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As Gêmeas Devem Morrer

As Gêmeas Devem Morrer

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Sinopse

Índice

O livro "As Gêmeas Devem Morrer" é repleto de suspense e muito mistério em volta de paixões ardentes, dramas e ação. As gêmeas Serena e Amanda Medeiros, duas irmãs de personalidades opostas, que se apaixonam pelo mesmo homem: Conrado. Serena fica grávida de Conrado, mas com ajuda de um plano para separar a irmã do seu amado, quem se casa com ele é Amanda. Anos mais tarde, o pai de Conrado, Amadeu Medeiros, completa setenta anos e fica pensativo por não ter um neto - desconhecendo o filho de Conrado e Serena. Por isso, Amadeu resolve tomar uma atitude drástica: reúne seus outros filhos, e diz que o primeiro deles que lhe der um neto, herdará metade de toda sua fortuna quando ele morrer, e a outra metade será dividida com os outros três filhos. Inicia-se então uma "corrida ao bebê". Conrado ao contrário dos seus irmãos não se importa com o dinheiro e não liga para a aposta, mas sua ambiciosa esposa (Amanda) faz de tudo para conseguir engravidar. Certo dia, Amanda descobre que não pode ter filhos e entra em desespero! Ela então decide que sua irmã gêmea (Serena) terá esse filho para ela, ocupando seu lugar na mansão dos Medeiros. Em meio a ameaças contra a vida de seu filho, Serena acaba se rendendo ao que Amanda lhe obriga a fazer. Mas alguém deseja a morte das gêmeas...

Capítulo 1 As Gêmeas Devem Morrer

SÃO PAULO... 1997.

Um fino chuvisco caia sobre a cidade, fazendo a temperatura cair. A Câmera focalizou nitidamente a mansão dos Medeiros. Era uma mansão sólida, esplendida, como daquelas que se vê no cinema.

Tudo muito lindo, muito perfeito, com um belo jardim na frente, para dar mais vida à mansão. Lá havia flores de todos os tipos, o cheiro delas perfumava a noite.

A lua prateada se exibia lá de cima, para todos os amantes apaixonados.

O rosto forte e másculo do homem ocupou toda a tela da televisão. Era um rosto bonito, de feições atraentes e marcantes.

Ao ver aquele rosto, Serena sentiu um forte impacto de emoção, ali dentro na sala de sua casa. Ela fixou os lindos olhos cor de mel no belo homem que parecia mais um astro de cinema, de sobrancelhas grossas, boca sensual e olhos verdes. Os cabelos dele eram negros e lisos como a noite sem lua. Ele media aproximadamente 1,87 de altura, e tinha um físico de atleta, um corpo bem malhado, como uma escultura bem talhada.

Vê-lo na televisão, através daquela fita de vídeo que a sua irmã maldosamente havia lhe mandado, somente para exibir a sua felicidade, fez Serena lembrar-se do passado.

Ela estremeceu de desejo só de lembrar, das sensações maravilhosas que o corpo de Conrado havia lhe causado. Foi tudo tão explosivo entre eles, tudo tão ardente, o gosto daquela boca se esfregando contra a sua, seu corpo, contra o dele, aquelas mãos fortes vagando pela sua carne, deixando-a em fogo! Foram momentos para nunca serem esquecidos, momentos marcantes para serem sempre lembrados.

Mas tudo aquilo era passado, tinha sido loucura entregar-se a um homem que ela tinha acabado de conhecer.

Na época Serena tinha apenas dezessete anos, e o sonho de encontrar o seu príncipe encantado e amá-lo eternamente. Tinha sido uma doce loucura da qual ela nunca se arrependeu!

Quando a câmera focalizou a esposa dele, descendo as escadas como se fosse uma rainha, Serena sentiu novamente aquele impacto, mas desta vez de ódio! Um desejo de se vingar daquela mulher que havia roubado os seus sonhos. Sonhos que ela havia sonhado; que com certeza seriam realizados se Amanda não tivesse atravessado o seu caminho. Ela era sua irmã, sangue do seu sangue, sua irmã gêmea, idêntica, mas diferente no caráter.

Serena era meiga e bondosa, completamente do bem, feita para ajudar quem precisasse dela.

