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Máfia Salvatore

Máfia Salvatore

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Abri os olhos na esperança de que tudo não tivesse passado de um pesadelo e que Nathalie estivesse dormindo no quarto ao lado, porém a dor em meu corpo e o local estranho que eu estava eram a prova viva de que tudo era real. Eu Anelise e minha melhor amiga Nathalie tínhamos sido sequestrada, e por pior que fosse a minha condição naquele momento, o que mais me apavorava era que eu não tinha noção do paradeiro de Nath.

Índice

Capítulo 1 O Sequestro

Mais um final de semana chegou. Para muitos a sexta-feira é sempre ansiada, já para

mim é apenas um dos dias mais cansativos da semana.

Depois de uma tarde inteira na faculdade meu corpo cansado da fadiga da semana só pede um belo banho e meu colchão macio, porém não posso me dar ao luxo, depois da aula

desço direto no meu serviço.

Ter 21 anos e estar no penúltimo ano da faculdade de enfermagem para mim era um mérito e tanto, dentre meus 3 irmãos eu fui a unica que decidiu seguir o caminho difícil e cursar uma faculdade. Minha mãe Tinha se casado de novo há alguns meses e devido às circunstância decidi que era hora de

seguir sozinha, pra falar a verdade divido o aluguel de uma casa com minha colega do serviço, Nathallie.

Nathallie é uma garota de ouro, trabalhadeira e esforçada, quando decidi sair da casa da minha mãe, não pensei duas vezes em chama-la para dividir uma casa comigo, ela é 2 anos mais velha que eu porém eu acabo sendo a mais adulta de casa. Ela vem de uma família humilde

assim como a minha, más a diferença é que Nat é uma das filhas mais velhas então se sentia sempre sobrecarregada com as tarefas e despesas de casa, vir morar comigo foi muito bom para ela também.

- Boa Noite meninas. -Digo assim que entro na sorveteria onde trabalhamos, além de Nat, tem a Timna que sai uma hora depois que eu e Nathallie, durante essa hora somos o trio,

nos damos super bem, o que é um milagre, pois normalmente nos serviços agente sempre encontra uma rival, bom que isso não aconteceu entre nós. Timna é 2 ano mais nova que eu e

ainda mora com os pai.

- Anelise, ainda bem que você chegou pra comprar nosso lanche, estou faminta.

- Você com fome Nat? Não é nenhuma Novidade!. - Sabe aquela pessoa magra que come igual leão? Essas são Timna e Nathallie, agora eu nao tive a sorte de uma genetica dessas, quase não sou de comer e não sou magra como

elas, também não sou gorda, tenho curvas, pra falar a verdade tenho bunda e muita bunda, não é do tipo "mulher melancia", más também eu não me arrisco usando uma roupa muito colada,

pois chamaria a atenção facilmente, coisa que detesto.

- Não demore.-Diz Timna me entregando o dinheiro do caixa e praticamente me expulsando pra comprar nosso lanche.

O tempo estava meio estranho, a tarde tinha chovido e então a noite não estava um clima quente, parecia que ia esfriar a qualquer momento. Apesar de que aquele lanche seria minha janta, optei por comprar pão e mortadela.

Na sorveteria que trabalhamos não tem uma subdivisão onde tem alguém especifico pro caixa, outro alguém pra atender e outro alguém pra limpar, infelizmente cada uma tem que

atender, cobrar e limpar sua parte. Como o clima estava um pouco fresco o movimento de clientes estava um tanto parado.

Não precisei ir muito longe para conseguir o que jantariamos, logo estávamos desfrutando nosso singelo sanduíche.

- Lise, seu celular esta tocando.-Diz Nat me tirando dos meus devaneios, corri pra atender, era minha patroa.

Ligação on:

- Alô.

- Oi Anelise, como está o movimento ai? (patroa)

- Esta um tanto parado pela mudança climática.

- Eu imaginei, liguei pra pedir que fechem a sorveteria pra mim hoje, não poderemos ir ai, pode deixar as chaves na distribuidora ao lado.(patroa)

-Tudo bem, em qual horário posso fechar?

