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Tudo que eu preciso

Tudo que eu preciso

5.0
2 Capítulo
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Sinopse

Índice

Allyson Mazzini é uma garota destemida, inteligente e bonita. No seu último ano da escola Allie se vê em um beco sem saída. Com a morte de sua mãe em um trágico acidente ela e seu pai Otto tentam aplacar sua dor. Para Allyson, que sempre foi popular é uma luta esconder sua tristeza para o mundo. Com a vida dos dois desabando, os mesmos decidem recomeçar a vida em sua cidade natal na Itália. Matteo Ricci, o famoso problemático, egocêntrico que se acha o dono do mundo. Irmão do seu ex namorado - agora melhor amigo- Alex Ricci. Matteo é jogador de futebol, e após alguns acontecimentos o mesmo se vê obrigado a sair de casa e correr atrás do seu sonho de se tornar o melhor jogador de futebol. Quando Allie se vê em uma relação abusiva com o pai, a mesma decide sair da Itália e voltar para Boston para terminar seu último ano da faculdade de medicina, ela só não esperava encontrar uma das pessoas que ela mais odiou toda sua infância. Uma estudante de medicina e um dos melhores jogadores de futebol. Ela o odeia. Ele a amava desde a primeira vez que a viu. Ele é implicante. Ela é arisca. Mas existe uma linha tênue entre o amor e ódio... O que acontece quando se junta fogo e gasolina? Duas pessoas que juram se odiar, mas que no fim só nunca souberam demonstrar seus reais sentimentos. ESSA HISTÓRIA É TOTAL DE MINHA AUTORIA, PLÁGIO É CRIME! POR FAVOR, RESPEITEM MEU TRABALHO.

Capítulo 1 Prólogo

A primeira manhã de primavera em Boston estava sendo incrivelmente chata.

E eu estava me esforçando para não explodir de raiva igual uma criança birrenta. Eu tinha tudo, tenho simplesmente tudo. E aí por causa de uma discussão boba entre ele e minha avó, ele decidiu que tínhamos que ir embora do país... isso é patético e ridículo, até mesmo pra alguém como ele. Porque os adultos são tão imaturos?

— Allyson querida? Está pronta?- perguntou meu pai alto, eu como sempre tentei ignorar a tamanha pressa dele.

Voltei a me olhar no enorme espelho que tinha em meu quarto, e ajeitei aquela roupa que minha mãe escolheu com tanto carinho em mim. Eu não era tão fã de vestidos— confesso— preferia mil vezes usar uma simples calça jeans e um moletom bem grande por cima, é uma sensação bem mais interessante.

Mas hoje eu não podia, hoje eu estaria ocupada demais fingindo ter uma relação boa com festas. Era uma festa beneficente, dada todos os anos no início da primavera pela família Ricci. Sim, meus pais e a família Ricci se tornaram amigos depois que viemos morar aqui, e eu infelizmente terei de ir em todas as festas graças a eles. Não era tão ruim assim(a comida que serviam lá era maravilhosa) e eu tinha meu namorado lá...

Alex Ricci.

Era o filho mais novo do Sr. Ricci, futuro jogador de futebol como ele gosta de dizer. Ao contrário do irmão, Alex, era bom, era doce. Ele e eu nos damos bem, o Alex é tipo aquele namorado super protetor e engraçado, que sempre te faz sorrir nos piores momentos.

E eu... eu sei nem sei o que faço aqui, sempre fingindo ser essa garotinha feliz que meus pais desejam que eu seja.

É fácil fingir, mas é cansativo...

— ALLYSON MAZZINI- eu revirei os olhos quando meu pai chamou pela décima terceira vez, me obriguei a sair da frente daquele espelho e me despedir do meu quarto.

Meu quarto era um lugar bom para se estar, a cama gigantesca tinha vários travesseiros, a janela tinha uma vista privilegiada do jardim da nossa casa. Meu guarda roupa era grande, pois o tanto de vestidos que meus pais me davam, e os tons claros do quarto em branco e dourado o deixavam com o toque de luxo.

— Para que essa pressa toda? O senhor nem vai com a cara deles, e eles nunca nos vêem chegando- eu cruzei os braços e encarei meus pais. Já na ala de entrada, apenas esperando.

__ É o aniversário do Marco! Ele nos convidou e o mínimo que podemos fazer é chegar na hora- respondeu bravo, entrelaçando o seu braço no da minha mãe e nos levando a sair da casa.

Eu estava pronta mesmo, não reclamei. Aquele vestido vermelho de cetim ficava lindo em mim, meus cabelos castanhos estavam soltos e com leves ondulações nas pontas, em cima da minha cabeça tinha uma pequena tiara de prata, tão delicada quanto as outras que tenho.

— Você está linda, meu amor-minha mãe sorriu para mim e eu me mantive séria.

— Obrigada, mãe- eu respondi, lancei um último olhar para nossa casa e entrei no carro.

Ela entrou também, não disse nada ou olhou pra mim. Eu apenas fiquei no canto do carro e olhei pela janela. As ruas movimentadas e animadas de Boston, as lojas fechadas devido ao feriado, as pessoas sorridentes e algumas com caras de tédio.