Amanda era fria, maldosa e ambiciosa, feita para destruir qualquer um que fosse preciso.

As duas eram belas, cabelos negros e olhos cor de mel. Duas mulheres nascidas do mesmo ventre, mas completamente diferente uma da outra.

Novamente a câmera voltou a focalizar Conrado. Meu Deus que amor era aquele que ainda vibrava em seu peito? Nunca conseguiu esquecê-lo, tentou apagar aquele rosto de sua mente, mas foi tempo perdido, Conrado tinha entrado em seu coração para ficar, ela nunca o esqueceria.

-- Conrado... – murmurou ela com os olhos umedecidos. - tudo poderia ter sido diferente se Amanda não tivesse estragado todos os sonhos que eu sonhei para mim... Que eu sonhei para nós.

A câmera foi focalizando outros membros da família: Os outros dois filhos com as esposas, e a filha com o marido e por ultimo o aniversariante: Amadeu Medeiros. Ele tinha completado setenta anos.

-- Mamãe... – A porta se abriu, e Alexandre entrou com uma pasta nas mãos, estava vindo da escola. Serena sobressaltou-se e desligou a televisão, tirando rapidamente a fita de vídeo.

-- Nossa, filho o tempo passou tão rápido que eu nem percebi.

-- Já é quase meio-dia, mamãe. O que estava vendo?

Alexandre era um garoto bonito, de olhos verdes como os do pai.

Ele tinha dez anos.

-- Um... Documentário.

-- Sobre o que?—Interessou-se o garoto. —Eu posso ver?-- Alexandre foi em direção à mãe para pegar a fita, mas Serena, assustada, desviou-se dele.

-- Não! Eu tenho que devolver. Foi Carla que me emprestou. -- Serena correu para o quarto para guardar a fita, e ficou algum tempo encostada à porta com o coração batendo acelerado. Imagens do passado voltaram a sua mente, indo e vindo, cenas de momentos agradáveis passados nos braços de Conrado.

A campainha tocou e Serena apressadamente guardou a fita em uma caixa de sapatos, colocando-a sobre o armário de roupas, e foi ver quem era.

A visitante era Carla, e Alexandre já havia aberto a porta e conversava com ela.

-- Carla, minha querida! — As duas se abraçaram e trocaram beijos no rosto.

-- Serena você se esqueceu? — Perguntou Carla com um meio sorriso.

-- Se esqueceu do que?

-- Lembra que ficamos de ir hoje à costureira para você experimentar o seu vestido de noiva?

-- Gente é mesmo!—Ele levou as mãos à cabeça. —Como eu pude me esquecer de uma coisa dessas?

-- Alexandre, eu posso ficar sozinha com a sua mãe?—Perguntou Carla, alisando os cabelos do garoto.

-- Já sei, conversa de mulheres.

-- Esperto garoto. —Disse Carla com um sorriso.

Ele pegou a pasta e foi para o quarto.

-- você não está nem um pouco animada com esse casamento, não é? Não minta pra mim.

-- Amanda me mandou uma fita de vídeo, onde toda a família comemora o aniversário do pai de Conrado, só para me mostrar como ela está feliz, e eu... Infeliz.

-- Como aquela miserável foi capaz! Deus, que mulher ordinária! -- E o pior é que quase que Alexandre me pegou vendo a fita. Eu disse que a fita era um documentário e que foi você que me emprestou.

-- A sua irmã foi demais, amiga. Eu não sei por que não conta tudo a Conrado e diz a ele que foi com você que ele transou naquele elevador, e que daquela noite de amor resultou o Alexandre. Conte a ele que ele tem um filho!

-- Não! Eu não posso!

-- Mas você ainda o ama. Como você vai se casar com Marcelo amando outro homem, amiga?

-- Com o tempo eu vou amar Marcelo. Marcelo é um bom homem e adora Alexandre. E Alexandre também gosta dele.

-- Marcelo é um gato também. Mas o pai de Alexandre... Nossa ele é lindo, um espetáculo, por isso você perdeu a cabeça e se entregou a ele, sem ao menos saber o seu nome e nem ele o seu...

Serena deu um sorriso. Um largo sorriso.

-- Foi amor à primeira vista, amor à primeira vista.

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