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Dama de Prata

Dama de Prata

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Sinopse

Índice

Uma releitura de Cinderella. No mundo corporativo, Cohen Archer domina o setor de tecnologia. CEO de uma das maiores empresas de desenvolvimento do país, ele divide hanking na coluna de solteiros bilionários mais cobiçados de Seattle.Todos sabem do seu império, mas poucos sabem que por trás dele está, Anya Amstrong. A secretária mais eficiente que Cohen já teve. Responsável por cada minuto comprometido do seu dia, e do seu café que só ela sabe como pedir. A vida de Anya resume-se em estudar e manter seu emprego para pagar a faculdade, por isso ela preserva seu profissionalismo, abrindo mão - Muita das vezes. - , até de si mesma. Seus colegas de trabalho a apelidaram de Gata Borralheira. E como no clássico, a fada madrinha da vez é Holly Price, estágiaria em uma famosa alfaiataria. Todos os anos a corporação Archer celebra seu lançamento tecnológico anual com um evento, e para entrar no contexto, a equipe do marketing planejou um baile de máscaras. Anya é claro não iria, se não fosse para ajudar sua amiga que conseguiu um vestido consignado. Muitas queriam uma casquina do anfitrião cobiçado, mas naquela noite, Cohen só tinha olhos para sua Dama de Prata, que surgiu como uma deusa entre a nuvem de fumaça no salão principal. Uma noite que jamais sairá da sua cabeça, então ele decide iniciar uma caçada, e contará com a ajuda da sua secretária, que fará de tudo para ele não descobrir que era ela, ou seu emprego já era.Tudo o que Cohen tem é uma etiqueta de uma alfaiataria, e ao comprar o vestido que fora usado por ela, ele não tem dúvidas de que veria sua Dama dentro dele novamente. Quanto tempo será preciso para Cohen notar que sua gata borralheira é a Dama que domina seus melhores pensamentos? E por quanto tempo Anya conseguirá fugir do desejo incontestável que seu chefe tem de reencontra-la?

Capítulo 1 Gata Borralheira

Anya Amstrong

"Eu vou ser demitida."

Foi só o que consegui pensar quando entrei na cafeteria e vi uma fila quilométrica para fazer o pedido. Isso porque eu estava exatamente dez minutos atrasada, dez minutos que virariam meia hora se eu tivesse que enfrentar aquela fila, não importa se meu pedido era para o dono daquele prédio, eu não tinha passe livre, mas eu tinha o Joe. O atendente que acenou pra mim com um sorriso, mostrando-me meu pedido já pronto no balcão de espera.

— Joe, você acaba de salvar a minha vida! — Disse entregando meu crachá a ele.

A cafeteria é conveniada da empresa, todos que frequentam aqui são funcionários da Archer e claro, convidados e estudantes que visitam todos os dias nossas dependências. Portanto, eu não precisava pagar em dinheiro, bastava que Joe encostasse meu crachá naquela maquininha, e os dois copos diários de café extra forte com dois quartos de leite cremoso adoçado com doce de leite e salpicado com canela, fosse descontado diretamente do meu salário. Ah eu disse dois, bem... isso porque o segundo era a porcaria de um café descafeinado.

Qual a lógica de beber cafeína... sem cafeína? Eu também não conseguia explicar.

Na minha cabeça é a mesma coisa que pedir água gaseificada... sem gás.

— Estão prontos desde às seis e quarenta e cinco em ponto. Esquentei quando vi você entrar correndo pelo saguão. — Brincou com um sorriso tímido de canto me devolvendo o crachá. — Sabe Anya, eu estava pensando se...

— Isso significa que tenho menos de cinco minutos pra chegar lá em cima. — Interrompi as pressas, pegando o combo de dois copos bem lacrados para aguentar a corrida. — Desculpe Joe, muito obrigado e até mais tarde.

Deixei o loiro de cabelos desgrenhados dentro da boina com logomarca marrom para trás. Agradeci pelo meu atraso, se não fosse isso eu teria que — Mais uma vez — explicar por quais motivos não posso me envolver com ninguém agora.