O Sr. Ricci não era tão mal...

mas o passado deles era algo que assustava muitas pessoas. Os seus dois filhos, Alex e Matteo, eram os únicos herdeiros das empresas Gotham Car Club New York, e eu nunca soube o que houve com sua falecida esposa, sinceramente.

Não lembro muito dela, ninguém fala sobre. A única coisa de que me lembro, é que ela era bem reservada para uma ex-modelo, isso explica o fato de eu ter visto a mesma uma ou duas vezes. E faz muito tempo...

E eu não sabia também o porquê Alex e Matteo eram tão diferentes,um era um anjo, fofo, carinhoso, simplesmente perfeito... o outro? Um babaca egocêntrico, que só sabe transar, beber e xingar.

Tirando o fato que ele traiu todas as suas namoradas e ainda ficou com uma antiga namorada do Alex. Isso tudo para magoar o próprio irmão... eu achava isso horrível e entendia a diferença tão grande entre um e o outro.

Eu conheço Alex desde que vim morar em Boston, não só graças aos meus pais e sua grande amizade com a família Ricci. E eu sempre via o Matteo. Ele me via também, mas não falava comigo por sorte. Quer dizer... ele falava sim, mas não em um sentido bom, nada bom. Matteo era tão sombrio, que ele acabava se misturando junto às sombras da casa.

Eu o odiava tanto...

— Chegamos- disse meu pai, me fazendo sair do transe em que me encontrava. E eu observei a noite clara, o céu estava repleto de estrelas essas noite... a festa que duraria longas horas, com conversas, leilões para arrecadar dinheiro para as crianças carentes, bebidas, danças e um monte de gente falsa bajulando o Sr. Ricci

Tudo ali era falso. E eu infelizmente não podia confessar tais pensamentos a Alex. O quanto eu odiava seu irmão e as pessoas em sua volta. Pois sim, o loiro amava o irmão mais velho, dizia que Matteo era complicado, mas que o amava como todo irmão.

Eu sinceramente tentava entender isso, Matteo o desprezava, trava Alex como um nada, como um bastardo estúpido, como um tapete e um tapa buraco.

Todos aqueles pensamentos sumiram como fumaça quando foquei minha visão no meu namorado vindo na minha direção. Alex era realmente muito lindo, não é atoa que teve várias namoradas num curto prazo de tempo. Naquela noite, Alex estava usando um terno azul escuro, ele não usava gravata, porque segundo ele, elas o sufocavam. Por dentro ele vestia uma camisa branca social, no pulso esquerdo possuía um dos relógios que seu pai lhe deu de presente e no seu dedo anelar da mão direita a nossa aliança de compromisso e o anel que era do seu avô. Seu cabelo estava mais baixo desde a última vez que eu vi, deve ter cortado hoje mais cedo.

— Boa noite Sra.Mazzini, que bom que chegou- ele abriu um sorriso lindo ao me olhar— Sabia que você é a mulher mais linda dessa festa? Com todo respeito Sra. Melissa.

— Tudo bem Alex, vamos deixar vocês sozinhos. Comportem-se- minha mãe sorriu para Alex e foi com meu pai em direção ao Sr. Ricci.

— Obrigada, e boa noite pra você também- abri um sorriso para ele, observando seu novo corte de cabelo, tão diferente do mais velho — Que surpresa você não está cercado de garotas.

— Fugi delas a noite toda, estava à sua espera. Elas devem estar cercando meu irmão agora- ele sorri fraco, e eu virei meu olhar disfarçadamente para procurar Matteo.

Jesus, que cena horrível

Franzi o cenho com aquilo, Matteo estava lá, com Nicole De Luca e seus dois amigos insuportáveis. Santiago Bellucci e Valério Lodge. Nicole estava com um vestido lindo, tão colado que parecia espremer seus seios, mas continuava linda. Santiago e Valério fumavam algo escondido, e Matteo fingia considerar eles amigos de verdade, sorrindo e comendo Nicole na frente de todos apenas com um olhar.

Eu odeio aqueles quatros...

O céu começou a fazer a mais bela paleta de cores, a lua estava linda naquela noite. Tirei meus olhos da grande janela do salão e voltei a andar entre as pessoas.

— Allie?- eu conhecia aquela voz salvadora, Alex tocou meu ombro quando cheguei próximo ao meio do salão — Me concede o prazer dessa dança?

Eu arregalei levemente o olhar, dançar? Não é uma má ideia, a antiga Allie teria medo de atrair ainda mais a atenção de Matteo

Mas cresci, sei me defender agora

— Claro- eu abri um sorriso sincero para meu namorado, não me importando com os olhares que recebi no momento. Apenas aceitei sua mão me levando até onde todos dançavam uma alegre valsa, meio cafona, mas como é uma festa beneficente para comemorar o aniversário do Sr. Ricci, quem sou eu para julgar seus gostos.

