ela era hostilizada de forma que seu pai, não raras vezes, utilizava-se do recurso "apanhar para aprender", já que nas p
niel, o jovem que a convidou para o grupo de
ros, Esther? Estamos tendo debates m
abeça em direção ao chão - Vocês me pediam pra falar e eu... n
se? A gente não ia forçar você! - Esther levanta a cabeça e olha s
u não - ele esboça um leve sorriso e olha para ela. Esther continua a olhá-lo, sem esbo
iu. Chegou ao seu quarto, tirou aquelas roupas pesadas e desconfortáveis, colocou um pijama leve e deitou-se. Fechou os olhos por alguns minutos. Se sentia estranha, não sabia como. Veio a imagem de Da
icação de mensagem do seu celular. Sua melhor amiga e confidente des
? Não manda mais mensagem pra
spondi mais cedo porque meus pais n
s insistem nisso? Eles não v
nunca vão me deixar em
udades de você, miga! Podemos pensar sobre o seu
Eu sup
aqui, miga! At
mar rapidinho e log
ojis feli
r pretos surrados. Passa pela sala onde seus pais estão e avisa que vai passar na casa da Madu. Eles permitem, ela
de! Essa amiga dela não é flor que se
, mas o que vamos fazer? Não podemos cont
ria tanto que ela fizesse amizades por lá! Não entendo essa resistên
ha! Pra que ela não se perca e não ceda às tentações desse
o líder! Vamos falar a ele toda a n
a vida secular e espiritual da família, cujo nome era Oséias. Como sabiam que ele tinha muita demanda
ajudar? Líder O
é o irmão Pedro,
rmão Pedro! O que
á se envolvendo com as pessoas erradas e eu temo que ela se desvie! Por fav
ração, mas eu sinto algo muito forte me dizendo que eu preciso ir até vocês! Acr
re como vamos lidar com a resistência e a indiferença da nossa fi
seu corpo e seu rosto, fazendo-a esquecer um pouco do desconforto e do sentimento de estranheza que tinha vivido naquele dia. Finalmente, ela chega ao seu
com você? A Madu disse que você viria! -
ntar e por se importar tanto assim comigo! - Esthe
lgo, estarei aqui embaixo, é só me pedir! Vou deixar vocês à vontade e com toda
m ver a melhor amiga, dá um leve gritinho e a abraça bem forte. Esther, embora gostasse dessa forma de demonstrar carinho da amiga, ficav
ia que criar a filha de maneira que ela pudesse fazer suas próprias escolhas, traçar seu próprio caminho, que ela não precisaria depender de outras pessoas para alcançar seus sonhos e sua felicidade
e colocar em cárcere privado dentro da igreja c
que se disponibilizava e se interessava em ouví-la. Nos momentos mais difíceis e caóticos de Esther, ela tornou-se seu porto seguro. Podia contar a ela sobre os mais diversos temas, que eram "assuntos proibidos" e/ou tabus para os seus pais, pertinentes à realidade que ambas vivenciavam naquele momento da vi
ias, novas oportunidades! - Madu diz de forma enfática e empolgada - Até
z de forma apática - Você não os conhece e nã
Eu só ia mandá-los para aquele lugar e ainda ia esfregar umas verdades na cara
sas? - Esther pergunta dando uma l
seu marido não tá dando conta! Fala pra ele se ocupar menos na igreja e dar mais atenção pra vo
? - pergunta Esther com um semblante surpr
ro, trate de fazer com uma certa frequência pra ela parar de falar merda!" - Madu começa a rir alto, e
você falaria assim? - Esth
m! - Ela se senta de forma displicente na cama - Afinal, você não quer s
ao seu rosto com os seus narizes quase se encostando. Ela passa a mão direita pelos cabelos de Esther de cima a baixo, percorrendo depois o seu rosto delicad
o para Esther como se estivesse tentando alguma investida, mas que não havia sido percebida e nem entendida por ela. Esther permanece com um semblante d
cabado de acontecer ali. Iria levar um tempo até ela digerir tudo aquilo. Madu está olhando para o chão, com as pernas arreganhadas como se estivesse tentando dar um tempo para E
e o quanto eu me preocupo com você! - Esther finalment
ther volta ao seu semblante apático e distante, proferindo
ro que você seja feliz nessa vida! - Mad
se despedir. Esther desacorrenta a bicicleta, sobe sobre ela, dá um leve aceno de longe e parte. Após retribuir o gesto, Madu e sua mãe entram novamente, Dona Fátima percebe o semblante entristecido da
ocê vai entender? Tudo por causa daqueles seus pais retrógrados e "quadradões"! -
sentimentos... confusos... estranhos... novos... muitos ela ainda não sabia descrever e nem se lembrar se havia sentido algum deles antes. Talvez tivesse sentido, mas não com aquela intensidade... como uma torneira que es
uito agradável. Se depara com o líder Oséias saindo pela porta pri
ha de cima a baixo como se a estivesse j
- Esther se espanta com o
na igreja... - Ele responde enquanto Esther fica sem reação, não sabia como responder - Mas, não se preocupe
a antes que fique tarde! - E
Já estou de partida também!
