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Re.nata

Re.nata

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Uma menina vivendo o pior da sua vida na infancia, perdendo tudo que mais amava e se despedaçando a cada golpe da vida. Ela encontra força na amizade e renasce atraves do amor, venha conhecer a historia de vida de Renata e descobrir que apesar das feridas o amor pode salvar, uma vida.

Capítulo 1 RENATA

Quando soou o alarme da Escola Municipal de Vila Álvaro, indicando o fim de mais um dia de aulas, os corredores rapidamente se encheram de crianças apressadas, seguindo para suas casas, entre gritos e murmurinhos, porém, na mesma velocidade, o que se fazia admirável, era o silencio que elas deixavam para trás.

Luiz era vigilante da escola a mais de dez anos e todo final de turno, ele verificava sala por sala, se tudo estava em ordem, depois voltava para a portaria, onde folheava revistas velhas e ouvia seu rádio de pilha antigo, que ganhou da mãe como herança de seu pai.

Naquele dia, após fazer sua função, algo lhe chamou a atenção.

Uma pequena garotinha, que ansiosa, olhava em direção à rua, com seus olhinhos atentos, como se esperasse alguém

Ele se aproximou com cuidado para não a assusta-la e perguntou:

_ Renata, tudo bem.

Ainda olhando para a rua ela respondeu.

_ Estou esperando meu irmão, mas acho que ele não vem.

Luiz foi até a calçada, olhou de um lado para o outro e não viu nenhum sinal do garota.

_ Calma, ele já deve estar chegando.

Ele disse olhando para ela, a garota se virou, pegou a mochila que estava no chão do corredor atrás dela e a colocou em um dos seus ombros, deu mais uma olhada na rua e decidiu.

_ Não, ele me esqueceu também na semana passada, já conheço ele.

Ela se virou novamente para sair e Luiz a interrompeu.

_Você não acharia melhor ligarmos para a sua mãe? Pode ter acontecido alguma coisa, não acho boa ideia você ir embora sozinha.

Ela parou, pensou por alguns segundos e disse.

_ Tio, não se preocupe, eu já tenho oito anos, sei todas as regras de segurança e minha casa é bem ali.

Ele riu da forma como ela disse, apesar da pouco idade, se demonstrava muito esperta.

_ Acho que não teremos problemas então, não é mesmo? Ele falou enquanto caminhava outra vez até a calçada, afim de acompanha-la.

_ Claro que não! Até porque minha mãe está muitíssimo ocupada, fazendo bolos deliciosos. Ela fechou os olhos e suspirou, imaginando o sabor dos bolos preparados pela mãe.

_ Sei, então cuide-se, para não deixa-la preocupada com você está bem.

_ Certo Tio, até amanhã! Ela acenou atravessando a rua para a calçada do outro lado e então correu para casa.

Ele a observou por alguns minutos, depois entrou e trancou o portão, preocupado, ligou do telefone da portaria para avisar a mãe de Renata que ela estava indo sozinha para casa, mas ninguém atendeu.

Renata sempre foi uma garota sem medos, ela enfrentava tudo sem receios, entretanto, Alice, Valentina e Pamela, meninas que estudavam na mesma classe que Renata, eram terríveis com ela. As três estavam sempre implicando com a menina, diziam que por ela ser morena, fedia muito e estavam sempre rindo do seu cabelo anelado.

Debochavam dela o tempo todo e apesar de não demonstrar, ela se chateava muito, por isso, Renata fazia questão de não cruzar seu caminho com o delas. para evitar o desprazer de encontra-la.

Naquele momento, ela seguia para casa atenta a tudo, ela se escondia entre os carros e as bancas de frutas que encontrava pelas calçadas, chegou a se assustar com crianças que sairam correndo de repente de uma padaria, mas continuou, enquanto seu irmão Diego, conversava com alguns amigos no único campo de futebol da região.

Envolvido com pessoas perigosas do bairro, ele se arriscava agindo dentro tráfico de drogas.

O campo de futebol estava abandonado a muito tempo, a maioria dos seus frequentadores eram jovens envolvidos com drogas e crimes bem pesados.

A grama estava alta, o vestiário depredado e as arquibancadas caindo aos pedaços, praticamente todas destruídas pelo vandalismo no local.

_ E então Felipe, como e quando será a ação? André perguntou, enquanto enrolava um cigarro.

_ Ainda estamos organizando tudo, sabe como é, o Chefe não quer erros. Felipe respondeu.

_ Eu ouvi dizer que qualquer vacilo será cobrado. Diego comentou.

_ Já imaginava, depois do que fizeram com o Lucas. André disse entregando o cigarro para Diego.

_ Que merda foi aquela, armaram para ele na covardia, o cara era nosso parceiro. Felipe lamentou.

_ Eu sei, mas foi acerto da chefia, não tinha como recusar. Diego disse ansioso.

Ele caminhava de um lado para o outro e as mãos soavam tanto que ele a todo momento as limpava na bermuda.

_ O que? Foi você? André perguntou não acreditando no que acabara de ouvir

_ Claro que não, tá louco! Foi o Robinho da Cinco. Vocês sabem que uma ordem é uma ordem, então nada de irem atrás do cara, ele não tinha saída, vocês entenderam? Diego explicou ainda inquieto.

_ Eu acho melhor sair fora disso, eu tenho filha, não dá pra ficar marcar bobeira por aí. Felipe disse entre um trago e outro no cigarro.

_ E vai fazer o que? Vai na Chefia pedir pra sair? Você sabe que não é tão simples assim,não sabe? Diego o alerta.

André estranhou a inquietude do amigo e resolveu perguntar.

_ Porra Diego, o que está acontecendo? Dá para ver que você está angustiado irmã.

_ É a dívida com a Chefia, Zeca disse que vou precisar fazer um favor para ele e em troca vai quitar o que devo. Diego respondeu preocupado.

_ Que história é essa? E se for uma cilada, como armaram pro Lucas cara? Felipe perguntou.

_ Eu não sei, mas se essa for a única forma de me ver livre deles? Eu só quero que deixem minha família longe disso tudo. Eu ouvi quando..

Ele parou de falar, estava pensando se deveria dizer ou não o que estava pensando.

_ Quando o que Diego? Felipe insistiu.

_ Quando disseram que... que se não encontrassem o Lucas naquele dia, era para pegar a Carol.

_ O que? Não, não. Você não está falando sério. Felipe se indignou e começou a andar de um lado para o outro.

Carol era irmã de Lucas, eles cresceram todos juntos, brincando pelas ruas da comunidade e era namorada de Felipe, a mãe de sua filha.

_ Eles não estão nem aí para isso mano, eles querem que você pague o que deve e se não paga com certeza irão cobrar de alguma forma. André explicou a Felipe.

_ Eu sei bem disso. Mas preciso tentar resolver logo essa situação. Diego disse cabisbaixo.

_ Desespero não ajuda em nada. A gente precisa pensar em alguma coisa. Felipe falou.

_ Não. Eu vou fazer o que ele está falando, afinal, eu não tenha outra opção. Só espero que tudo corra bem. Diego se mostrou conformado com sua sina.

_ Já pensou na sua família? Na Renata? Felipe perguntou a Diego que de repente se lembrou que teria que buscar a menina na escola e saiu correndo.

Ele pulou os bancos da arquibancada onde estavam e pegou a bicicleta no meio do gramado, pedalando rapidamente, ele sabia que se algo acontecesse a garota, a mãe jamais o perdoaria.

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Mais Novo: Capítulo 5 O AGIOTA   01-03 09:24
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1 Capítulo 1 RENATA
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4 Capítulo 4 SALVADOR
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