Tudo ali estava animado, por incrível que pareça. Meu pai estava agora conversando animadamente com amigos, minha mãe também estava conversando com algumas amigas que ela fez durante os anos em que moramos aqui. As mesas unidas longas e largas estavam cheias de comidas, bebidas, pratos empilhados, vestidos lindos e longos e ternos caros para lá e para cá.

Além da música perfeita, doce e alegre. Fazia meu corpo com toda certeza querer girar e girar a noite toda.

— Eu te amo, sabia?- Alex disse sussurrando no meu ouvido, e seu próximo ato quase me deixa sem ar.

O loiro tocou levemente meu quadril, me puxando para mais perto e encostando nossos peitos. Em seguida, nossas mãos tocam uma na outra, segurando firme como se nós dois tivéssemos medo de cair na frente de todos. Alex colocou minha mão em seu ombro, a sua segurou a minha e a outra envolveu minha cintura. Começamos a dançar.

— Eu não sou bom nisso princesa, perdão -ele se desculpou — Faço aulas de etiquetas, mas só presto atenção nas aulas de história, dançar pra mim está fora de cogitação.

Eu soltei uma risadinha sincera

— Sério? Deveria aprender então lindo, um dia você terá que dançar com a sortuda que deseja pedir em casamento- eu abri um sorriso pra ele, e por algum motivo, ele também, mas de modo diferente.

— É, eu só me arrisco a dançar quando vale a pena, Allyson- brincou ele, sorrindo pra mim e me balançando pelo salão, girando e usando perfeitamente os pés.

— Meu nome soa tão bem saindo da sua boca -eu soltei, olhando em direção a sua boca.

Ele sorriu de um jeito malicioso, levou seus lábios até meu ouvido e sussurrou:

— Você acha? Allyson?- sua voz era rouca.

Eu estremeci, e meu corpo se arrepiou por inteiro. Sei que ele percebeu, pois soltei um suspiro, minhas costas se arquearam devido a provocação.

— Estamos no meio de uma festa, não me provoque assim- senti minhas bochechas pegarem fogo.

— Você fica tão linda quando tá corada- ele sussurra novamente no meu ouvido, e dá uma leve mordida no lóbulo da minha orelha.

Continuamos dançando por mais algum tempo, todos no salão prestavam atenção em nós, eu não gostava disso, porque isso significava que Matteo também estava me observando.

— Fique aqui, eu já volto. Tenho que entregar uma coisa para meu pai antes que a noite acabe- Alex segura meu rosto em suas mãos e beija minha testa.

— Tudo bem, eu vou esperar você no jardim dos fundos. Sabe, não gosto de toda essa atenção em cima de mim- ele apenas sorriu e concordou com a cabeça.

Assim que ele sumiu no meio daquele mar aberto de pessoas, eu segui em direção ao jardim. Peguei meu celular para ver se não tinha nenhuma mensagem, mas não tinha, esqueci que as meninas estavam todas aqui na festa. Entrei nas minhas redes sociais, e a minha primeira foto que apareceu foi uma daquele babaca arrogante agarrado com Nicole em algum canto da festa.

— Você não devia andar por esses lados sozinha, princesa- me assustei ao ouvir aquela voz que me assombrava no meus piores pesadelos.

Resolvi ignorar e continue andando, mais não adiantou de porra nenhuma, por que ele começou a me seguir.

— Onde está seu namoradinho? Achei que ele nunca deixasse você andar sozinha por aí- ele pergunta, e novamente volto a ignorar. Mas então ele puxa meu braço com firmeza, me fazendo ir de encontro com seu corpo.

— Tire suas mãos imundas de mim- me soltei dele e dei um passo para trás.

— Allyson Mazzini, faz um tempinho que não te vejo princesa- o conto de sua boca estava sujo de sangue, deve ter brigado com alguém.

— Um privilégio para mim não esbarrar com você, hoje com toda certeza não é meu dia- rebati.

Não tenho medo de você

Não sou mais aquela garotinha

Não tenho medo de você

Não sou mais aquela garotinha

Não tenho medo de você

Não sou mais aquela garotinha

— Você mudou, está gostosa- ele me olhou de cima a baixo, e senti ânsia de vômito.

— E você continua o mesmo babaca de sempre -digo firme e inexpressiva.

Ele riu, e se aproximou de mim. Me fazendo recuar dois passos para trás, o que fez ele estancar no lugar. Seus olhos começando a ficar nublados, frios. Ele travou a mandíbula, pude ouvir os ossos estalando.

— Um dia, pequena Allie, nós vamos nos ver de novo. Dessa vez mais velhos e eu vou fazer você entender algumas coisinhas.

Eu ia responder ele.

Ia mostrar que agora sei me defender, que agora sei usar minhas palavras. Mas Alex apareceu, e quando olhei sua direção novamente, ele tinha sumido junto às sombras do jardim.

— Achei você, com quem estava falando?

— Com ninguém importante, me leva pra casa?- ele sorriu e me deu um selinho rápido.

— Vamos, já falei com seus pais. Eles foram na frente, eu disse que levaria você em seguida- apenas assenti calada, dei uma última olhada pelo jardim e pude ver uma silhueta no meio das sombras, ele ainda estava lá….

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