O motivo estava longe de ser algo relacionado a ele, pois admitia constantemente para Holly que Joe era um tremendo de um gatinho, mas seu estranho interesse em mim veio em uma época inoportuna. Estou no último ano da faculdade, minha vida está uma loucura com as penúltimas provas se aproximando e um TCC para começar a pensar, e esse dilema precisava ser resolvido nas minhas poucas horas vagas, pois, na maior parte do meu dia eu me encontrava aqui, dedicando minha disposição e tempo para organizar — e ser uma agenda viva. — , de Cohen Archer.

Ninguém menos, ninguém mais que a mente brilhante que move essa corporação iniciada pelo seu aposentado pai, que viu seu império multiplicar em incontáveis dezenas, talvez centenas de vezes depois que Cohen começou a administrar tudo. Não é um fato incomum saber disso, sua vida está estampada em todas as colunas e tabloides de fofoca, sejam elas com manchetes de "Bilionário solteiro mais cobiçado de Seattle" a "CEO implacável inova mais uma vez no mercado tecnológico."

Ele está em todas!

No começo foi estranho ver o rosto do meu chefe em todas as esquinas e páginas de fofoca que surgiam no meu feed. Era só abrir uma rede social e ele estava lá, ao lado de grandes empresários, modelos e até mesmo os donos das redes sociais, já que a corporação Archer atua na evolução desses aplicativos. Tudo bem que parte dessa exibição constante e exagerada tem a ver com os algoritmos devido as minhas pesquisas em todos os meios possíveis para estar por dentro dos planos de lançamento e expectativas de eventos que sim, eu precisava marcar presença.

São esses pequenos detalhes que garantem minha permanência irrevogável na vaga de secretária pessoal de Cohen Archer há quase dois anos, graças a um estágio da faculdade que me agenciou na empresa terceirizada que empregam os funcionários da corporação Archer. Uma vaga nada planejada e confesso, até um pouco movida pela sorte, já que de última hora, tiveram que mandar alguém para cobrir a última secretária demitida por ele e eu coincidentemente estava na sala do gestor preenchendo meus requisitos.

Sinceramente eu não sei o que Archer viu em mim, já que meu primeiro dia foi um completo desastre, afinal, o que uma estudante de publicidade sabia sobre algoritmos? Nada! Mas, eu tinha um copo de café extremamente doce na mão quando ele reclamou do seu que estava amargo, e consegui por suficientes quinze minutos melhorar seu humor até entender que minha única obrigação naquele dia, era não deixar ninguém entrar na sala dele, fato que eu impeço com meu próprio corpo e vida há quase dois anos, e minha principal ameaça a perder esse feito invicto estava bem ali, prestes a entrar na sua sala quando pisei meus pés no hall do andar presidencial.

Drizella Hummer, a modelo capa de todos os eventos de lançamento da Archer e claro, perseguidora nata de Cohen Archer.

Corri equilibrando os copos de café como se minha vida dependesse daquilo, e barrei a loira antes que ela conseguisse colocar seus dedos cumpridos e finos na maçaneta lustrada.

— Mas... de onde você saiu, porteira? — Perguntou com a voz estridente evidentemente irritada.

— Da vagina da minha mãe há vinte e três anos atrás. — Respondi afiada. Drizella fez uma careta. — Agora dá meia volta que nem eu entrei nessa sala ainda.

— Não até falar com o Cowl. — Contorci meu rosto com o apelido. — O Evento de lançamento da Archer está chegando e ele ainda não decidiu a paleta de cores, sabe o que isso significa? Que meu vestido ainda não está sendo confeccionado, e se por um acaso eu não estiver na paleta de cores da festa, a culpa vai ser sua.

— Nossa... — dramatizei minha entonação, encenando importância ao seu dilema. — Isso é um problemão, mas se nem eu sei qual é, então te garanto que o senhor Cohen sabe menos ainda.

— Para de ser cínica garota, e sai da minha frente. — Ordenou entredentes.