ncontra os seus pais sentados diante dela na sala de
! - Seu pai inicia a conversa - Pre
mãe pergunta em tom de reprovação - Você sab
vê-la... estava com saudades! - d
ntenda... a Madu não compartilha dos mesmos princípios que nós! - O pai dela fala em to
erfeitamente que essa menina não presta, e que deve se afastar dela se quiser se tornar uma mulher d
baixar o tom de voz... - ele tenta apaz
izade com essa menina! - ela vira o rosto em direção a Esther - Filha, queremos que romp
controlar até minhas amizades? Não veem que eu vivo um infer
inhos do Senhor e se rende às tentações deste mundo e à uma vida pecaminosa! E essa sua amiga vai
a mais comigo do que vocês dois que só querem me trancar em casa e me impedir de viver
TE BATER! EU SOU SUA MÃE, ESTHER! E EU MEREÇO RESP
TO DE ESCOLHA! AFINAL, VOCÊS NÃO ME RESPEITAM EM NADA DO QUE EU FAÇ
RMINAMOS! - A mãe dela grita com
azendo um barulho estridente. A mãe dela continua a gritar na sala pelo nome de sua filha em vão. A raiva a consome quase que totalmente
- Ele ainda não digeriu
raivoso e preocupado ao mesmo tempo. Ela conduz as duas mãos ao rosto e deixa a sala chorando enquanto balbucia: "nossa filha s
da vida eclesiástica e por eles assumirem cargos de destaque na igreja em que congregavam. Afinal, assumir os problemas que existem na vida é deixar claro o pecado que existe no seio familiar, conforme o que era pregado
18 anos, já que seu aniversário estava perto. E ela estava planejando uma saída com seus amigos de escola, principalmente Madu, que caminhava com ela
decidiram tomar uma atitude contra tudo o que ela havia planejado. Esther aparece diante deles com o vestido que havia comprado para sair e aproveitar o seu dia especial. Ela espera ansi
gir naquele momento. Está estática diante daquele jovem que ela não tinha nem um pouco de
ante do outro. Esther continua confusa olhando para o rosto dele sem proferir nenhuma palavra por um longo período de tempo.
