A Segunda Oportunidade Doce

Eu encarei o meu reflexo no espelho, revirando os meus olhos. Eu simplesmente não conseguia acreditar que eu iria me vestir de uma maneira tão provocativa e reveladora, mas eu claramente não tinha outra escolha.

Eu estava casada com o Shane Hayes há dois anos, além disso, naquele dia era o aniversário do nosso casamento. Ele raramente ficava com vontade de transar, se eu não tomasse a iniciativa de tentar seduzir ele, eu ficava constantemente preocupada que eu poderia perdê-lo. Pensando nisso, eu decidi ir com tudo naquela noite.

Segundos depois, eu ouvi um barulho do outro lado da porta, então, eu tirei o meu casaco e saí do quarto usando o meu vestido vermelho.

"Querido, eu realmente senti a sua falta!" Eu disse enquanto passava os meus braços ao redor do pescoço dele e o beijava na boca.

Shane me empurrou, me olhando de baixo para cima. Eu percebi que ele ficou em transe por alguns minutos, na verdade, eu fiquei feliz pensando que talvez ele tivesse gostado de me ver usando aquela roupa.

"Por qual motivo você está vestindo essa roupa?" Ele perguntou, enquanto se aproximava do sofá e se sentava.

"Você se lembra qual dia é hoje?" Eu perguntei, me sentando ao lado dele, na esperança de que ele soubesse a resposta.

Por alguns segundos, Shane ponderou antes de questionar: "Qual dia é hoje?"

A decepção passou pelo meu coração naquele instante, mas eu continuei sorrindo.

"Nada especial, eu estava apenas brincando." Eu disse e me joguei nos braços dele, deslizando a minha mão por dentro da camisa dele enquanto esfregava o peito dele. "Você quer tomar um banho, querido? Eu vou preparar a água."

"Isso não é necessário, se você não tem mais nada para me falar, eu vou voltar para o escritório para descansar um pouco."

Depois de falar isso, ele me empurrou e caminhou até o escritório.

Enquanto eu me sentava no sofá, eu cerrei os meus punhos e senti as minhas unhas cravando a minha pele.

Desde que eu engravidei, ele se mudou para o escritório, pois dizia que não queria correr o risco de machucar o bebê ou algo assim.

Eu tinha apenas vinte e seis anos, eu estava casada e grávida, mas eu tinha que dormir sozinha todas as noites. Naqueles últimos dias, eu estava vivendo uma vida solitária e miserável.

Uma vez, eu até mesmo recorri à internet, para questionar em alguns fóruns. Quando eu fiz isso, um comentário em particular chamou a minha atenção. Alguém mencionou que a falta de interesse do meu marido poderia ser por conta do fato de que ele já tinha visto o corpo de muitas mulheres, afinal, Shane era obstetra, então isso fazia sentido.

Mas tinha um pequeno detalhe que continuava me incomodando no fundo da minha mente, todas as vezes que ele ficava no escritório, ele trancava a porta.

Como nós éramos as únicas pessoas que moravam naquela casa, não havia necessidade para ele trancar a porta. Na verdade, não fazia o menor sentido! Portanto, isso me fez questionar se ele estava escondendo alguma coisa.

Eu fiquei pensando durante muito tempo sobre isso, até que foi se tornando uma grande preocupação. Eu estava tão incomodada com isso, que isso começou a atrapalhar a minha vida cotidiana.

Portanto, sem querer continuar naquela situação hipotética, imaginando cenários, eu coloquei um microfone na cama dele naquela tarde.

Assim que eu voltei para o meu quarto, eu coloquei os meus fones de ouvido, sendo que assim que eu consegui conectar, eu ouvi um som inconfundível de respiração ofegante e gemidos. Naquele momento, eu senti um nó na minha garganta e os meus olhos se encheram de lágrimas.

Então, ele preferia se masturbar do que transar comigo?

No entanto, o que eu ouvi em seguida me devastou.

"Isso é bom?"

"Hum... ainda não! Não."

"Você está dizendo não, querida, mas a sua buceta já está tão molhada."

"Você... se você já sabia a resposta, então por... por qual motivo você está me perguntando? Pare com isso, não... isso não está bom... Ah! Eu quero você dentro de mim, querido!"

"Tire a minha calcinha, Vamos lá! Tire que eu vou te dar uma coisa gostosa para comer."

Eu fiquei totalmente em silêncio pelo que eu ouvi, as palavras eróticas que eles soltaram, pareciam ecoar nos meus ouvidos. Eu senti como se alguém tivesse derrubado um balde de água totalmente congelada em cima da minha cabeça. Todos os membros e ossos do meu corpo estavam dormentes e congelados.

"Ah! Seja gentil, Shane! Seja gentil!"

"Você está me segurando com muita força, fale baixo! Alguém pode nos ouvir do lado de fora." Ele respondeu.

"Você está preocupado que a sua esposa nos ouça, Shane?"

"Não, eu não tenho medo dela! Ela é como um peixe morto na cama, dormir com ela é tão chato! Eu só queria que ela soubesse o quão feliz eu estou agora, gema mais alto, para que ela possa ouvir o quão gostoso é transar comigo!" Shane rugiu.

Então, por fim, ele sempre me odiou.

"Não! Você é tão irritante. Ela está grávida agora, você não se preocupa que a raiva e o estresse de descobrir que você está traindo ela possam fazer com que ela sofra um aborto?"

"Um aborto, hein? Humm... isso me parece uma boa ideia!" Shane respondeu.

"Você é tão ruim, Shane! Espere, por favor! Seja um pouco mais gentil."

Eles se entregaram um para o outro, sem nem se preocupar em disfarçar as emoções que eles estavam sentindo. Eu conseguia ver o quão feroz e intenso o sexo deles estava sendo.

Naquele momento, eu cobri a minha boca de tal forma que eu pudesse impedir a mim mesma de chorar copiosamente. Mas isso não adiantou muita coisa, pois cada palavra que saía da boca do meu marido e cada respiração ofegante dele pareciam que eram inúmeras facas perfurando o meu coração. Eu estava sentindo tanta dor que eu não pude fazer nada além de chorar em silêncio, por isso, rapidamente o meu travesseiro já estava cheio de lágrimas.

Eu não aguentava mais ouvir a traição deles, então eu tirei os meus fones, segurei as minhas pernas e fiquei deitada em posição fetal.

Naquela noite, eu chorei sem parar, foi a noite mais agitada que eu já tive.

Eu continuava me virando de um lado para o outro na cama, mas mesmo depois que todas aquelas evidências estavam apontando qual era a verdade, eu me recusava em acreditar que havia uma mulher dentro do escritório, pois não tinha como esconder uma pessoa lá. A única possibilidade que eu conseguia pensar, era que ele estava se masturbando enquanto fazia uma chamada de vídeo com outra mulher.

Naquele instante, eu me arrependi de ter colocado só aquele microfone. Eu deveria mesmo ter colocado uma câmera lá.

Depois de uma noite inteira pensando, eu eventualmente me acalmei, depois, eu decidi que iria passar pelo escritório para procurar por mais evidências.