— Não, ninguém chega no Cohen se não passar por mim, já barrei muitos marmanjos, não vai ser seus um e setenta e seis de altura que vão conseguir. Volta mais tarde Drizella, o café dele está esfriando e se eu não estiver dentro da sala em cinquenta segundos, garanto que a paleta de cores vai ser bem fúnebre. Você não vai querer ir de pretinho básico vai?

Como se aquilo realmente fosse a maior preocupação da sua vida, a loira bufou e deu as costas, mas antes de entrar no elevador se virou de volta pra mim.

— Você é muito especifica com números e isso é assustador! — Reclamou, irritada não pelo fato, mas por talvez surgir efeito esperado.

— Sabe o que é mais especifico? Os centavos no boleto da minha faculdade, e acredite, eu gosto de ver os zeros no saldo devedor do mês depois que eu pago, faz os dezenove segundos que faltam para eu estar dentro da sala valerem a pena.

Drizella bufou mais uma vez e finalmente sumiu do meu alcance de vista. Suspirei recuperando a postura e finalmente me vi de frente para a porta exageradamente grande e assustadoramente preta e cinza espacial em um único detalhe de recorte da curva de Hipérbole em que brilhava tanto quando lustrado, que mais parecia um espelho. Esse mesmo design estava nos logotipos espalhados pelo prédio inteiro e qualquer coisa que tinha como criador e desenvolvedor, o nome Archer.

— É o seu recorde de quase atraso. — Despejou Cohen assim que entrei na sala. Ele estava digitando algo em seu notebook e os olhos nem se deram ao trabalho de me fitar. Agradeci, pois eu ainda estava acelerada pela corrida nada comum para uma sedentária assumida.

— Não seria se não tivesse que barrar a entrada da senhorita pavor por cálculos. — Respondi caminhando diretamente para o bar-café da sua gigantesca sala, onde abri seu copo térmico e despejei o pobre do café descafeínado em uma xícara, agradecendo por ainda estar quente. Em seguida, abri o meu e com a ajuda de uma colher descartável, misturei uma única colher no seu e caminhei com uma habilidade aprimorada de caminhar enquanto equilibrava uma xícara cheia até a boca.

— Eu ouvi. Isso me lembra de pedir para colocar acústico na porta, odeio aquele apelido! — Murmurou pegando o café da minha mão e bebericando, para então praticamente gemer aprovando o gosto da bebida. Cohen olhou por cima dos cílios e piscou, sorrindo ainda que seus lábios estivessem novamente encobertos pela porcelana branca.

Não preciso dizer que já tive sonhos bem quentes com esse mesmo sorriso prazeroso, mas encoberto por outra coisa.

Sacudi meus pensamentos começando a recolher os papéis espalhados pela sua mesa e enfileirado do seu lado, separando o que era lixo do que eu precisaria para ser lançado, dado baixa e agendado.

O fato é que a fama de Cohen não dependia somente do seu império e nome, ainda que ele não tivesse esses bônus, continuaria sendo um gostoso. Lembro da primeira vez que dei de cara com ele, vergonhoso é pouco para resumir esse encontro, pois pela primeira vez na vida eu esqueci como falava, eu esqueci meu nome, esqueci como andava. Tudo o que eu via eram incríveis íris negras que me fitavam debaixo de linhas endurecidas. Eu só não sabia que aquele era o Cohen CEO, propositalmente intimidador. Com a convivência, conheci aos poucos um homem ainda jovem que precisava usar suas artimanhas a seu favor, e para somente alguns, mostrava sua veia de humor presente atrás desse sorriso que poucos tinham acesso.

É claro que também não me lembro de como o conquistei, mas creio que foi quando admiti para mim mesma, que Cohen Archer era meu chefe, e uma linha invisível que limitava meus interesses foi estabelecida. Bem, pelo menos era nisso que eu acreditava, me comparando com as mulheres dando em cima dele, e o tratamento que elas recebiam. Cohen é maleável, e como disse, até sarcástico quando quer, mas é preciso saber que quando seu modo CEO estava ativo, seu fodido profissionalismo era quem respondia por ele.