no sofá ao lado de Esther e a cutuca. Ela se assusta e olha para a mãe com um semblante as
smo o líder do grupo de es
sem com a nossa realidade. Afinal, sabemos que não tem sido fácil ser
ens precisam se fortalecer mutuamente na fé para não cederem às tentações desse mundo perver
o dia em que fazia 18 anos! Uma raiva misturada a frustração e tristeza invadem seu interior. Ela sabia que seus pai
om relação às suas funções na igreja, seus estudos, suas ambições para o futuro e outros
rão um casal abençoado e veremos os frutos em breve! E saibam: é da vontade de Deus que vocês fiquem juntos! - Nesse momento,
edro de contatar os pais para avisar que sua filha não iria mais sair com eles, para dar lugar aos jovens da igreja que eram pessoas completamente estranhas e
iniciaram um relacionamento. Ambas as famílias insistiram e moveram céus e terra para que esse namoro acontecesse entre os dois. Assim como Esther, Daniel também ti
matérias que ele dominava e entendia bem. Depois de alguns encontros que tiveram nas vésperas de provas do ensino médio, Milena e Daniel trocaram alguns olhares e um interesse romântico começou a brota
, como uma tentativa de tirar Milena de sua mente. Mas tudo ia por água abaixo quando ele ia à escola e precisava se confrontar com a
ainda tentava uma aproximação com ela, sem sucesso na maior parte das vezes. O máximo que ele conseguia extrair de Esther era uma risada levem
so de inglês, Esther pega o celula
do seu "namoro". Ainda não acredito que os se
m choque, miga! Me aj
plano! Em breve você sairá daí! E ainda ter
miga! Sempre posso
alo do plano por aqui! Fique
Pode d
seus pais vão provar do próprio ven
tou ansiosa p
ver só! Esther finalmente vai
amento de Esther, Pedro tomou a iniciativa de colocar seus nomes nesse retiro, já que não aguentava mais o distanciamento emocional e físico de sua esposa, despertando nele inúmeros pensamentos e desejos sexuais reprimidos e intensos com uma certa frequência, que se intensificaram por conta dessa separação proposta por Rute. E aquilo começava a incomodá-lo e o obrigava a recitar orações no interior de sua mente com o intuito de afastar aqueles "pensamentos repugnantes e extremamente pecaminosos". Rute continuava na sua "regra" d
is de pessoas que professam uma fé pautada nas aparências e na imagem fictícia qu
Pedro afirma munido de sua
grita do andar de cima, de dentro de seu qua
e em um tom enérgico - Venha aqui se despedir de seus pais! - Esther bufa de
! Espero que o retiro s
te! - Diz Rute não muito convencida daquela despe
ovamente com nossa filha? - Pedro pergunta tentando mediar a
ingo e nem que não iremos ligar para o Conselheiro Espiritual dos Jovens para perguntar se você está f
r me impedindo de viver como sempre fazem! - Esther d
à Rute já impaciente com aquela conversa -
pega as malas e anda em direção à porta. Pedro se
ontinua a olhá-lo com o mesmo semblante indiferente e apático. Por de
carregam o porta-malas, entram no carro e finalmente partem. Esther faz um gesto de
ram? - Madu responde de
zinha aqui! - Esther res
festa! - Madu fala animadamente - P
miga! Vou cha
quem realmente queria. Ela troca de roupa e coloca um outro vestido que havia comprado há certo tempo sem os seus pais saberem, pois tinha certeza de que sua mãe reclamaria pelo vestido ser justo, curto na altura das coxas e levemente decotado, algo que uma mu
casa que seus pais usavam para ouvir músicas gospel bem altas com o intuito de que toda a vizinhança também escutasse. Ela coloca em uma de suas playlists e aumenta o
meninas que são apresentadas como Beatriz e Nina. Elas conversam animadamente enquanto esperam os outros convidados que vão chegando aos poucos.