- Se der 22:30 e tiver parado pode fechar, preciso ir agora, até mais.(patroa)

- Ok, até.

Ligação off.

- Meninas esta combinado o almoço lá em casa amanhã?

- Claro Tih, estou curiosa pra comer essa lasanha que a Lise tanto fala.

- Vocês vão se amarrar na minha lasanha de frango com abobrinha.-Só de lembrar de um dos meus pratos favoritos já sinto água na boca.

- Então esta combinado, vão mais cedo pra gente ir no mercado pois eu não sei os ingredientes que precisa.

- Tudo bem, não se preocupe, eu devo ter alguma coisa lá em casa e levo também.

- Meninas, eu sei que vocês vão sentir minha falta mas eu preciso mesmo ir, preciso fazer janta pros meus pais ainda.-Diz Timna como sempre soando dramática.

- Mas já Tih, a hora passou tão rápida que nem vi.

- É verdade. O lado bom é que esta mais perto de podermos fechar a sorveteria e eu finalmente dormir.

- Nossa Lise você vive com sono, em plena sexta-feira, poderíamos marcar de sair um dia depois do serviço.

- Eu ainda sou a favor de dormir.

- Anelise!!! -Exclamaram em uníssono. Não pude deixar de gargalhar da cara que elas fizeram. Depois de nos despedirmos de Timna voltamos ao trabalho, como estava parado o movimento decidi dar uma geral na sorveteria, por mais cansada que eu estivesse nunca gostei

de ficar parada no serviço por muito tempo. O bom de não ficar parada é que as horas passam mais rápido.

- Nossa Lise já são dez horas! Que horas poderemos fechar mesmo? -Exclamou Nathallie, as vendas tinham sido poucas, pelo clima, más ainda teríamos que esperar por mais meia hora.

- Por mim fecharíamos agora, más vamos ter que esperar mais alguns minutos. -Assim que fechei a boca encostou um micro-ônibus com letras de uma igreja, pelo visto o regente

trouxe a criançada toda pra tomar sorvete hoje.

Esses pequenos clientes tomaram conta do resto do nosso expediente.

- Ufa! Achei que não acabaria mais de tantas crianças. -Diz Nathallie praticamente se jogando na cadeira.

- Pelo menos conseguimos alcançar a meta de vendas do dia, pois se não fosse essas crianças não tínhamos chegado nem perto.

- Verdade, agora o jeito é esperar elas irem embora pra fechar. -Diz Nathallie apontando o relógio que já marcava 22:40.

As crianças demoraram ainda quase meia hora para entrarem no Ônibus e partirem. Nathallie me ajudou a limpar a bagunça que deixaram nas mesas do lado de fora e não sei como aquelas crianças conseguiram tomar sorvetes, a temperatura tinha caído mais alguns graus, não estava frio, más eu acharia útil uma blusa nesse momento. A rua estava mais deserta que nunca,

até mesmo a distribuidora ao lado que sempre ficava cheia de gente, hoje estava quase fechando de tão vazia.

- Essa é a nossa deixa pra partir. -Guardamos as mesas do lado de fora e fui fechar o caixa enquanto Nathallie organizava algumas coisas. Guardei o dinheiro no lugar de sempre e

olhei pra câmera de segurança que estava estragada há dois dias, decidi desconectá-las da parede e reserva-las num canto para que o patrão lembrasse de chamar um técnico. Estávamos recolhendo os lixos do fundo quando ouvi barulhos de clientes entrando.

- É sempre assim, na hora de fechar aparece clientes até do arco da velha!. -Exclamaou Nathallie sem esconder sua irritação.

- Não se preocupe eu atendo, você termina de recolher enquanto isso?

- Claro, diga que estamos fechando e que sorvete só se for pra levar.

- Ok. -Assim que cheguei na recepção percebi que aqueles clientes eram diferentes, talvez seja porque eles eram tão altos quanto um poste e estavam todos de ternos Armani e estilos "homens de Preto".