— Não é tão ruim, se não fosse pelo fato de que seu nome é curto suficiente para não ser apelidado.

— Engraçado ouvir isso de quem tem uma letra a menos que a minha no nome e mesmo assim consegue ser apelidada. — Disse voltando a digitar freneticamente, sem tirar os olhos escuros da tela.

— E depois me perguntam por que sou tão especifica com números. — Murmurei empurrando algumas bolinhas de papeis para a lata de lixo. A mesa dele pela manhã era uma completa e inexplicável bagunça.

— Ser de exatas não significa que você precisa viver de exatas.

— Eu ouvi isso de um bilionário tecnólogo que vive de algoritmos? — Ironizei, arrancando uma risada gostosa abafada mais uma vez pela xícara de café na sua boca.

— Anya, nem eu sabia que o desenho da porta era uma curva da matemática. — Cohen se levantou de repente, caminhando até o bar onde meu copo ainda intocado de café descansava. — Ainda quero saber que mistura é essa que você chama de café, que é suficientemente doce para adoçar e saborizar o meu. — Disse pegando meu copo na mão e analisando.

Abracei as pastas empilhadas de trabalho que me ocupariam por uma manhã inteira e caminhei diretamente até ele, tomando minha bebida da sua mão.

— Não vai saber. Ainda acho que é essa mistura que segura meu emprego, e não o fato de eu saber que o logotipo da empresa é uma Hipérbole. — Declarei me retirando da sala, mas ainda antes de sair, Cohen chamou minha atenção novamente.

— Anya... — Virei-me equilibrando as pastas e o copo de café com uma mão só, já que a outra segurava a maçaneta. — Quem é Joe? — Perguntou forçando sua vista para ler algo no copo que eu jurava ter jogado fora. Quando ele finalmente me mostrou, vi uma inscrição em manuscrito do que parecia ser, um número de telefone.

— Deve estar pedindo emprego. Ele sabe que esse café é seu. — Mais uma vez ele riu, jogando o copo de volta no lixo, recostando-se no bar me encarando enquanto eu me esforçava para fechar a porta. — Eu vou matar o Joe!

— Agenda com o cara do acústico. — A voz do Cohen chegou abafada até mim, mas chegou.

Exprimi os lábios e larguei a pilha de de pastas na mesa, dando finalmente uma golada no meu café perfeitamente doce, mas não doce melado, doce na medida certa, pois o gosto predominante era do leite e o café, mesmo que ainda forte, apenas saborizava minha bebida que podia ser bebida quente ou gelada.

Meu dia não foi muito diferente de uma quarta-feira qualquer. Aprovei compromissos, confirmei presença em alguns eventos; Reuniões; Palestras; Até reiterar mais uma vez, que essa vida no cotidiano tem muito mais contras do que prós, afinal, do que adianta tanto dinheiro e status se não tem tempo para aproveita-lo de alguma maneira? A verdade seja dita, faz dois anos que estou aqui e já tive mais férias que Cohen.

Bem, deve ser por isso que ele é um bilionário e não eu.

Minha cabeça estava prestes a escorregar da mão já que eu apoiava o peso da mesa sobre os cotovelos na mesa, quando meu computador brilhou em um e-mail que ficava sempre em primeira tela. Era Cohen, e o assunto principal tinha como titulo "Caso ela volte". Quando abri o e-mail, avistei a paleta de cores que eu deveria entregar a Drizella caso ela voltasse, não tive tempo de dizer que estava curiosa, pois nesse momento eu estava mais surpresa e horrorizada do que qualquer coisa.

— Fúnebre? — Perguntou Holly boquiaberta olhando a paleta de cores que Cohen me enviou para enviar aos organizadores do evento.

Eu tinha acabado de chegar em casa após mais um dia de aulas noturnas, o único horário que me sobrava para frequentar a universidade. Holly geralmente já estava dormindo nesse horário, mas hoje em questão ela me esperava para uma noite regada a pizza e vinho.

