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Prisioneira da recordação

Prisioneira da recordação

5.0
4 Capítulo
24 Leituras
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Sinopse

Índice

Era cedo demais para encontrar o amor. Mas aquele fogo que ardia dentro de meu peito não deixava dúvidas que sim, era amor! Ele era tudo que eu sempre quis, mas eu tbm era seu maior desejo também! A nossa batalha pra viver esse sentimento estava apenas começando.

Capítulo 1 Prisioneira da recordação

Eram 16hs quando minha mãe disse que a comida do gato tinha acabado e precisava ir comprar mais. Eu tinha apenas 11 anos, mas já assumia pequenas responsabilidades como ir ao mercado, padarias, etc... Coloquei um short e uma jaqueta jeans, calcei as melissas e fui!

Cheguei rapidamente ao mercado e logo fui atendida.

Enquanto aguardava que a moça pegasse o pacote de whiskas, notei um garoto sentado na cadeira giratória do caixa. Ele usava um conjunto verde com branco e usava tênis com meias.

Assim como eu, ele parecia ter apenas 11 anos também.

Eu fiquei olhando para seu tênis e quando levantei o olhar, senti como se nosso olhos tivessem se tocado. Eles pareciam que tinham se fundido um no outro e pela primeira vez senti algo extraordinariamente intenso acontecer dentro de mim.

_ Eu vou casar com esse garoto!

(Disse pra mim mesmo naquele momento)

Os meses se passarão e já era natal. Minha família costumava ir sempre a missa do galo nas noites de natal e de ano novo. Fazia pouco tempo que tínhamos mudado para aquela cidade e fomos para a missa de natal daquela noite.

Quando chegamos na igreja nos sentamos rapidamente e de repente vi aquele garoto sentado no banco atras do nosso.

Sempre fui muito dengosa e esteva meio que choramingando porque meu sapato havia feito um calo no meu pé. Foi aí que me escorando nos meus pais percebi que ele não tirava os olhos de mim. Era incrível como nos olhamos. Parecia que um fogo nos queimava e ninguém via. Como podia ser possível? Dois pirralhos de tão pouca idade, mas certamente dividindo uma conexão surreal naquele momento?

Entendendo que naquela idade só era permitido um olhar, saí de lá com o coração aquecido. Sentia que aquilo era algo mágico!

Sentia vontade de estar perto dele outra vez. De falar alguma coisa, pois precisava saber se realmente existia reciprocidade naquele alvoroço de emoções que nascia dentro de mim!

A minha cabecinha agora fazia um turbilhão de perguntas a si mesma a todo instante: como será o nome dele?

Aonde ele estuda? Aonde mora? Quantos anos será que ele tem? Como será que faço pra ver ele outra vez? Eu não fazia ideia de por onde começar a procurar. A única certeza que eu tinha era que queria ver ele outra vez.

Passado alguns meses, minha mãe convidou a vizinhança para comemorar o meu aniversário. Um mês depois, como demonstração de agradecimento e consideração, uma das vizinhas nos convidou para festa de aniversário do seu filho que se chamava João. Chegou o dia da festa de aniversário do João, entrei no salão para parabenizá-lo e pra minha surpresa, lá estava o garoto que eu tanto sonhava em reencontrar ao lado do João! Eu não cabia em mim de tanta felicidade!

Já não sabia mais o que falar, como agir, se deveria brincar ou se seria infantil de minha parte me juntar as outras crianças da festa para brincar.

Então criei coragem e perguntei:

_ Oi, eu vi você na igreja no natal. Qual é o seu nome?

_ Oi, eu sou Pedro. O seu nome é Hanna não é? Eu sou primo de João (João era o aniversariante daquela festa) e ele falou muito sobre você. Disse que você é a nova vizinha dele.

Naquela hora eu fiquei sem saber o que dizer. Mas não podia deixar de me posicionar:

_ Sim, eu mudei pra cá no final do ano passado. Você mora aqui perto também?

_ Mais ou menos. Minha casa fica a alguns quarteirões daqui, mas não é muito longe.

_ Ah, tá bem. Eu vou pra minha casa. Até logo!

_ Você não vai esperar cantar parabéns?

_ Não, já está tarde. Eu preciso ir.

Saí dali praticamente correndo. O coração não cabia dentro do peito e eu não sabia o que fazer. Achava que qualquer coisa que eu fizesse poderia ser motivo de risadas e achei melhor corre pra casa.

Ao olhar pra velocidade com a qual entrei em nosso quarto, minha irmã Briannah logo perguntou:

_ Hannah o que houve? Porque você está tão assustada?

_ Ah, Briannah é que... Acho que estou apaixonada!

_ É sério minha irmã?

_ Sim! Ele é o garoto mais lindo do mundo!

Dali pra frente meus lábios não sabiam pronunciar outro nome se não o de Pedro. De como ela era lindo, de como os seus olhos eram maravilhosos e quão educado ele era!