- Este estabelecimento esta fechado agora!. -Disse um moreno robusto, o cara era tão alto que fez meus 1,60 se parecer uma anã perto dele.

- Na verdade estávamos fechando sim, más posso atender vocês primeiro se quiserem.-Respondi olhando pra cima para enxergar o rosto do meu cliente estranho.

- Muito engraçadinha você mocinha, ele disse que esta sorveteria esta fechada e não pedimos sua opinião!. -Me assustei com o tom de voz do outro homem estranho que estava ali, foi então que reparei as portas da sorveteria, elas estavam realmente fechadas, não me lembro

de tê-las fechados, muito menos de tê-las fechadas deixando esses 10 brutamontes presos aqui dentro comigo. Quando a minha ficha caiu que aquilo era um assalto fiz o máximo para me manter calma e torcendo para que Nathallie não aparecesse aqui agora.

Dei a volta no balcão e caminhei até onde tinha guardado todo o dinheiro, peguei e caminhei de volta aos homens amaldiçoando mentalmente o dia em que as câmeras de segurança pararam de funcionar.

- Isso é tudo que temos senhor. -Disse tentando soar calma e entregando o bolo de dinheiro que tínhamos das vendas. Ao retornar para a recepção notei que eles já estavam sentados em circulo numa espécie de reunião, eles falavam inglês e por sorte (ou azar) eu sabia essa língua e entendi, eles estavam negociando um descarregamento de armas e drogas que seria realizado em algum lugar dessa cidade. Ao verem que eu ouvia o que eles falavam o primeiro brutamonte se levantou e caminhou bravamente até mim, confesso que me encolhi de medo, minhas aulas de May thay, king box e jiu jitsu estavam em dias mas era muita covardia eu sozinha enfrentar 10 brutamontes.

- Acha mesmo que temos cara de ladrãozinho de esquina?! Você realmente não faz ideia de onde você esta se metendo mocinha.

- M.me desculpe, e...eu achei que fosse um assalto, eu juro que não sabia que vocês contrabandeavam armas ilegais e drogas!. -Respondi gaguejando miseravelmente. Eu e minha boca grande de mais, os brutamontes se entreolharam e isso me assustou. Merda! Eles achavam que eu não falava inglês, agora eu sei o plano deles e sou uma ameaça, mas que droga, porque eu não deixei minha boca fechada?!.

- Então você entende inglês!-Isso foi mais uma afirmação que pergunta, abaixei a cabeça e finalmente decidi me manter em silêncio.

- A mocinha sabe de mais, precisamos dar um fim nela!- Diz um brutamonte com cara de japonês e um sotaque estranho.

- Não, por favor, eu não sei de nada, eu juro que não abro minha boca pra falar nada disso, por favor!!!- Comecei a tagarelar deixando o desespero tomar conta de mim.

- Fique quieta! Não temos ordens de homicidio, vamos levar ela pro chefe e ele decide o que fará com ela!

"Chefe", droga, minha situação não tem como piorar!!! Pensei, porém o destino tratou de me provar que eu estava errada instantaneamente.

- Nossa Lise, mas que demora, já até terminei de catar os lixos sozinha! - Diz Nathallie pra minha decepção entrando na recepção sem notar nossos "clientes". Poxa Nathallie, você tinha que aparecer justo agora!? eu ser levada pra esse tal "chefe" já é torturante, agora ver a Nathallie ser levada também já é de mais, até porque ela não ouviu nada e não tem culpa de nada.

- Nathallie acho Melhor você voltar lá pro fundo. -Digo baixo somente pra ela ouvir.

- Porque você esta sussurrando!? Alias, porque você fechou a sorveteria com esses clientes aqui?!- Nathallie não controlou sua boca e acabou chamando atenção dos brutamontes que a analisaram e se entre olham de novo, essa não.

- Esta encerrada essa reunião, vamos seguir com o plano". -Diz o que parece ser uma espécie de líder. Eles se levantaram e se cumprimentaram apenas com leves acenos de cabeça permanecendo suas feições sérias.

- E as garotas? Vamos mata-las aqui mesmo? Assaltos com vítimas fatais são comuns nessa regiao, ninguém suspeitaria de nada!

