Perdi ela assim que eu nasci, quando eu era apenas um bebê saindo de dentro do útero da mãe achando que iria ter uma figura materna e paterna juntas, a única coisa que ganhei foi a minha vida e um pai.
Eu agradeço por tudo o que meu pai fez e faz por mim desde 24 de outubro mais conhecido como meu nascimento, hoje estou fazendo 18 anos e comemorando com meu pai em uma pizzaria que ele sempre quis me levar.
Amanhã vou viajar com ele pra Los Angeles a minha terra natal, nasci lá e fiquei por lá até os 5 anos e viemos pra Espanha e eu até gosto daqui, mas eu amo Los Angeles também.
Meu pai trabalha mas não faço ideia de que, ele nunca quis me falar nada e nunca tive vontade de perguntar a ele, mas nem me interessa.
Barney: Está ansiosa para amanhã meu amor? -Ele pergunta sentando na cadeira em frente a minha
Leah: Estou muito ansiosa pai, eu sempre amei Los Angeles -Disse animada com um sorriso no rosto
Barney: Eu estou orgulhoso de você Leah, sua mãe estaria também... Se ela estivesse com a gente -Ele segura minha mão e faz carinho com o polegar
Leah: Ela está torcendo pra nós dois da onde que ela esteja -Disse com um sorriso no rosto
Barney: Quando chegar em Los Angeles, sua vida vai mudar completamente... Só o destino irá decidir o final -Ele disse olhando bem nos meus olhos pra que eu guardasse essa frase
Não sei o por que, mas essa frase me deixou com um pressentimento estranho e meu pensamento fazia uma festa de tanto imaginar coisas que podem acontecer.
Eu posso ser um pouco paranóica as vezes, por causa das minhas inseguranças, minha adolescência foi uma merda e agora a fase adulta espero que seja diferente.
As pizzas chegaram e comemos um monte enquanto conversava de muitos assuntos entre nós.
Minha amizade com meu pai é muito forte, ele é muito protetor comigo, se alguém for atirar em mim, ele irá entrar na frente pra levar aquela bala por mim.
Mas eu tento não pensar nisso, ele é minha única família e não iria conseguir viver sem ele, eu amo meu pai e se algo acontecer eu irei sofrer muito.
Depois de se encher de pizza e conversar, decidimos andar pela cidade um pouco, o que não faltava era meninas andando com sua mãe e dando gargalhadas.
Eu queria ter esse momento lindo... Mas não consegui ter, eu só agradeço por elas terem a figura materna ao lado, eu não tive, mas se você tem agradeça.
Barney: Leah? -Sai dos meus pensamentos e olhei pra ele pegando meu sorvete
Leah: Obrigada pai -Coloquei um sorriso no rosto
Barney: O que ouve? -Ele pergunta sentado do meu lado -Está triste?
Leah: Não... Eu só queria conhecer minha mãe -Disse e voltei a tomar meu sorvete
Barney: Não fica assim -Ele me da um abraço e um beijo na testa -Vou está com você até eu não existir mais, só que eu vou quer ver você casando primeiro -Rimos
Leah: Nem espere... Não vai rolar pai, já conversamos -Neguei com a cabeça e ele força uma cara de triste
Meu pai é foda, ele queria muito vê sua única filha se casar e ter filhos, o sonho dele é ter um netinho pra cuidar.
Pelo menos eu sei que se eu engravidar meu pai vai ser o primeiro a amar é tratá-lo com amor e carinho igual cuidou de mim, trabalhava tanto, mas também tinha seu tempo pra ficar ao meu lado.
Mas infelizmente não vai rolar e eu já deixei bem claro pro velho.
Tempo vai, tempo vem e finalmente e o dia seguinte, o dia da minha viagem/mudança, partiu Los Angeles de novo.
Barney: Cheguei Leah -Ele disse da sala
Meu pai foi até o trabalho dele pra assinar o último papel de transferência.
Leah: Como foi lá?
Barney: Emocionante até -Ele da uma risada -Toma, seu presente atrasado -Ele me entrega um buquê pequeno de flores assim que entrei na sala
Leah: Obrigada pai, eu nunca tinha ganhado flores -Disse toda boba
Minha vida toda nunca quis ganhar um buquê por que acho brega, mas quando ganhei esse... Eu não sabia como reagir, eu realmente amei e me senti muito ama.
Barney: Gostou?
Leah: Eu amei -Disse com um sorriso no rosto
Barney: Te amo filha -Ele disse com um sorriso de orelha a orelha
Leah: Também te amo pai -Abracei ele
Foi um abraço apertado e bem aconchegante, esse era o abraço perfeito que eu mais amo e preciso sempre.
O abraço dele me acalmava de tudo, já chorei muitas vezes por que sempre quis ver minha mãe, ele sempre esteve lá e me consolou.
Chegamos no aeroporto e fomos fazer o check-in e todo o resto de precisa fazer para voar.
Depois que entramos no avião, acabamos ficando separado mas nem tanto, eu fiquei de um lado e ele do outro, entre uma ponta e outra.
Fiquei imaginando como vai ser minha chegada lá, será que vou gostar daquele lugar igual eu amava quando era uma criança? Eu espero que sim e não voltarei mais pra Espanha aonde não tinha amigos.
Continua...