Eu descrevia Pedro como um verdadeiro príncipe encantado.

Falava em seu nome a todo instante e sonhava com seus beijos mesmo que os meus lábios jamais tivesse tocado os lábios de alguém.

Briannah já estava de saco cheio de tanto me ouvir suspirar pelo meu garoto dos sonhos.

Certo dia, João (o nosso vizinho que era primo de Pedro) veio nos convidar para o aniversário do seu irmão Joaquim. Ele era mais velho que Briannah e do que eu, mas Briannah achava ele um gato. Minha irmã já tinha idade para namorar e não ia perder a oportunidade de ir ao aniversário de Joaquim. Na hora que Briannah me contou para onde iríamos no sábado a noite meu coração ficou eufórico! Porque como João e Joaquim eram irmãos, certamente Pedro tbm era seu primo. Por tanto estaria lá na festa.

Ainda era terça-feira, mas eu buscava incansavelmente a roupa perfeita para reencontrar Pedro. Meu cadernos já tinha seu nome rabiscado nos roda pés e eu fazia ensaios em pensamentos de como iria falar com Pedro quando o visse outra vez.

_ Hannah, eu nem acredito que você está assim tão apaixonada. Você só tem 12 anos agora e a mamãe não vai permitir que comece a namorar alguém. Então não me faça ficar de castigo por causa desse garoto ok?

_ Tá Briannah! Eu só quero poder encontrar ele outra vez. Não preciso namorar. Ficarei feliz se puder pelo menos saber mais sobre ele.

Ele é tão lindo irmã!!

_ Vejo que o cupido realmente te visitou irmãzinha!

(Zombou minha irmã)

Olhe Hannah, não quero que você saia da minha linha de visão na festa do Joaquim. Caso isso aconteça, não te levarei comigo a nenhuma festa mais.

_ Pode deixar! Prometo que você não vai se arrepender!

(Dei um abraço na minha irmã, sai cantarolando pela casa e fui para a escola.

Assim que passamos dos portões Katiane me chamou. )

_ Sábado já é o aniversário do seu vizinho o Joaquim não é mesmo?

_ Sim. (Respondi sorridente)

_ Eu queria ser uma formiguinha só pra aparecer lá e ver quem é o famoso Pedro que você tanto fala! (Disse Katiane ansiosa)

_ Kati, vou pedir pra Briannah levar a máquina fotográfica dela com a desculpa de tirar foto de todo mundo reunido. Aí vou poder te mostrar quem é Pedro, o meu amor!

Nós rimos e seguimos para a sala de aula.

Durante toda a semana eu alugava os ouvidos das minhas amigas Clara, Thayse, Katiane e Gaby. Ninguém mais aguentava ouvir o nome dele, mas eu não cansava de mencionar e planejava mil formas de se aproximar e conversar com ele.

Enfim chegou o sábado!

Quando o dia amanheceu, sai da cama muito animada! A Briannah e eu ajudamos nas tarefas de casa e fomos ao shopping comprar o presente de aniversário do Joaquim. Aproveitamos a ida ao shopping para relaxar um pouco e comprar um vestido novo. A Briannah comprou um vestido azul escuro que ficava muito bem nela e eu comprei um vestido cinza em tons de degradê que ia do tom mais claro ao mais escuro. Tenho a pele um pouco clara, olhos verdes e cabelos castanhos. Briannah disse que o tom em degradê de cinza ficou muito bem com minha cor da pele e dos olhos. Como ela era muito bonita se vestia lindamente, aceitei suas sugestões pois eu me vestia como uma menina e naquela noite não queria parecer tão menina assim. Queria ser notada como a mocinha que eu estava me trocando. Especialmente por Pedro.

Quando a noite chegou nós já estávamos em casa e logo logo chegaria a hora da festa. Briannah começou a se arrumar lindamente e eu fui seguindo seus paços. Usei um pouco de batom bem delicado só pra realçar um pouco a cor do meus lábios, mas não deixei que Briannah me maquiasse. Na minha cabeça de menina a maquiagem era muita coisa pra minha pouca idade.

Era por volta das 20hs quando nós chegamos a festa do Joaquim. Meus olhos logo percorreram o salão em busca do olhar de Pedro, mas ele não estava lá. Parabenizamos o Joaquim e comecei a conversar com o João enquanto a Briannah já estava enturmada com outras garotas e garotos da idade dela que ela já conhecia. Antes de me deixar para ir se juntar as amigas ela disse baixinho:

_ Nao deixe de me mostrar o Pedro quando ele aparecer ok?

Eu concordei.

João e eu ficamos conversando e logo outros garotos se juntaram a nós. Entre eles, havia dois garotos que eram mais velhos do que o João e e tinha mais um de sua idade. Falávamos sobre jogos de tabuleiro e vídeo games, mas a todo instante eu olhava na direção da porta. Sentia uma enorme vontade de perguntar para o João cadê o seu primo Pedro, mas tinha vergonha.

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