Nessa hora Nathallie se deu conta da situação em que estávamos e correu pro meu lado demostrando pânico em seus olhos.

- Como eu disse anteriormente, o chefe não deu ordem de matarmos ninguém, vamos levar as garotas e ele decide o que fazer!. -Dito isso Nathallie entrou em uma certa crise de pânico e choro, não é como se eu não estivesse em pânico também, más eu precisava ao menos fingir ser forte, pela minha amiga.

- Vocês vão fechar a sorveteria normalmente e caminhar pra dentro dos carros pretos que estão na segunda esquina daqui, entendido?! -Perguntou o líder. Simplesmente não tinhamos palavras para responder, não é como se eles estivessem nos dando opções de escolha.

- É Melhor não tentarem nenhuma gracinha porque estamos armados com mais de uma arma, e aqui ninguém vai pensar duas vezes antes de explodir os seus miolos, então é Melhor fazerem o que eu estou mandando!!!

Coloquei minha mão sobre o ombro de Nathallie e a guiei para fora da sorveteria, fechamos as portas e ficou 2 brutamontes para trás certificando-se de que não tentaríamos fugir. Deixei as chaves da sorveteria na distribuidora sem dizer uma palavra e permiti que os caras

nos guiasse ao carro, era um prisma preto fosco de fumê 100%. Cada vez que nos aproximávamos do carro eu podia sentir o pânico subindo nas minhas veias, mas continuei me mantendo forte pela Nathallie que estava agarrada ao meu braço sem esconder as lágrimas.

- Lise, agente vai morrer!. -Ela disse mais afirmando que perguntando, ouvir sua voz desesperada me fez querer ficar mais forte por ela, ela não merecia estar nessa situação, nem eu na verdade.

- Não amiga, agente não vai morrer, agente vai sair dessa, eu prometo!. -Não sei se ela percebeu pelo meu tom de voz, mas eu estava tentando convencer a mim mesma do que eu tinha dito.

Lá no fundo eu tinha a sensação de que não sairíamos dessa tão cedo, esses caras eram grandes e perigosos, realmente eles não eram apenas uns ladrãozinhos de esquinas, tinha mais medo de descobrir o que eles eram.

Fomos colocadas no banco de traz do carro e assim que entramos colocaram um saco preto sobre nossas cabeças e algemaram nossas mãos, nesse momento Nathallie já estava gritando em desespero, confesso que eu estava quase fazendo o mesmo que ela, más gritar só

estava deixando os brutamontes ainda mais furiosos. O carro saiu em alta velocidade assim que nos encontrávamos dentro dele.

- É Melhor você fazer sua amiga calar a boca ou então vamos jogar ela pela janela do carro!!!.-Berrou um dos homens nos assustando ainda mais.

- Nathallie, por favor, você precisa se acalmar!

- Me acalmar!!!? Eu estou preste a morrer e você me pede calma?!? -Exclamou ela em pânico.

- Confia em mim, se você não parar de gritar vamos morrer antes do que deveríamos!

- Onde eles estão nos levando? - Perguntou ela tentando controlar o desespero em sua voz.

- Eu não sei Nat, não faço ideia, más sei que já estamos fora dos limites da cidade. -E novamente eu acabei piorando um pouco mais nossa situação pela minha boca grande de mais.

- Você ouviu? A mocinha ali sabe se identificar com o caminho mesmo estando com o saco na cabeça. -Diz um dos homens entre eles.

- Essas garotas já estão me dando nos nervos, aplique logo uma seringa nelas antes que eu perca ainda mais a minha paciência!. -Essa não! Droga, porque eu nunca sei ficar calada!!!????

Não deu tempo nem de gritar ou pedir por favor, senti o líquido oleoso entrar em contato com meu músculo deltoide e minhas forças desaparecerem, não sei se desmaiei, morri ou dormir, más me permiti me afundar na escuridão.

Não sei por quantas horas ficamos desacordadas, só sei que acordei assustada e lembrando da Nathallie, onde será que esta minha amiga?!!!

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