da vida. Todos ali com idades entre 16 e 20 anos, ainda planejando, sonhando e começando a traçar a su
z enquanto gesticula com uma das mãos. Nina se aproxima de E
ther de forma maldosa - Tenha certeza de que você estará n
Nina? Dê um tempo para a menina! Ela não es
ir mais! E você, Nina, tenta ir com calma! - Aponta para Nina em tom d
a... não garanto que vou me "comportar" muito, se é que me entende! - Dá uma pisc
- Olha para Nina como se est
tindo tão sozinha! - Nina responde com uma voz levemente embargada. M
do, mas emotivo e ao mesmo tempo esboçando toda a conexão que ambas tinham uma com a
gunta com as mãos no rosto de Nina
encontra a mão esquerda de Madu em seu rosto - Mas só esse beijo nã
para conhecer pessoas nov
pega uma garrafa de cerveja que está sobre a
reção aos outros adolescentes que estavam do outr
Esther está com o olhar arregalado e pede que ela se aproxime. A amiga se aproxima e ambas dividem
lgo a mais? - Ela des
sso de vez em quando, trocamos alguns selinhos e carícias uma com a outra, mas não temos nada estabelecido ou oficializado... - Madu coloca uma de suas mãos sobre a mão esquerda de Esther e complementa - ...a
sse fantasiado nada com sua melhor amiga antes, após ser assediada na
roximar ou tocar em você, vai se arrepende
pai que provocou nela um silenciamento desde a sua infância. Essa atitude de Madu era tudo o que ela precisava para ter certeza de que ela não era a única que sentia isso, já que ambas se aproximaram muito mais após esse trauma terrível sofrido por Esther, o que causou em Madu uma identificação por ela também ter sido abusada na infância pelo seu padrasto, logo depoi
e "se permitir" como sua amiga tanto falava. Ela contorna o seu braço ao r
abia se você sentia o mesmo por mim! - Madu no exato momento em que
a estalar no momento em que é interrompido por uma música que parecia descrever perfeitamente o que a
ndicador em direção à caixa
ha toca. Todos se entreolham com um semblante de estranhamento, afinal não estavam esperando por mais ningu
er companhia! - Esther não consegue disfarçar a frustração que sente. Nina
vê que estamos em
fazer! - Ele diz aumentando um pouco o tom de voz. Nina faz uma expressão de e
à Madu - ...ou vocês forem um trisal! - Ela dá um sorriso maldoso após essa fala.
sa? Você não passa de um puritano vendido!
a Rute me pediu pra ficar de olho nela, porque ela estava se envolvend
aparência de "certinho"! Esse namoro de vocês não passa de uma men
m! - Daniel se vê sem argumentos. Afinal, tudo o que ela falava era a mais
xa a cabeça em tom de vergonha - Só aceitei esse namoro com Esther
o, você vai atender as expectativas de todo mundo e nunca será feliz! - Aquelas palavras vieram como um raio pra cima de
u muito e o bolo chegou logo depois, Madu e Beatriz o carregaram e o colocaram sobre a mesa de centro. Todos cantaram os
aliza o desejo e logo depois sopra as velas. T
! - O coro continua a entoar
assou a tratá-lo com desdém, repugnância e exigiu que ele saísse de casa. E como consequência disso, veio o divórcio, obrigando Rute a mudar de igreja, já que sua reputação passou a ser a pior de todas e ela deixou de exercer os cargos de influência e precisou procura
estava na espiritualidade e na fé e profissionais especializados e terapeutas eram uma artimanha do inimigo para confundir ou enfraquecer os filhos do Altíssimo. No início, ele até conseguiu controlar o comportamento compulsivo, mas as recaídas se tornaram constantes e ainda deram
o divórcio, alegando que assim não iria se contaminar com "as impurezas deste mundo perverso". Então, não bastou outra alternativa para Esther a não ser morar temporariamente na casa de Dona Fátima
eira vez, vivendo da forma como ela sempre quis, construindo seu caminho e tomando as suas próprias decisõe
embra de mim? - Esther sente um l
Ela tenta não esboçar o d
as a ela, estou vivendo um sonho! - Ele olha para a frente e se depara com seu grande amor e sua namorada, Milena. A
ar que eu falo sim! - Esth
atenção à minha gata aqui!
oncluiu seus estudos e foi viver com Milena em um pequeno apartamento que conseguiu alugar graças a alguns trabalhos que fez com colegas de esco
Lorenzo e Miranda iniciaram um relacionamento após aquela festa. Carlos continuou com sua amizade com Viviane e algo começou a crescer entre os dois, mas ainda não tinha nada oficializado. Nina e Beatriz até começaram a ter algo, mas tiveram q
e só depende de nós e é incrível como a gente se força a acreditar que outra pessoa, as circunstâncias da vida, o poder que certas coisas têm sobre nós é que pautam a nossa percepção do que