Dividimos apartamento em um bairro próximo a universidade, e longe do meu trabalho, mas como chegar tarde é mais perigoso do que sair mais cedo, tive que definir minhas prioridades. Não tive tempo de contar a ela como foi meu dia, tampouco ressaltar um detalhe sobre o baile de mascaras que a corporação daria para celebrar seu próximo lançamento, mas acontece que Holly é atendente e assistente da Stella Valêncio, uma estilista francesa famosa com um único ateliê em toda Seattle, que estaria na cidade somente por causa da alta procura devido ao evento anual da Archer. Ela foi uma das estilistas entre as grandes marcas da alta costura que receberam a paleta de cores para preparar seus croquis e estoque de tecidos.

— Não é o tema do baile, Holly, só a paleta de cores entre cinza e preto. — Respondi bebericando meu vinho enquanto minha mão livre pescava outro pedaço de pizza no chão da sala onde estávamos jogadas.

— Mas você mesma disse que ele te enviou a paleta depois dizendo que adorou a ideia do fúnebre.

— Não peça que eu entenda um cara que toma café descafeínado. — Resmunguei já me sentindo zonza pelas duas taças de vinho. — Deve ser algum tipo de conceito, tipo moda de passarela que na realidade ninguém usa, você estuda e trabalha com isso, deveria saber.

— É faz sentido se ele quiser enterrar algum seguimentos ou produto. Vai entender. — Foi sua vez de dar uma longa golada no vinho depois de dar ombros. — Mas, e você vai usar o quê?

— Pijama. — Respondi, sabendo que ela tornaria a insistir pelo segundo ano consecutivo que eu deveria ir. — No conforto da minha cama aguardando pelo próximo dia útil caótico em que todos da empresa vão estar de ressaca.

— Para de ser velha, Anya, todo mundo do seu trabalho vai estar lá, menos você, gata borralheira. — Tirei a almofada do meu colo e lancei em direção a ela.

— Todos os funcionários da Archer vão estar, mas eu não sou uma funcionária da Archer, sou terceirizada pela agencia, portanto não tenho a obrigação de ir. — Declarei triunfante, brindando com uma taça no ar.

— Essa sua aversão a festas me da sono. — Disse ela se levantando para provavelmente ir dormir.

— Falou a pessoa que vai dormir até onze horas amanhã pois só trabalha meio período. Experimenta passar dezesseis horas do dia fora de casa, dormir apenas seis e ainda ter uma amiga cobrando vida social. — Falei enquanto ela já caminhava para o seu quarto.

— Depois não diga que não aproveitou nada da sua vida acadêmica. Festas em fraternidade? Nunca nem chegou perto. Estou avisando Anya, é seu último ano na universidade, vai se formar para provavelmente enriquecer os bolsos de outra pessoa igual você faz todos os dias facilitando a vida do seu chefe gostoso enquanto perde a sua.

— Uau, você me motiva tanto.

— Motivo? Bem, essa não era minha intenção. É seu último ano na faculdade, consequentemente é seu último ano como secretária do Cohen gostoso Archer. Sabe aquele lance de livros que você precisa ler antes de morrer? Então, você tem uma pequena lista de coisas para fazer antes de se formar, e isso inclui ir a uma festa da fraternidade, participar de um evento no qual você nunca mais terá oportunidade de ir porque nunca vai ser convidada e dar para o seu chefe. — Me engasguei com o último tópico da sua lista.

— Holly!

— Tá legal, to bêbada, posso ter sido extrema na lista, esquece a fraternidade, coisa de calouros. — Gargalhei desacreditada.

— Eu não vou dar pro meu chefe! — Comentei enfática.

— Tá, tá que seja, mas você vai nessa festa!

Não eu não iria, mas fiz o que ela mesmo me aconselhou e resolvi não discutir com o teor alcoólico. Na vida real, na minha vida, a vida não é um baile que acaba à meia noite, e ainda que acabasse, eu tenho muito mais a perder do que um sapatinho de cristal.

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